Por Cristiano Santana
Depois de ter pregado em minha igreja, um certo obreiro confidenciou-me, na sala de visitas, que ele tinha passado a "viver pela fé". Eu automaticamente assimilei o sentido da sua declaração. Entendi que ele não tinha mais um emprego; tinha abandonado o trabalho secular para dedicar-se inteiramente ao Evangelho. Logo em seguida, ele contou as necessidades que já tinha passado desde que tomou essa decisão, sendo que em todas essas situações difíceis pôde contar com a providência do Senhor. Disse também, que a maior prova do seu chamado foi o fato de o Senhor ter fechado todas as portas de emprego. Ele não prosperava em nada e isso indicava que o Senhor o tinha chamado para o ministério de pregador. Ele disse que teve de lutar contra Deus: ele conseguia um emprego e o Senhor tirava; conseguia uma oportunidade de renda e o Senhor bloqueava. Então largou o trabalho secular para trabalhar na seara.
O cenário evangélico atual está repleto desses homens que declaram viver agora "dá fé" ou "pela fé".
Mas, como devemos entender essa expressão: "O justo viverá da fé" ou "pela fé" de um ponto de vista Bíblico?
"Mas o justo viverá da fé; E, se ele recuar, a minha alma não tem prazer nele." (Hb. 10:38)
"De acordo com Barnes, o significado na conexão que aparece aqui, de acordo com o sentido que foi usado em Habacuque é que o justo deve viver em contínua confiança em Deus. Eles devem viver, não em dúvida, ou medo, em tremor, mas exercitando uma calma confiança em Deus. Esse sentido concorda com o escopo do que o apóstolo está dizendo. Ele está exortando os cristãos a serem perservantes em seu religião, mesmo em meio às perseguições. Para encorajá-los ele diz que isso é um grande princípio, isto é, que o justo deve viver em um constante exercício de fé em Deus. Eles não devem confiar em seus próprios méritos, obras, força. Eles devem depender constantemente de seu Criador. O sentido é que, uma perseverante confiança ou fé em Deus irá nos preservar em meio às provações e calamidades às quais nós somos expostos."
Verifica-se nesse caso, que o sentido da expressão "viver da/pela fé" sofreu uma sutil distorção ao longo do tempo. Aqueles que param de trabalhar para dedicar-se integralmente ao Evangelho arrogam a si mesmos uma fé que parece atingir o limite máximo do sobrenatural, pois quantos têm coragem de passar a depender somente das contribuiçoes das igrejas para sobreviver?
Não há, porém, nenhuma diferença entre nós que temos emprego e eles. Todos aqueles que receberam a Jesus Cristo como Salvador, que experimentaram o milagre da regeneração e que vivem em absoluta confiança em Deus, são justos que vivem pela fé, não importa se consigam o seu sustento da igreja ou do trabalho secular.
Se pararmos para analisarmos um pouco melhor essa situação, verificaremos que muitos desses que vivem "pela fé", isto é, que vivem das contribuições da igreja, na verdade têm menos fé que aqueles que trabalham para o seu próprio sustento e que preferem não serem pesados aos seus irmãos.
O exército dos que se vangloriam em "viver da/pela fé" é composto por muitos frustrados que perderam a fé em si mesmos, que não acreditam mais em sua própria capacidade de atingir o sucesso profissional. Porque se mostraram-se fracos, preguiçosos e indolentes no trabalho secular, acabaram enxergando na igreja uma oportunidade de ganho fácil, afinal de contas não há necessidade de trabalhar durante o dia. Basta meditar um pouco nas Sagradas Escrituras, preparar um esboço, ensaiar algumas frases de efeito e pronto, o pão do dia está garantido. Com o capital de giro dá até para gravar alguns CD´s e, quem sabe, até um DVD, gerando, assim, mais receita. Existe vida melhor do que essa? Há alguns que acabam chegando ao estrelato, curtindo viagens executivas e hospedagens nos melhores hotéis.
Finalizo, lembrando de um trecho do livro "Lições Aos Meus Alunos" de Spurgeon:
"Eu conheci dez, vinte, uma centena de irmãos, que alegaram que tinha certeza de que tinham vocação para o ministério. Eles tinham tanta certeza disso que falharam em tudo. Esta é uma espécie de história modelo: "Senhor, eu trabalhei em um escritório de advocacia, mas eu nunca consegui suportar o confinamento e eu não me sentia à vontade estudando Direito. Deus claramente fechou as portas, pois eu perdi o meu emprego. "Então o que você fez? "Bem Senhor, me deram uma dica para que eu abrisse uma mercearia". "E você prosperou?" "Bem, eu não sei, eu sempre quis fazer negócios, mas Deus parecia sempre fechar o meu caminho; então eu quebrei e entrei em grandes dificuldades. Desde então eu tenho feito alguma coisa em uma agência de seguros. Meu caminho é sempre cercado e alguma coisa dentro de mim me faz sentir que eu devo ser um pastor." Minha resposta é geralmente essa: "Sim, eu vejo; você falhou em tudo, e então você pensa que o Senhor lhe vocacionou especialmente para esse serviço; mas eu temo que você tenha esquecido que o ministro precisa ser o melhor dos homens, e não aquele que não pode fazer nada." Um homem que teria sucesso como pregador provavelmente teria teria se saído bem como dono de mercearia, como ou como advogado ou como qualquer outra coisa. Um verdadeiro e valioso ministro teria sido excelente em qualquer coisa. Não há praticamente nada impossível para um homem que pode manter uma congregação unidade por anos a fio e que é o meio de edificação de centenas de pessoas. Ele precisa possuir algumas habilidades. Jesus Cristo merece o melhor homem para pregar a sua cruz, e não um cabeça-de-vento ou um preguiçoso."
Depois de ter pregado em minha igreja, um certo obreiro confidenciou-me, na sala de visitas, que ele tinha passado a "viver pela fé". Eu automaticamente assimilei o sentido da sua declaração. Entendi que ele não tinha mais um emprego; tinha abandonado o trabalho secular para dedicar-se inteiramente ao Evangelho. Logo em seguida, ele contou as necessidades que já tinha passado desde que tomou essa decisão, sendo que em todas essas situações difíceis pôde contar com a providência do Senhor. Disse também, que a maior prova do seu chamado foi o fato de o Senhor ter fechado todas as portas de emprego. Ele não prosperava em nada e isso indicava que o Senhor o tinha chamado para o ministério de pregador. Ele disse que teve de lutar contra Deus: ele conseguia um emprego e o Senhor tirava; conseguia uma oportunidade de renda e o Senhor bloqueava. Então largou o trabalho secular para trabalhar na seara.
O cenário evangélico atual está repleto desses homens que declaram viver agora "dá fé" ou "pela fé".
Mas, como devemos entender essa expressão: "O justo viverá da fé" ou "pela fé" de um ponto de vista Bíblico?
"Mas o justo viverá da fé; E, se ele recuar, a minha alma não tem prazer nele." (Hb. 10:38)
"De acordo com Barnes, o significado na conexão que aparece aqui, de acordo com o sentido que foi usado em Habacuque é que o justo deve viver em contínua confiança em Deus. Eles devem viver, não em dúvida, ou medo, em tremor, mas exercitando uma calma confiança em Deus. Esse sentido concorda com o escopo do que o apóstolo está dizendo. Ele está exortando os cristãos a serem perservantes em seu religião, mesmo em meio às perseguições. Para encorajá-los ele diz que isso é um grande princípio, isto é, que o justo deve viver em um constante exercício de fé em Deus. Eles não devem confiar em seus próprios méritos, obras, força. Eles devem depender constantemente de seu Criador. O sentido é que, uma perseverante confiança ou fé em Deus irá nos preservar em meio às provações e calamidades às quais nós somos expostos."
Verifica-se nesse caso, que o sentido da expressão "viver da/pela fé" sofreu uma sutil distorção ao longo do tempo. Aqueles que param de trabalhar para dedicar-se integralmente ao Evangelho arrogam a si mesmos uma fé que parece atingir o limite máximo do sobrenatural, pois quantos têm coragem de passar a depender somente das contribuiçoes das igrejas para sobreviver?
Não há, porém, nenhuma diferença entre nós que temos emprego e eles. Todos aqueles que receberam a Jesus Cristo como Salvador, que experimentaram o milagre da regeneração e que vivem em absoluta confiança em Deus, são justos que vivem pela fé, não importa se consigam o seu sustento da igreja ou do trabalho secular.
Se pararmos para analisarmos um pouco melhor essa situação, verificaremos que muitos desses que vivem "pela fé", isto é, que vivem das contribuições da igreja, na verdade têm menos fé que aqueles que trabalham para o seu próprio sustento e que preferem não serem pesados aos seus irmãos.
O exército dos que se vangloriam em "viver da/pela fé" é composto por muitos frustrados que perderam a fé em si mesmos, que não acreditam mais em sua própria capacidade de atingir o sucesso profissional. Porque se mostraram-se fracos, preguiçosos e indolentes no trabalho secular, acabaram enxergando na igreja uma oportunidade de ganho fácil, afinal de contas não há necessidade de trabalhar durante o dia. Basta meditar um pouco nas Sagradas Escrituras, preparar um esboço, ensaiar algumas frases de efeito e pronto, o pão do dia está garantido. Com o capital de giro dá até para gravar alguns CD´s e, quem sabe, até um DVD, gerando, assim, mais receita. Existe vida melhor do que essa? Há alguns que acabam chegando ao estrelato, curtindo viagens executivas e hospedagens nos melhores hotéis.
Finalizo, lembrando de um trecho do livro "Lições Aos Meus Alunos" de Spurgeon:
"Eu conheci dez, vinte, uma centena de irmãos, que alegaram que tinha certeza de que tinham vocação para o ministério. Eles tinham tanta certeza disso que falharam em tudo. Esta é uma espécie de história modelo: "Senhor, eu trabalhei em um escritório de advocacia, mas eu nunca consegui suportar o confinamento e eu não me sentia à vontade estudando Direito. Deus claramente fechou as portas, pois eu perdi o meu emprego. "Então o que você fez? "Bem Senhor, me deram uma dica para que eu abrisse uma mercearia". "E você prosperou?" "Bem, eu não sei, eu sempre quis fazer negócios, mas Deus parecia sempre fechar o meu caminho; então eu quebrei e entrei em grandes dificuldades. Desde então eu tenho feito alguma coisa em uma agência de seguros. Meu caminho é sempre cercado e alguma coisa dentro de mim me faz sentir que eu devo ser um pastor." Minha resposta é geralmente essa: "Sim, eu vejo; você falhou em tudo, e então você pensa que o Senhor lhe vocacionou especialmente para esse serviço; mas eu temo que você tenha esquecido que o ministro precisa ser o melhor dos homens, e não aquele que não pode fazer nada." Um homem que teria sucesso como pregador provavelmente teria teria se saído bem como dono de mercearia, como ou como advogado ou como qualquer outra coisa. Um verdadeiro e valioso ministro teria sido excelente em qualquer coisa. Não há praticamente nada impossível para um homem que pode manter uma congregação unidade por anos a fio e que é o meio de edificação de centenas de pessoas. Ele precisa possuir algumas habilidades. Jesus Cristo merece o melhor homem para pregar a sua cruz, e não um cabeça-de-vento ou um preguiçoso."
Ótimo assunto postado aqui Cristiano!
Muitos Cristãos hoje tem distorcido a palavra de Deus para o bem próprio. As vezes não querem conhecer a verdade por medo de perder alguns privilégios. Se fomos realmente chamados para o ministério, temos que nos alegrar em todas as circunstancias. Mas fico triste em saber que muitos hoje tem sido relaxados na obra por ver que dali não tem saido o seu sustento. Não querem viver pela obra e sim pelo conforto e pela renda. Que nosso Deus mude o coração dos filhos para que haja Servos fiéis de todo coração.
Abraços
Maurício
ksadedeus.blogspot.com
Olá irmão Cristiano!
Como sempre suas postagens são ótimas. Muito bom refletir sobre elas.
Conheço um casal de amigos meus que passaram por situações dificeis por entender que deveriam ficar sem envolvimento de emprego secular para se dedicarem interiramente a obra. No entanto chegou um tempo que a situação ficou bem dificil, pagar aluguel, contas, sustentar o filhinho pequeno...então a esposa teve que trabalhar fora e o esposo ficou em casa cuidando do filho. Era muito puxado pra ela "sustentar a casa" depois de um tempo ela ficou desempregada, mais uma vez passaram por apertos e o esposo resolveu arrumar um emprego. Agora ela esta em casa e ele trabalhando.
Mas aí fica a questão. E quanto a pastores? Eles devem ter um emprego secular ou se dedicar 100% a obra?
Prezados irmãos Maurício e Luclécia.
Paulo falou: "não atarás a boca ao boi que debulha" e "o trabalho é digno do seu salário".
Ocorre que a própria estrutura das igrejas pentecostais, principalmente a Assembléia de Deus, não possibilita boas condições aos obreiros que são verdadeiramente chamados por Deus.
Em algumas denominações, por exemplo, Igreja Batista e Presbiteriana, o recém-formado já sai do seminário encaminhado para pastorear uma igreja. Acho que deveria ser assim na Assembléia de Deus. Nessas circunstâncias acho que a Igreja também poderia sustentar obreiros realmente vocacionados para um ministério itinerante, como evangelistas, por exemplo.
Infelizmente a igreja gasta muito dinheiro com construção de mega templos, campanhas políticas, congressos, programas de TV, etc., ao invés de investir naqueles que são chamados pelo Senhor.
Quem mama nas tetas da Igreja só são aqueles que pertencem à "cupula". Todo o exército de auxiliares, incluíndo os presbíteros, são deixados à mingua.
Não nego que hajam homens chamados por Deus para viverem integralmente para o Evangelho. O problema é que esses homens são poucos e sofrem duas coisas: são abandonados por seus ministérios e têm de tentar sobreviver competindo com uma multidão inúmerável de concorrentes, falsos obreiros, que não têm chamado divina mas os superam em astúcia.
Caro Pb. Cristiano Santana,
A paz do Senhor!
Excelente sua postagem para uma boa reflexão.
O texto citado de Habacuque, realmente nada tem a ver com essa questão de se ter sustento da igreja. É uma questão de fé para todo cristão.
Outro ponto importante é que, ninguém é melhor por ganhar da Igreja ou por não ganhar. Nosso trabalho na Seara do Mestre jamais deve estar atrelado à essa questão.
É lógico que existe a necessidade de que alguns vivam esclusivamente para a obra, mas isso não necessairamente será para todos. Imaginemos se fosse?
Por outro lado, o que tem o seu trabalho secular e ainda assim serve na obra, não tem menos valor, muito pelo contrário é alguem que se esmera em dedicação para cooperar. Tudo é uma questão de coerência.
Eu, por exemplo, durante muitos anos trabalhei na obra e tive meu emprego secular, e pela misericórdia de Deus muito bem colocado, até o dia que não foi mais possível.
Porém, não passei a ser sustentado pela obra por estar sem emprego, mas sim por uma necessidade, e precisei sair de onde estava para atender ao chamado.
Louvo a Deus por aqueles obreiros de tempo integral, mas muito maior é o numero daqueles que depois de um dia de labuta em serviço secular, dão do seu período de folga para o serviço do Senhor. Eles são uma benção para a obra e para aqueles que muito embora vivam integralmente não conseguem fazer tudo.
Quanto aos preguiçosos meu irmão, são miséria em qualquer lugar (desculpe o termo, mas sei o que estou falando) e na igreja muito pior, porque aí é que se enchem de razão.
Muitos que agem assim, infelizmente não acordam para a realidade que fazem parte daqueles que acharam uma mina para sugar o leite das ovelhas.
Falo sem receio, porque aquele que se entrega em favor do trabalho do Senhor, não teme comparação e a Igreja está atenta.
Um grande abraço Critiano,
Deus te abençoe!
Prezado pr. Carlos Roberto
Creio que o melhor caminho para todo obreiro é esse: empenhar-se na obra de Deus sem descuidar de sua vida profissional até que venha o momento da chamada para o ministério integral. Esse processo é o mais sábio e o menos doloroso. Fica patente para a igreja que você foi solicitado a deixar uma vida bem sucedida financeiramente tendo como objetivo servir à comunidade.
Abraços
Cristiano
Pois, é!
Eu sempre me perguntava à respeito disto, muitos dizem viver pela/da fé. Pena que vivem pela/da fé dos outros, lamentável, mas que nosso Deus possa cada vez mais abrir os "olhos aos cegos", para que possam combater contra esses tais. Como nos diz um dos versos do livro de Provérbios: "
6 - 6 Vai ter com a formiga, ó preguiçoso; olha para os seus caminhos e sê sábio. "
Que a Graça de Deus e do Senhor Jesus Cristo, permaneça contigo, Varão valoroso.
Irmão Sidnei
Acho muito difícil concordar com o argumento que eles dão de que Deus fechou as portas de emprego para que eles se dedicassem à obra.
Deus com certeza deveria ter dito isso ao apóstolo Paulo, mas acredito qeu não disse, pois Paulo continuou trabalhando fabricando e vendendo tendas.
Um grande abraço
Cristiano
AMADO IRMÃO
CONCORDO PLENAMENTE COM SEU PONTO DE VISTA, DEVEMOS TRABALHAR PRA DEUS SEM RECOMPENSA E TER O NOSSO TRABALHO SECULAR É MUITO BOM, MAS NÓS TAMBEM VEMOS QUE MUITOS TRABALHAM NA IGREJA POR AMOR E OUTROS GANHAM PURRILHOES DE REAIS, JÁ NO MEU CASO ESTOU PARADO COM ALGUMAS ENFERMIDADES E AFASTADO DA EMPRESA SEMPRE QUE POSSO ESTOU NA IGREJA DO SENHOR TAMBEM APESAR DAS DIFICULDADES COM A SAUDE, PODE DEUS TER UM PROPOSITO COMIGO ME AFASTANDO COM ENFERMIDADES TALVEZ ATÉ CAUSANDO ISSO PRA ME DAR VITORIA, POIS ELE TEM PROMETIDO DESDE NOVO CONVERTIDO TOMAR CONTA DE UMA IGREJA, TEM FALADO QUE FARIA A OBRA E ME CURARIA, VI PLENAMENTE QUANTO DEUS TEM CUIDADO DE MIM QUANDO MUITAS DAS VEZES ATÉ RECEBI BENEFICIOS DO INSS SENDO CORTADO, TAMBEM EM EMPRESAS DAMOS O NOSSO SANGUE E QUANDO FICAMOS IMPOSSIBILITADOS NÃO SERVIMOS MAIS, SERÁ QUE DEUS NOS PROVA ASSIM DE CAUSAR EVENTUALIDADES PARA NOS DAR VITÓRIA? POIS DO JEITO QUE ME ENCONTRO HOJE NEM DAR MAIS PRA TRABALHAR NA EMPRESA E POUCO FAZER É IR PRA IGREJA, MAS TENHO TAMANHA VONTADE QUE SE ELE ME APOSENTAR, TRABALHAR NA OBRA SE ASSIM ELE ME CURAR COMO PROMETIDO, OU SERÁ QUE ESTOU ERRADO COM ISSO? ANTES DE ACONTECER TAL FATO FAZIA PARTE DE UMA IGREJA ONDE TRABALHAVA COM AMOR NO SETOR DE ASSISTENCIA SOCIAL, E ALI COM ALGUNS IRMÃOS DESEMPREGADOS DESENVOLVI UMA EVANGELIZAÇÃO ONDE COLHERIAMOS ALIMENTOS PARA OS NECESSITADOS. SABE QUANTOS IRMÃOS SE LEVANTARAM? SÓ EU E MAIS UM, AGORA TINHAM MUITOS MAS TODOS PREGUIÇOSOS PRA FAZER A OBRA DE EVANGELIZAÇÃO, PARA GLORIA DE DEUS EU E ESSE IRMÃO RECOLHEMOS 60 QUILOS DE ALIMENTO NUM SÓ DIA SUBINDO ESCADAS E DESCENDO, INCLUSIVE EU TAMBEM ESTAVA DESEMPREGADO NA EPOCA, MAS TINHA UMA MOTO E FAZIA UMAS VIRAÇOES ENTREGANDO LANCHES, MAS NÃO PRECISEI DE NEHUMA CESTA A QUAL NOS RECOLHEMOS NA RUA, MAS PRA VOCE VER MUITOS PRECISAM MAS POUCOS QUEREM IR ATRAS, TEM IRMAOS NA IGREJA TAMBEM QUE TEM VERGONHA, MAS A LINGUA DELE PRA FALAR DOS OUTROS NÃO SE RETRAI, MAS É ISSO AI AMADO IRMÃO UNS TEM O CHAMADO E DEUS CONHECE O AMOR PELAS ALMAS E OVELHAS PERDIDAS, MAS OUTROS QUEREM VIVER DA LÃ E DA GORDURA.
Prezado Irmão,
1. Este texto é o mais corajoso, franco, objetivo e contundente que li na blogosfera, sobre o tema. Infelizmente, além dos “fracassados, vagabundos e descrentes de si mesmos” (misturados aos legítimos vocacionados), há também os que se deixam seduzir pelos “case” de sucesso, das estrelas do mundo gospel.
2. Conheço jovens pastores cujo “sonho” é abandonar suas carreiras seculares para “viverem da obra”. Alguns são casados, com filhos, possuem estabilidade no emprego, etc.
3. Discuti o assunto com um desses irmãos. Confesso que temi ser considerado “voz contrária” aos projetos de Deus para vida daquele varão...
4. Seis coisas me chamaram atenção: 1) ninguém recebeu o “chamado” para ser o braço direito de outrem; 2) todos desejam ser itinerantes ou independentes; 3) todos esperam continuar tendo suas necessidades atendidas de forma regular; 4) ninguém espera ter que voltar ao trabalho secular para manter a si mesmo, à própria família, e aos seus próprios ministérios; 5) todos receberam (reiteradas vezes) um sonho, visão ou profecia sobre o “chamado especial”; 6) e ninguém, realmente, conta com a possibilidade de acabar sem a cabeça, tal como ocorreu com o apóstolo Paulo.
5. Tenho a impressão que se Paulo vivesse em nossos dias, optaria por ser um trabalhador liberal ou assalariado, a correr o risco de ser confundido com essa turma. Tem gente que pensa erroneamente que o “comer o pão com o suor do rosto”, seja maldição; que “a jornada de trabalho secular” profane o ministério.
6. Mas, penso que há esperança. As verdades desse artigo precisam ser repassadas aos futuros obreiros, a fim de que os subsídios, as prebendas venham a ser uma exceção e não uma regra geral como, lamentavelmente, ocorre hoje.
Abraço fraterno,
25 Jun 10
Paulo Ceroll.