Cristiano Santana - Uma visão do mundo

Laboratório com nome bíblico lança vacina contra a AIDS. Desígnio divino?


Por Cristiano Santana

Hoje de manhã, ao passar pela banca de jornal, visualizei a revista ISTOÉ que tinha a seguinte reportagem de capa: "O maior golpe contra a AIDS".  Ela traz um boa notícia. A agência americana que regula medicamentos (FDA) aprovou a primeira pílula capaz de evitar que pessoas saudáveis adquiram o vírus. Nos estudos realizados, a redução no risco de infecção variou de 42% a 73%. A pílula Truvada é composta de duas substâncias já usadas para tratar os doentes. Ela bloqueia a enzima que o vírus HIV usa para escrever seu próprio material genético no DNA das células humanas.

Quando cheguei em casa, agora à noite, procurei pesquisar melhor sobre esse importante avanço na luta contra a AIDS e descobri algo, de certa forma curioso. Notei que a pilula do Truvada vem com a seguinte inscrição: Gilead (Gileade), conforme figura abaixo:




Então pensei: "será que o nome do laboratório tem inspiração bíblica?". Sim, ele tem. A origem do nome da Gilead Science pode ser encontrada no site Wikipedia: 

"O nome da companhia e a logomarca referem-se ao bálsamo de Gileade, um lugar mencionado na Bíblia que era famoso por suas pequenas árvores que produziam uma resina com propriedades medicinais." 

A cistus creticus é comum na região oriente do Jordão. As folhagens, são muito perfumadas e algumas espécies, exalam goma ou resina. Esta planta, é idêntica ao laden árabe. Daí, os nomes, em inglês e em latim Ladanum. Um oléo essencial, da cor de ouro, com cheiro penetrante de âmbar cinzento. Muito utilizado em incensos e embalsamentos desde a antiguidade. Atualmente, é valioso ingrediente de perfumaria, usado em incensos, principalmente nas igrejas orientais.

Há uma famosa passagem de Jeremias em que ele cita esse produto medicinal.

"Porventura não há bálsamo em Gileade? Ou não há lá médico? Por que, pois, não se realizou a cura da filha do meu povo?" Jr 8:22

Eu nunca ouvi falar desse laboratório. Imaginei que o Truvada estivesse sendo comercializado por algum gigante da indústria farmacêutica como GlaxoSmithKline, Merck, Sanofi-Aventis, Pfizer, etc.  Realmente não tenho como censurar quem imaginar que por trás disso há um desígnio divino. 

Resta saber se essa vacina será um bálsamo de verdade ou se aumentará a quantidade de aidéticos no mundo, pois o medo de muitos médicos é que as pessoas passem a ter relações sexuais desprotegidas, confiando numa vacina que não garante prevenção máxima contra o vírus.
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Conhecer a Deus: muitos caminhos inventados pelos cristãos, mas apenas um certo.



Por Cristiano Santana

Conhecer profundamente a Deus. Essa sempre foi a meta suprema da maioria dos cristãos. Embora o objetivo seja comum, a concepção do que significa possuir o conhecimento de Deus bifurcou-se em duas correntes antagônicas ao longo da história da Igreja. 

Uma delas é conhecida pela tentativa de acessar o Ser Supremo através de experiência místicas. Já podemos identificá-la nos primeiros séculos da era cristã, através do gnosticismo, uma heresia sincrética que quase se mimetizou completamente com o cristianismo, mas foi poderosamente rechaçada pela vigorosa ortodoxia. Os seus adeptos, prescindindo de todo recurso racional, alegam que podem conhecer a Deus através de um conhecimento puramente intuitivo e transcendental. Esse tipo distorcido de espiritualidade retornou com toda força nos últimos tempos através de movimentos bizarros no meio pentecostal, nos quais se enfatiza as experiências de transe. O indivíduo acabam entrando num estado de completa inconsciência, tremendo, rindo, chorando e se jogando ao chão. "É mistério" é o "slogan" preferido deles.

A outra corrente é identificada pela tentativa de alcançar o conhecimento da divindade exclusivamente pela instrumentalidade de razão. Essa espécie de cristianismo racionalista foi influenciado por pensadores como  Hegel, Friedrich Schleiermacher, Albrecht Ritschl, Ernst Troeschl e outros, e alcançou a sua maior expressão na chamada teologia liberal, popular entre os séculos XVIII e início do século XX.  Nesse período a teologia foi naturalizada. Todo o sistema judaico-cristão foi considerado o resultado de uma longa evolução histórica da religião que teria iniciado com os rituais animistas dos primitivos hebreus até alcançar o ápice da revelação através de Jesus Cristo, que não era mais Deus, mas um simples sábio que após ter transmitido ensinamentos éticos, acabou morrendo como qualquer outro. Seus adeptos alegam que Deus se revela exclusivamente através das categorias da razão, da natureza e, principalmente, através dos acontecimentos históricos. 

Se analisarmos essas duas correntes, veremos que ambas são insuficientes como meios para se alcançar o conhecimento de Deus. 

As experiências místicas carecem da objetividade necessária. Se, em um grupo de pessoas, cada um afirma ter recebido uma revelação diferente, conflitando uma revelação com a outra, como decidir qual é a revelação verdadeira? Ademais, não podemos presumir que Deus possa revelar aspectos importantes do seu caráter nessas experiências tão voláteis, como se o cérebro recebesse um "download" maciço de informações divinas em poucos minutos. As evidências mostram que isso não acontece. Grande parte desses pretensos "profetas" não demonstram nenhum tipo de progresso moral, pois  quase sempre estão envolvidos em escândalos que dão ocasião aos infiéis para que blasfemem do nome de Deus.

Também é certo que ninguém chegará ao conhecimento pleno de Deus somente através de exercícios intelectuais, justamente porque a Bíblia afirma a total incapacidade do homem de se aproximar de Deus através de seus próprios recursos. O entendimento do homem caído encontra-se embotado pela força do pecado que o escraviza e o impede de enxergar a manifestação da glória de Deus.  As duas grandes guerras foram muito importantes no sentido de destruir a crença da teologia liberal na bondade inerente do homem. Esses dois eventos históricos revelaram quão perversa é a mente humana. 

Mas agora surge a pergunta? Como, então, o homem pode conhecer verdadeiramente a Deus? A resposta é que esse conhecimento vem pela obediência, como disse Kierkegaard: 

"Somente o homem em obediência tem um verdadeiro conhecimento de Deus"

O conhecimento de Deus é algo que se constrói com o tempo, que se desenvolve com a prática, precisamente porque Deus não é um objeto, mas um Sujeito. Assim como não podemos conhecer qualquer pessoa completamente de um dia para o outro, também não podemos conhecer as coisas de Deus sem termos um relacionamento diário com Ele. Mas a obediência é condição primordial para que o ser humano tenha esse relacionamento duradouro com Ele. Muito mais do que isso: a obediência é a prova inquestionável de que realmente O conhecemos, como diz o apóstolo João: 

"Aquele que diz: Eu conheço-o e não guarda os seus mandamentos é mentiroso, e nele não está a verdade". I Jo 2:4

Concluindo, podemos afirmar que todo movimento religioso que ensine qualquer doutrina de revelação que não passe pelo caminho do relacionamento com Deus, como Sujeito e não como coisa, e através da obediência contínua, esse movimento é mentiroso. Deus não se revelará a qualquer um, e de qualquer jeito. É preciso pagar um preço.
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Batman é culpado pelo massacre em cinema do Colorado?



Por Cristiano Santana


Os americanos amanheceram, nesta sexta-feira, tentando compreender a tragédia que aconteceu num cinema do Colorado. Um estudante de medicina entrou fortemente armado no meio da sessão do filme "Batman - O Cavaleiro das Trevas Ressurge". Aproveitando uma cena de tiroteio do filme, ele abriu fogo, matando 12 pessoas e ferindo 71.

Como era esperado, uma parte significativa da opinião pública começou a culpar o filme pelo ato de violência.  Mas Batman é realmente culpado por essas mortes? Outra pergunta: É possível que o suspeito fosse fã de Batman, e em particular da trilogia de Christopher Nolan, que têm tido uma quantidade de violência muito maior do que as encarnações anteriores do personagem, e que essa influência o levou a usar uma máscara de gás e um colete à prova de balas no ataque às suas vítimas? As opiniões se dividem.

Concordo com Timothy Dalrymple quando diz que essa resposta depende de três perguntas fundamentais que a antecedem. Transcrevo as mesmas abaixo, juntamente com as respostas que ele deu. 

1) O filme apresenta uma linha divisória clara entre o certo e o errado, entre o bem e o mal, entre o herói e o vilão? Nesse caso, a resposta é sim. O vilão Joker diz a Batman que eles são eternamente ligados, mas apenas como opostos. Batman defende a ordem e o auto-sacrifício, enquanto Joker destaca-se pela desordem, assassinato e roubo. Enquanto outros filmes tentam explorar complexidades nessas áreas, as ações de Batman e Joke não são equivalentes. Há uma quantidade incontável de filmes que são muito mais questionáveis moralmente.

2) O filme aprova moralmente a violência indiscriminada? Eu digo "indiscriminada" porque nem toda violência é igual. Uma coisa é promover e glorificar a violência contra crianças, espectadores inocentes ou contra qualquer um - e outra é glorificar a violência cometida para defender o inocente. Novamente, a resposta aqui para o Cavaleiro das Trevas é não. Batman vai ao extremo para proteger o inocente, para cometer violência somente contra aqueles comprometidos com o crime, e na maioria dos casos ele não mata, mas desarma o criminoso e o conduz à polícia. 

3 - O filme glorifica aqueles que cometem violência indiscriminada? Essa é a pergunta mais difícil de responder. Nós queremos vilões legais, pessoas que são mais impressivas e mais inventivas nas terríveis coisas que fazem. Ra's al Ghul no primeiro filme (interpretado por Liam Nesson) era escorregadio e inteligente, portador de uma espécie de sabedoria taoísta e misteriosa. Joker foi uma vilão incrível. Bane é profundamente impressivo à sua própria maneira. No final, de qualquer forma, eu diria que a resposta é não, porque os três foram completamente repudiados. Eles não são apenas derrotados, mas são retratados como indivíduos movidos por uma falsa visão, falsas verdades e falsos valores.

Os defensores de Batman dizem que filme não pode ser transformado no bode expiatório. A principal causa do massacre é a promoção generalizada da cultura da violência, apoiada pela sociedade civil e pelo próprio Governo Federal. Essa cultura não se manifesta apenas através de filmes, mas também através de video-games, treinamento militar e drogas.  O treinamento militar, por exemplo, não é negativo em si, mas quando combinado com drogas, torna-se uma combinação mortal.  Há quem diga que o maior símbolo dessa valorização da violência foi a guerra contra o Iraque que foi justificada pela afirmação mentirosa de que Saddam Hussein tinha armas de destruição em massa.

Soma-se a essa atmosfera de violência, a decadência espiritual que tem assolado o povo americano. A nação que cresceu em meio ao avivamento espiritual, hoje é uma sociedade escravizada pelo pecado e devassidão. Deus tem sido substituído por um sistema dominado pelo ateísmo, no qual o prazer e a autogratificação são os valores supremos. É possível haver paz e ordem em tal ambiente?

É possível que o atirador estivesse apenas procurando a ocasião certa para liberar seus impulsos destruidores que vinham sendo alimentados há muito tempo por essa cultura da violência. Assim, a culpa não pode ser só do Batman, mas de toda a sociedade americana que precisa urgentemente voltar-se para Jesus, o Príncipe da Paz.
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O maior brasileiro de todos os tempos: A boçalidade escancarada da opinião pública




Por Cristiano Santana

Sem dúvida alguma, foi muito boa, e séria, a iniciativa do SBT, em parceira com a BBC de Londres, de realizar uma votação a fim de descobrir quem foi, na opinião do público, o maior brasileiro de todos os tempos. Entretanto, acho que ninguém contava que os internautas iriam transformar o programa numa das maiores piadas da TV brasileira dos últimos tempos. 

Aparentemente os partipantes da pesquisa não estão votando de acordo com critérios razoáveis de avaliação, que procurem determinar a relevância que uma personalidade tem ou teve para a nação, em termos de contribuições importantes e duradouras para o mundo cultural, econômico, esportivo, científico,artístico, etc. 

A maioria das pessoas estão escolhendo personalidades que figuram como ídolos em seus respectivos campos de interesse. Quem gosta de futebol votou em Neimar, Rogério Ceni, Romário e Ronaldo Gaúcho. Os fãs de cantores votaram em Cláudia Leite, Ivete Sangalo e até Michel Teló. Os evangélicos, por sua vez, escolheram o apóstolo Valdomiro Santigo, Silas Mafalaia e Edir Macedo, este último estando em 13º  na lista! Não é preciso muito esforço para percebermos que esses indivíduos não atendem ao quesito mínimo de "contribuição importante e duradoura". São apenas produtos criados e alimentados pela mídia e pela ignorância dos outros. Não merecem a indicação de maior brasileiro de todos os tempos. Ademais, muitos desses indicados não poderiam sequer ser mencionados pelo péssimo exemplo moral e cívico que são ou foram.

Como resultado dessa votação bizarra, Xuxa superou Machado de Assis e, pasmem, Tiririca ficou à frente de Carlos Chagas e Monteiro Lobato e Carlos Drummond de Andrade. Isso chega a ser um afronta à memória dos grandes brasileiros do passado, verdadeiros heróis que deixaram um legado incalculável para as gerações que os seguiram. 

Acho que para evitar esse fiasco, o SBT devia ter preparado uma lista pré-definida de personalidades, de acordo com a indicação de pessoas preparadas, que entendessem a fundo os aspectos políticos, científicos, culturas, econômicos, culturais e artísticos da história, passada e recente, de nosso país. Só depois deveria disponibilizar a lista na internet para votação.

A pesquisa pode ter falhado num objetivo, mas acabou atingindo outro, que foi o de escancarar a boçalidade da opinião pública brasileira, o incrível nível de alienação que tem dominado a mentalidade da população. As pessoas estão como que dopadas por uma droga que estimula e potencializa a ignorância, que direciona a atenção para coisas frívolas, vazias e sem nenhum valor, droga cujo principal fornecedor é a mídia putrefata.

Infelizmente o estrago já está feito contra a memória daqueles que realmente fizeram algo de importante pelo Brasil. Resta-nos agora apenas torcer para que o Tiririca não ganhe o título de maior brasileiro de todos os tempos.
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Análise do documentário "Provando a Existência de Deus" do History Channel


Por Cristiano Santana

Hoje assisti à estreia do documentário "Provando a existência de Deus" do History Channel. Naturalmente não esperava que o programa fosse apresentar a prova cabal da existência de Deus, mas já imaginava que os apresentadores iriam evitar os argumentos que nos foram legados pelos apologistas clássicos em suas controvérsias com ateus ao longo da história (argumento cosmológico, ontológico, moral, etc.), os quais  já estão meio "batidos", digamos assim.

Infelizmente o documentário não trouxe novidades para mim, nesse campo da apologética. Não é que eu desvalorize as novas linhas de argumentação apresentadas no mesmo. São muito interessantes e promissoras. É que a gente acaba alimentando certa expectativa de conhecer algo novo.

É preciso esclarecer que o programa não traz provas conclusivas da existência de Deus, mas sim argumentos baseados na física, astronomia, genética, arqueologia e história. Tentarei resumi-los a seguir:

Arca da aliança - Esse artefato seria talvez a maior prova da existência de Deus. O programa traz informações sobre pesquisas arqueológicas em torno do seu paradeiro.  A Arca estaria guardada numa capela da Igreja de Santa Maria de Sião, da cidade de Aksum, no norte da Etiópia, onde um único sacerdote pode vê-la. 

Genes de Deus - Raízes biológicas explicariam de onde vem a inclinação humana para a religiosidade e como o cérebro experimenta a transcendência. Alguns geneticistas acreditam ter descoberto um conjunto de genes que tornaria o ser humano predisposto a ter experiências sensoriais, como acreditar em Deus e professar uma religião. O código genético do indivíduo é o que determina o tamanho da sua fé.

Partícula de Deus - A confirmação da existência de uma partícula denominada de Bóson de Higgs, supostamente responsável por algumas propriedades da matéria, principalmente a massa, acabaria corroborando a chamada Teoria de Tudo, que tenta unificar as principais leis da física. Segundo alguns, isso confirmaria também a existência de Deus. 

Teoria do Universo bem afinado - Aproveitarei a explicação da Wikipedia. Trata-se de um argumento baseado no conceito das "constantes universais bem afinadas", que tornam possíveis a existência da matéria e da vida, e portanto alegando que as constantes não devem ser solenemente atribuídas ao acaso (processos naturais). Essas incluem os valores das constantes físicas fundamentais, a força relativa das forças nucleares, o eletromagnetismo, a gravidade entre partículas fundamentais, também como as taxas das massas de tais partículas. Defensor do design inteligente e filiado do Centro para Ciência e Cultura, Guillermo Gonzales argumenta que se qualquer um desses valores fosse até minimamente diferente, o universo seria dramaticamente diferente, tornando impossível a formação de muitos elementos químicos e de estruturas características do Universo, como galáxias. Logo, defensores argumentam, um designer inteligente da vida foi necessário para garantir que as características específicas se dessem presentes, caso contrário a vida seria, em termos práticos, impossível de ter existido. 

Neurociência espiritual ou neuroteologia - Estuda os processos cognitivos que produzem experiências subjetivas tradicionalmente categorizadas com religiosas ou espirituais e tenta relacioná-las com padrões de atividade no cérebro. A confirmação da existência de "regiões espirituais" no mapeamento cerebral confirmaria que ele é um órgão fisiologicamente projetado para que o homem tenha comunhão com Deus. 

Gostei de assistir ao documentário e torço para que ele possa influenciar positivamente o tipo de espectador que é intelectualmente resistente à ideia da existência de Deus.  Essa é a apologética moderna.
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A orientação de Macedo para que o pastor só case com mulher da mesma raça: questões que merecem respostas.



Por Cristiano Santana

Seguindo seu costume de trazer ao público declarações no mínimo estranhas, o bispo Edir Macedo orientou , em artigo publicado na última semana, que homens de Deus devem evitar casar com mulheres mais velhas e de raças diferentes. 

Na base da sua justificação está o tão conhecido pragmatismo. As decisões que o futuro pastor toma agora devem sempre ter em conta a perspectiva de uma vida ministerial de sucesso como pastor de igreja no exterior. Assim, o sentimento do homem por uma mulher é puramente secundário, insignificamente. O casamento deve acontecer somente se a futura esposa preencher certos requisitos de utilidade.

Deixando de lado a questão da idade da mulher, a orientação de casar com alguém da mesma raça levanta uma série de indagações, cujas respostas não podem ser claramente extraídas do texto. Meu trabalho aqui será levantá-las e respondê-las, se possível? 

Qual é o critério que o futuro pastor utilizará para diferenciar a sua raça de outra? 

Isso é difícil aqui no Brasil, em virtude do elevado grau de miscigenação. Há pessoas que não conseguem nem mesmo definir com precisão a sua raça, se é negro, se é mulato, se é branco, etc. Como poderão então reconhecer em uma mulher uma raça compatível com a sua? Todavia, esse não seria o maior problema. Às vezes, por causa da determinação de genes recessivos, acontece de um casal de certa cor gerar um filho com uma diferente. É que o patrimônio genético do genitor possui características ocultas de pele, cabelo, etc., as quais, dependendo da combinação genética com outro parceiro, podem se manifestar na próxima geração,   Nada pode impedir, por exemplo, que um casal de missionários brasileiros "brancos" gere um filho moreno, durante o serviço na Noruega.  

O bispo fala de discriminação em países onde a maioria é de brancos, de negros ou em ambos os casos?

Segundo Macedo, "não haveria nenhum problema para o homem de Deus se casar com uma mulher de raça diferente da dele, não fossem os problemas da discriminação que seus filhos poderão enfrentar nas sociedades racistas deste mundo louco." A pergunta que surge imediatamente é a seguinte: ele está falando do preconceito de brancos contra negros ou de negros contra brancos? Ou está falando do preconceito em qualquer direção? 

Eu pessoalmente deduzo que ele faz referência ao perigo de pastores e filhos negros sofrerem discriminação em países cuja maioria é de pessoas brancas. Concluo isso por dois motivos: 

Primeiro, se consultarmos a lista de pastores que atualmente estão liderando igrejas da IURD na África, constataremos que boa parte deles são brancos (veja a lista aqui). A foto de cada um deles poderá ser obtida através de pesquisas no Google. Não sabemos qual é raça das esposas desses pastores, mas é grande a probabilidade de boa parte delas diferirem de seus maridos nesse aspecto. Ora, não podemos ignorar que em certo grau os brancos sofrem algum tipo de discriminação em muitos países africanos, mas creio que essa discriminação não é suficientemente forte para que a direção da IURD impeça a ida de pastores brancos para esse continente.  

Segundo, quando ele fala sobre as "sociedades racistas deste mundo louco", é inevitável concluir que ele está falando dos países desenvolvidos nos quais o preconceito xenófobo e racial impera fortemente. O preconceito que um negro sofre na Alemanha, com certeza não é tão forte quanto aquele que o branco sofre na África.

Se a minha resposta estiver certa, então seria correto que o bispo dissesse que apenas "pastores que forem para a África não devem se preocupar muito com a raça da sua esposa, apenas aqueles que forem enviados a países infestados por movimentos que alegam a supremacia da raça ariana.   

Será que a IURD faz uma seleção racial antes de enviar um pastor ao exterior?

Eu não tenho dados para responder a essa pergunta, mas, pela lógica da orientação do bispo, a IURD deveria realizar essa seleção. Assim não se preocuparia com a possibilidade dos seus pastores serem alvos de discriminação no exterior. 

É realmente necessário que todo pastor se case sempre pensando na possibilidade de ser enviado ao exterior?

A resposta é não. A demanda por pastores brasileiros no exterior não é tão grande como se imagina. Os próprios países que são evangelizados podem fornecer seu ministros. Ademais nada impede que um pastor se sinta plenamente satisfeito dedicando-se ao Senhor apenas no Brasil. Por que então transformar o casamento entre raças iguais numa espécie de imperativo profissional como se todo pastor estivesse destinado para realizar a obra no exterior? Devemos acreditar também que se Deus tem o propósito de enviar um pastor ao exterior, Ele o direcionará na escolha da mulher mais adequada para auxiliá-lo como esposa nessa missão, sem que haja necessariamente uma avaliação prévia da raça, idade ou posição social dela. 

Concluindo, essa orientação do bispo Macedo levanta essas e outras questões, as quais, se não forem bem respondidas, podem levantar a suspeita de que a IURD promove algum tipo de segregação racial. 
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Esboços e Sermões: O Deus que (às vezes) restitui


Por: Cristiano Santana


Texto: I Samuel 30

Introdução: Davi, ao voltar do campo de batalha encontrou a cidade de Zicacle em chamas. Davi e suas homens sofreram terrível perda, pois os amalequitas levaram seus filhos e mulheres. Nós também estamos sujeitos a sofrer perda semelhante.

Em certos contextos, não em todos, Deus pode intervir e operar uma restituição na vida do cristão. Foi exatamente isso que ele fez por Davi e seus homens. Ajudou-os a recuperar o que era valioso para eles. Essa incrível história se divide em duas fases: 1) A tragédia da perda; 2) a alegria da restituição

I - A TRAGÉDIA DA PERDA (essa perda teve uma natureza, causas e consequências)

    A) Natureza da perda
         1) Inesperada
         2) Repentina
         3) Total

Aplicação: toda perda é traumática, mas a perda inesperada, repetina e total é a mais dolorosa e terrível.

    B) Causas da perda
         1) A ocupação de Davi com coisas que possivelmente estavam fora 
            da orientação de Deus - I Sam 29
         2) A desatenção de Davi com relação às intenções maléficas de seus 
            adversários (amalequitas)

Aplicação: Você é culpado por sua perda?

    C) Consequências da perda
         1) Desespero e angústia - I Sam 30:6 - ref. Gen; 21:14
         2) Acusações e ameaças contra Davi I Sam 30:6 - ref. Ex. 14;10-11.

Transição: que prova Davi passou! Foi expulso por Saul, depois expulso das terra dos Filisteus e agora seus familiares e bens são levados! Às vezes nos encontramos na mesma situação.

II - A ALEGRIA DA RESTITUIÇÃO

     A) Teve início quando Davi se "reanimou no Senhor" - I Sam. 30:6 - ref. 2Co 4.8-9
     B) Foi assegurada por Deus - I Sam 30.8 - ref. Hb. 10:19; IPe 2:9.
     C) Foi antecedida pelo desânimo e cansaço (Já tinham percorrido 80 km desde 
          Afeca e teria de percorrer mais 30!) - ISam 30:9
     D) Foi possível graças à direção divina - ISam 30:11-12 
     E) Foi alcançada de forma absoluta e completa ("Assim livrou Davi tudo 
          quanto tomaram os amalequitas" - I Sam 30.18)   
  

Conclusão: Não podemos estabelecer como promessa absoluta que Deus sempre nos restituirá o que foi perdido, mas em algumas situações específicas, para que o nome Dele seja glorificado, é possível que Ele intervenha, ajudando-nos a recuperar uma certa condição espiritual, econômica ou social.
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Santificação é hábito e não mágica


Por Cristiano Santana

Ao contrário do que pensam, a santificação não é resultado de uma submissão passiva do crente à ação do Espírito. Ela é resultado da cooperação do Espírito e da disposição do homem de pôr a virtude como  hábito em sua vida. 

A conduta da cristandade atual tem sido orientada por várias noções equivocadas do conceito de santificação. O que há em comum entre todas elas é a tendência de tirar a responsabilidade do homem ou  pô-la excessivamente sobre ele. Primeiramente existe a crença determinista de que Deus direciona cada ação do homem, como se ele fosse um mero autômato, completamente destituído de vontade própria. O cristão nesse caso seria como uma espécie de software programado por Deus para executar ações cada vez mais sofisticadas ao longo do tempo. Também há a corrente que defende a tese de que o crente se santifica quando tem sucessivas experiências místicas com Deus. Outra abordagem identifica a santificação com práticas legalistas, fundadas nos costumes. Semelhantes a essas, poderíamos continuar citando várias outras noções anômalas do processo de santificação.

Na verdade, a palavra chave da santificação é "hábito". O homem virtuoso não se faz da noite para o dia. A excelência da virtude moral e espiritual só se alcança com anos de exercício contínuo de atos de prudência, justiça, fortaleza, temperança, bondade, etc. Há de se concordar com Aristóteles, quando diz em sua "Ética a Nicômaco" que a virtude pode até existir em potência, mas precisa ser desenvolvida. Sendo assim, entendo que o Espírito Santo oferece as condições para a santificação, mas é o homem que tem de agir de acordo com o padrão ético estabelecido por Deus. A justiça como um valor ético se desvela em nossos atos. Acompanhando, novamente, as palavra do filósofo, "toda virtude e toda técnica nascem e se desenvolvem pelo exercício". 

Para não ficarmos apenas na filosofia, leiamos portanto o que o apóstolo João escreveu sobre a importância da prática da justiça:

"Se sabeis que ele é justo, reconhecei também que todo aquele que pratica a justiça é nascido dele." - I Jo 2:29  
"Filhinhos, não vos deixeis enganar por ninguém; aquele que pratica a justiça é justo, assim como ele é justo." - I Jo 3:7  
"Nisto são manifestos os filhos de Deus e os filhos do diabo: todo aquele que não pratica justiça não procede de Deus, nem aquele que não ama a seu irmão."  - I Jo 3:10

Finalizando, podemos afirmar que santificação é hábito, é prática, não de meros costumes, ou de mandamentos legalistas, mas de atos de justiça voltados para o próximo e não para nós mesmos. Se Deus nos reputou como justos através do sangue de Jesus, Ele nos considerará como verdadeiramente santos apenas se constatar em nossas vidas a existência de um padrão contínuo de ações justas ao longo do tempo: cumprir as obrigações, pegar emprestado e devolver, ajudar ao pobre, detestar a mentira, sustentar a família, cumprir com os deveres cívicos, não cometer pecados sexuais, etc.

A santificação é um longo caminho de erros e acertos, até mesmo de quedas, mas o resultado final é sempre excelente. O crente persistente aprenderá com cada um de seus erros, e se aperfeiçoará cada vez mais na prática da justiça. O Espírito quer cooperar conosco ao longo de nossos anos, mas nós precisamos decidir adotar a virtude como um hábito diário.
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Lei de Acesso à Informação: Um exemplo a ser seguido pelas igrejas


Por Cristiano Santana

O que era improvável na administração pública concretizou-se. A Lei de Acesso à Informação (12527/2011) entrou em vigor há alguns dias. 

Ela obriga órgãos públicos federais, estaduais e municipais (ministérios, estatais, governos estaduais, prefeituras, empresas públicas, autarquias etc.)  a oferecer informações relacionadas às suas atividades a qualquer pessoa que solicitar os dados.

Além dos gastos financeiros e de contratos, a lei garante que o cidadão acompanhe os dados gerais de programas, ações, projetos e obras.

Um pouco de reflexão é suficiente para concluirmos que as igrejas, apesar de serem pessoas jurídicas de direito privado, aproximam-se bastante do perfil de entidade pública. Elas não têm fins lucrativos, dependem de recursos financeiros provenientes dos cidadãos que as frequentam, existem para servir à comunidades, etc.

Levando-se em consideração essa proximidade entre igrejas e entidades públicas, a conclusão lógica - e moral - é que as igrejas deveriam seguir essa tendência de transparência, disponibilizando aos seus membros dados administrativos e financeiros, seja pela internet ou através de relatórios periódicos.

Infelizmente a realidade mostra que as igrejas não seguirão tão cedo o exemplo da Lei da Acesso à Informação. Seus dados financeiros, por exemplo, continuarão a ser acessados apenas por pessoas superprivilegiadas, os chamados "membros da diretoria". O argumento que visa dissuadir aqueles crentes que querem saber um pouco mais sobre as finanças da igreja continuará sendo esse: "A sua obrigação é apenas dar o dízimo. O que o pastor fará com o dinheiro é entre ele e Deus".

Espera-se, entretanto, que os cristãos atinjam esclarecimento suficiente para que entendam que acompanhar a administração da igreja não é uma opção, mas uma obrigação de cada membro, afinal de contas, cada um é co-administrador de recursos que não pertencem ao pastor, mas à comunidade.
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Como o prazer nos transforma em escravos e como Cristo nos liberta




Por Cristiano Santana

Já no século IV A.C. o filósofo grego Epicuro afirmava que o prazer é o bem ao qual todo ser humano aspira. Naturalmente essa concepção depois foi contestada por outro filosófos. Aristóteles, por exemplo, afirmou que as ações humanas tendem à realização da felicidade, sendo que esta consiste numa atividade da alma que esteja de acordo, não com o prazer, mas com a razão.  

Embora o prazer não resulte necessariamente numa vida feliz, senti-lo com alguma frequência é importante para a manutenção da saúde física e mental. Temos experiência sensoriais desse tipo quando praticamos esportes, comemos, bebemos, viajamos, namoramos, praticamos sexo, etc. Não há nada de reprovável no prazer quando buscado dentro dos limites da ética e da razão. O problema surge quando o mecanismo neurológico que o regula se descontrola, escravizando consequentemente a vontade. 

Esse descontrole surge quando os neurônios que compõem o circuito do prazer e de recompensa do cérebro não aceitam mais a estimulação sensorial normal, passando a exigir certos compostos quimicos em doses cada vez maiores e em intervalos cada vez mais curtos. Nesse momento, o prazer se transforma em vício.  

Há pessoas que pensam que estão livres do vício pelo fato de não consumirem drogas como cocaína, crack, anfetaminas, etc. Curiosamente há uma quantidade enorme de indivíduos que são viciados em substâncias produzidas pelo próprio cérebro, como a dopamina, serotonina, endorfina e vários outros neurotransmissores. Os viciados em academia, por exemplo, são dependentes da endorfina, que é produzida pela hipófise, uma glândula cerebral, durante o esforço físico. Essa substância é responsável pela sensação do prazer, redução do desconforto muscular, bem estar, melhora do humor e diminuição do stress. Depois de anos se exercitando, o indivíduo simplesmente não consegue mais parar  de correr ou fazer musculação, porque a cessação da atividade cortará o seu suprimento diário de endorfina, desencadeando em seguida a síndrome de abstinência. Semelhantemente, a sensação de prazer que sentimos, quando comemos, jogamos num cassino, fazemos sexo ou navegamos pela internet, é resultado da ação estimulante dos compostos já mencionados sobre os neurônios. Também nesses casos, se não forem tomadas as devidas precauções, uma prática inicialmente esporádica e inofensiva pode dar origem a uma compulsão incontrolável. 

O vício sempre foi um problema, mas as estatísticas atuais demonstram que essa doença tem afetado a humanidade em proporções cada vez mais alarmantes. Isso se deve a dois fatores principais: a supervalorização do prazer e a criação de drogas cada vez mais destruidoras, como o crack. 

A situação se agravou ainda mais com o processo de secularização plasmado pela cultura ateísta. A rejeição da crença em Deus resultou num abismo enorme e vazio no coração das pessoas;. Elas simplesmente perderam a capacidade de manter o equilíbrio interno devido a ausência da mais poderosa fonte de prazer e satisfação: a graça salvadora de Cristo mediante a ação vivificadora do Espírito Santo.  O refrão "I can't get no satisfaction" ("Eu não consigo me satisfazer") da música dos dos Rolling Stones representa o grito de desespero de bilhões de pessoas que tentam saciar a fome espiritual com coisas que as reduzem a uma condição quase animalesca. Bastaria que elas cressem no que Jesus falou: "Eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância" e elas conheceriam o que é a verdadeira satisfação. 

Quando Cristo se manifesta ao viciado, a plenitude de Deus o enche, conferindo-lhe uma sensação contínua de uma satisfação sobrenatural, que não desaparece depois de alguns minutos de euforia; pelo contrário, é um bem estar que persiste em meio às contigências terrenas. A partir desse momento, o prazer, que era reputado a fonte da vida e a razão do existir, volta à sua situação de servo, sob o domínio do homem guiado pelo Espírito.

Somente aquele que tem comunhão com Deus tem o privilégio de sentir a satisfação verdadeira, uma prazer que transpõe a dimensão do corpo e penetra até as profundezas da alma e do espírito.
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O pecado fundamental



Por Cristiano Santana

É impressionante como o nosso conceito sobre o pecado vai mudando com o passar do tempo. Quando me converti, tudo era pecado, evitava até tocar a roupa de pessoas "impuras", não via televisão, não ia à praia, não usava bermuda, etc. Tempos depois, essas coisas deixaram de ser pecaminosas para mim. Mas continuei a evitando certos tipos de músicas "não cristãs" (que hoje entendo serem mais cristãs do que muitas cantadas na igreja) e de ir ao cinema ou teatro. Abandonei essas restrições, mais ainda evitava participar de certos eventos, como confraternizações de fim de ano da empresa. Também evitava ler livros "perigosos" como os de ateus como Richard Dawkins, Bertrand Russel ou Jean Paul Sartre. Livrei-me dessas preocupações também.

E agora? O que restou da lista inicial de pecados? Certamente pouca coisa! Apostatei? NÃO. Na verdade o tempo me mostrou que existe um pecado fundamental por trás de todos os pecados, que é este:

Deixar de ter sede de Deus, de ansiar por sua presença e comunhão; abandonar completamente as práticas da oração, reflexão, leitura da Bíblia; deixar de amar verdadeiramente ao próximo.

Quando percebo diariamente que todo o meu ser clama diariamente por Deus e que não passo um dia sem refletir sobre o sacríficio de Cristo por mim, sobre o significado da existência e sobre como poderei aproveitar a vida da forma mais sábia possível, então percebo que ainda estou vivo e que sou filho de Deus.
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Obras da carne: o espírito é bom e o corpo é mau?



Por Cristiano Santana

Quando lemos pela primeira vez sobre as obras da carne, em Gálatas 5, uma certa influência místico-dualista nos faz pensar que "carne" seria o elemento físico da constituição do homem, totalmente antagônico à sua substância imaterial, que nesse caso seria a alma. O termo "carne" nos faz pensar que o corpo é algo intrínsicamente mal e perverso. O termo "fruto do espírito" nos induz a pensar que tudo que é bom tem uma fonte imaterial, distinta do corpo. 

Esse tipo de concepção dualista merece uma correção. Quando o homem peca, não é uma parte de seu ser que transgride a lei de Deus, mas o homem TODO. Assim também, a virtude é um atributo do homem inteiro, não apenas de seu espírito. Dessa forma torna-se mais fácil entender porque alguns pecados da mente, digamos assim, são incluídos nas obras da carne: inimizades, porfias, heresias, invejas,  etc. 

A inimizade, por exemplo, tem origem nos pensamentos, mas Paulo classificou-a como obra da carne. O esclarecimento vem, para essa aparente confusão entre ações mentais e ações corporais, quando entendemos que "carne" representa a natureza caída do homem, do homem TODO. O pecado corrompeu completamente o homem, em sua constituição física e imaterial. "Carne" é isso, é a inclinação do homem para transgredir a lei de Deus, seja através de atos da mente ou do corpo.

Finalizando, "obras da carne" não significa em absoluto, que o corpo é mau, e o espírito bom.


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Juiz extingue ação contra o pastor Silas Malafaia, movida por ONG do movimento gay




O juiz federal Victorio Giuzio Neto, da 24ª Vara Cível de São Paulo, extinguiu ação civil pública movida pelo Ministério Público Federal contra o pastor Silas Malafaia, da Assembleia de Deus, contra a TV Bandeirantes e também contra a União. Vocês se lembram do caso: no programa “Vitória em Cristo”, Malafaia criticou duramente a parada gay por ter levado à avenida modelos caracterizados como santos católicos em situações homoeróticas. Já escrevi alguns posts a respeito. Aquele em que em exponho detalhes do caso está aqui . Ao defender que a Igreja Católica recorresse à Justiça contra o deboche, Malafaia afirmou o seguinte:
 
“É para a Igreja Católica entrar de pau em cima desses caras, sabe? Baixar o porrete em cima pra esses caras aprender. É uma vergonha!”

Acionado por uma ONG que defende os direitos dos gays, o Ministério Público Federal recorreu à Justiça, acusando o pastor de estar incitando a violência física contra os homossexuais. Demonstrei por que se tratava de um despropósito. E o que queria o MPF? Na prática, como escrevi e também entendeu o juiz Victorio Giuzio Neto, a volta da censura. Pedia que o pastor e a emissora fizessem uma retratação e que a União passasse a fiscalizar o programa.

A decisão é primorosa. Trata-se de uma aula em defesa da liberdade de expressão. Fico especialmente satisfeito porque vi no texto muitos dos argumentos por mim desfiados neste blog — embora tenha sido esculhambado por muita gente: “Você não entende nada de direito”. Digamos que fosse verdade. De uma coisa eu entendo: de liberdade. O juiz lembra que o Inciso IX do Artigo 5º da Constituição e o Parágrafo 2º do Artigo 220 impedem qualquer forma de censura, sem exceção. De maneira exemplar, escreve:  
Permite a Constituição à lei federal, única e exclusivamente: “… estabelecer os meios legais que garantam à pessoa e à família a possibilidade de se defenderem de programas ou programações de rádio e televisão que contrariem o disposto no artigo 221, bem como da propaganda de produtos, práticas e serviços que possam ser nocivos à saúde e ao meio ambiente”.
Estabelecer meios legais não implica utilização de remédios judiciais para obstar a veiculação de programas que, no entendimento pessoal, individual de alguém, ou mesmo de um grupo de pessoas, desrespeitem os “valores éticos e sociais da pessoa e da família” até porque seria dar a este critério pessoal caráter potestativo de obstar o exercício de idêntica liberdade constitucional assegurada a outrem.

Mais adiante, faz uma síntese brilhante:
Proscrever a censura e ao mesmo tempo permitir que qualquer pessoa pudesse recorrer ao judiciário para, em última análise, obtê-la, seria insensato e paradoxal.

Excelente!

Afirma ainda o magistrado:
Através da pretensão dos autos, na medida em que requer a proibição de comentários contra homossexuais em veiculação de programa, sem dúvida que se busca dar um primeiro passo a um retorno à censura, de triste memória, existente até a promulgação da Constituição de 1988, sob sofismático entendimento de ter sido relegado ao Judiciário o papel antes atribuído à Polícia Federal, de riscar palavras ou de impedir comentários e programas televisivos sobre determinado assunto.”

O juiz faz, então, uma séria de considerações sobre a qualidade dos programas de televisão, descartando, inclusive, que tenham influência definidora no comportamento dos cidadãos. Lembra, a meu ver com propriedade, que as pessoas não perdem (se o tiverem, é óbvio) o senso de moral porque veem isso ou aquilo na TV; continuam sabendo distinguir o bem do mal. Na ação, o MPF afirmava que os telespectadores de Malafaia poderiam se sentir encorajados a sair por aí agredindo gays. Lembrou também o magistrado que sua majestade o telespectador tem nas mãos o poder de mudar de canal: não é obrigado a ver na TV aquilo que repudia.

Giuzio Neto  analisou as palavras a que recorreu o pastor e que levaram o MPF a acionar a Justiça:
As expressões proferidas não são reveladoras de preconceito se a considerarmos como manifestação de condenação ou rejeição a um grupo de indivíduos sem levar em consideração a individualidade de seus componentes, pois não se dirigiu a uma condenação generalizada através de um rótulo, ao homossexualismo, mas, ao contrário, a determinado comportamento ocorrido na Parada Gay (….) no emprego da imagem de santos da Igreja Católica em posições homoafetivas.
Diante disto, não pode ser considerado como homofóbico na extensão que se lhe pretende atribuir esta ação, no campo dos discursos de ódio e de incentivo à violência, pois possível extrair do contexto uma condenação dirigida mais à organização do evento - pelo maltrato do emprego de imagens de santos da igreja católica - do que aos homossexuais.
De fato não se pode valorar as expressões dissociadas de seu contexto.
E, no contexto apresentado, pode ser observado que as expressões “entrar de pau” e “baixar o porrete” se referem claramente à necessidade de providências acerca da Parada Gay, por entender o pastor apresentador do programa, constituir uma ofensa à Igreja Católica reclamando providências daquela.
(…)
É cediço que, se a população em geral utiliza tais expressões, principalmente na esfera trabalhista, para se referir ao próprio ajuizamento de reclamação trabalhista (…) “vão meter a empresa no pau”. Outros empregam a expressão “cair de pau” como mera condenação social; “entrar de pau” ou “meter o pau”, por outro lado, estaria relacionado a falar mal de alguém ou mesmo a contrariar argumentos ou posicionamentos filosóficos.
Enfim, as expressões empregadas pelo pastor réu não se destinaram a incentivar comportamentos como pode indicar a literalidade das palavras no sentido de violência ou de ódio implicando na infração penal, como pretende a interpretação do autor desta ação.

Bem, meus caros, acho que vocês já haviam lido algo semelhante aqui, não?, escrito por este “não-especialista em direito”, como sempre fazem questão de lembrar os petralhas. Caminhando para a conclusão de sua decisão,  observa:
Por tudo isto e diante da clareza das normas acima transcritas, impossível não ver na pretensão de proibição do pastor corréu de proferir comentários acerca de determinado assunto em programa de televisão, e da emissora de televisão deixar de transmitir, uma clara intenção de ressuscitar a censura através deste Juízo.”

Mas e quem não se conforma com fim da censura na TV? O juiz dá um conselho sábio, com certo humor e uma pitada de ironia:
Para os que não aceitam seu sepultamento - e de todas as normas infraconstitucionais que a previram - restam alternativas democráticas relativamente simples para a programação da televisão: a um toque de botão, mudar de canal, ou desliga-la. A queda do IBOPE tem poderosos efeitos devastadores e mais eficientes para a extinção de programas que nenhuma decisão judicial terá.

Caminhando para o encerramento
 
Sábias palavras a do juiz federal Victorio Giuzio Neto! Tenho me batido aqui, como vocês sabem, contra certa tendência em curso de jogar no lixo alguns valores fundamentais da Constituição em nome de alguns postulados politicamente corretos que nada mais são do que os “preconceitos do bem” de grupos de pressão influentes. Os gays têm todo o direito de lutar por suas causas. Mas precisam aprender que não podem impor uma agenda à sociedade que limite a liberdade de expressão, por exemplo, ou a liberdade religiosa.

No caso em questão, a ação era, em essência, absurda. É claro que o contexto deixava evidente que o pastor recorria a uma linguagem metafórica — de uso corrente, diga-se. Se alguém foi vítima de preconceito nessa história, esse alguém foi Malafaia. Não fosse um líder evangélico — e, pois, na cabeça de alguns, necessariamente homofóbico —, não teria sido importunado por uma ação judicial. Há um verdadeiro bullying organizado contra os cristãos, pouco importa a denominação religiosa a que pertençam. Infelizmente, a “religião” que mais cresce no mundo hoje é a cristofobia.
Eu, que tenho criticado com certa frequência a Justiça, a aplaudo desta vez.
 
Por Reinaldo Azevedo
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Crise espiritual: momento de novo propósito para o cristão




Por Cristiano Santana

Sem dúvida alguma, a experiência singular do novo nascimento é o milagre mais sublime que um ser humano pode experimentar. A graça irresistível atrai a criatura para um processo de transformação dramático, no qual o velho homem é destronado e substituído por um novo ser que passa a ser proclamado filho de Deus. 

Todos nós, que já passamos por essa experiência, nos recordamos da poderosa intervenção de Deus em nossas vidas. Fomos libertos da tirania do pecado, e, com o auxílio do Espírito Santo, pouco a pouco no libertamos de práticas e vícios terríveis, os quais, além de serem autodestrutivos, representavam verdadeira afronta à santidade de Deus.   

A partir de nossa regeneração iniciamos um novo relacionamento com Deus, mediado por Cristo e auxiliado pelo Espírito Santo. Motivados por essa nova realidade, renunciamos a antigos projetos e elaboramos outros, mais condizentes com a nossa condição de servos de Deus. No frescor do primeiro amor, idealizamos uma vida plena em todos os sentidos, com trajetória unicamente ascendente e nem mesmo cogitamos sobre a possibilidade de obstáculos no caminho.

Entretanto, com o passar dos anos, a rotina do dia a dia, problemas pessoais, responsabilidades familiares, etc. surgem como fatores de ameaça ao progresso do crente. Além disso, é possível que em dado momento experimentemos a sensação de que estacionamos espiritualmente, de que chegamos a um ponto em que não é possível mais avançar. Outros experimentam algo ainda pior, a constatação de que suas forças espirituais estão quase que completamente exauridas. Essa situação de esgotamento espiritual é ainda mais agravada se é seguida de algum tipo de crise pessoal (emotiva, profissional, etc.). De repente, o crente que resplandecia alegremente, no início de sua caminhada, encontra-se como que cercado pelos muros da angústia que pouco a pouco vão escurecendo tudo ao seu redor. 

É nesse momento de desespero que o filho de Deus se conscientiza de que a reação mais adequada é voltar-se para Deus com todas as suas forças. Só que agora ele percebe que as coisas não são tão fáceis quanto no início. Poderosas forças internas e externas se levantam contra a sua intenção. É que não basta apenas restabelecer o antigo estado espiritual, o qual, apesar de suas virtudes, acabou sendo engessado por um certo formalismo religioso. O cristão sabe que a única saída agora é perseguir uma experiência espiritual mais profunda, sem precedentes na história da sua vida. Ele parece se encontrar em um novo momento de decisão, no qual deve optar entre se resignar com sua espiritualidade exaurida, ou lutar para penetrar numa dimensão mais elevada do conhecimento de Deus. 

Um dos personagens que passou por situação, não completamente semelhante à que descrevi, mas um pouco aproximada, foi Moisés. Após ter passado quarenta dias no Monte com Deus, ele desceu com as tábuas do Testemunho. Então encontrou o seu povo envolvido numa orgia cultual em honra a um bezerro de ouro. Bastante indignado, ordenou a execução dos idólatras, mas a sua reação não foi suficiente para aplacar a ira divina. Ao saber que Deus não iria mais no meio do povo, Moisés ficou muito perturbado. Parecia que todo seus esforços, desde a saída do Egito até aquele momento, tinham sido em vão. O recurso da intercessão surge-lhe então como instrumento eficiente para resolver a crise. 

Um fato curioso no relato bíblico é que, durante a sua desesperada intercessão pelo povo, Moisés fez a Deus um incrível pedido: "Rogo-te que me mostres a tua glória" (Êxodo 33:18). O que é a glória de Deus? É a sua realidade íntima e profunda, seu caráter, a sua forma de relacionar-se com as suas criaturas. Moisés queria contemplar a Deus em todo seu poder e majestade.

Mas a pergunta que deve ser respondida é essa: Por que Moisés quis ver a glória de Deus? A resposta é que ele estava psicologicamente instável naquele momento. A simples imaginação de que ele iria ter de liderar milhões de pessoas sem a presença da "shekinah" de Deus lhe causava uma angustiante sensação de desamparo. A única coisa capaz de acalmar o seu espírito seria obter da parte de Deus um sinal inequívoco do seu favor e graça. Ele tinha de assegurar-se de que a presença de Deus continuaria com ele, Arão e Josué. Por isso pediu que Deus se manifestasse em pessoa, em toda a sua glória. Como sabemos, esse pedido foi atendido apenas parcialmente, pois Deus permitiu que Moisés o visse apenas de relance, "pelas costas". Naquela breve visão de Deus "pelas costas", Moisés compreendeu que a glória do SENHOR é revelada através de sua misericórdia, graça, compaixão, fidelidade, perdão e justiça. Ele assimilou o mais importante: a visão do amor de Deus.

Apesar de Deus ter manifestado uma ínfima fração da sua glória, podemos ter certeza de que essa experiência teve um tremendo impacto em Moisés, proporcionando-lhe uma compreensão mais ampla da natureza divina. Obviamente não julgo adequado que reivindiquemos esse mesmo tipo de revelação direta, mas considero necessário que nunca estejamos satisfeitos com aquilo que já conhecemos pessoalmente a respeito de Deus. Creio, inclusive, que situações angustiantes surjam justamente para nos impelir a perseguir níveis mais elevados de espiritualidade. 

Não tenho muita base escriturística para dizer isso, mas aparentemente existe evidência de que o cristão costuma se defrontar com um segundo ponto de virada, anos depois da conversão, no qual deve decidir se permanecerá estacionário ou se apresentará diante de Deus como o filho que almeja uma manifestação mais sublime da glória divina. Enquanto na conversão o crente é praticamente arrastado pelo poder da graça divina, nesse segundo momento a maior parte do esforço deve vir dele mesmo, e não de Deus. Quando criança somos ajudados, mas quando chegamos à fase adulta, a decisão e a iniciativa deve ser nossa. Deus quer que cheguemos a um novo estágio de espiritualidade, mas agora, tal conquista depende, em grande medida, do nosso próprio esforço de buscá-lo ávidamente, com todo o nosso coração e com todas as nossas forças.

Senhor, mostre-me a tua glória!

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Transtornos de ansiedade: Quando a ciência falha, Cristo garante a cura.



Por Cristiano Santana

Acabei de assistir à serie "Obsessed" transmitida pela A&E Network. Essa série descreve a luta real e o tratamento de várias pessoas contra os transtornos de ansiedade, incluindo transtorno obssessivo-compulsivo, transtornos sociais, alimentares e vários outros da mesma ordem. Segundo o documentário, a ansiedade é a doença mental mais comum do mundo, afetando cerca de 3,3 milhoes de americanos. Apresento resumidamente alguns casos:
  • Scott é germófobo, ou seja, tem medo de germes. Por isso lava as mãos 30 vezes ao dia, e não tem latas de lixo em casa. Ele também organiza suas camisas por cores no armário.
  • Nicole não suporta estar perto de pessoas que estejam com as mãos abertas e proíbe sua mãe de pronunciar qualquer palavra que tenha a letra "k". Também tem pavor de ser tocada por alguém.
  • Trina tem pensamentos ruins. Ela sempre acha que vai matar alguém. Por isso não fica perto de armas ou facas.
  • Rick se exercita 50 vezes por semana, 7 vezes por dia, por causa do seu medo de adoecer e morrer. Ele também toma um coquetel de dezenas de pílulas por dia sem necessidade alguma.
  • Karen também tem medo da morte. Além disso, não consegue ficar em ambientes escuros. Por causa do receio de ser atacada por um estranho, ela checa toda casa antes de dormir: debaixo da cama, armários,atrás do espelho, etc.
  • Russ é um acumulador. Ele não consegue se desfazer de objetos que tenham algum valor sentimental. Por isso é praticamente impossível andar dentro da sua casa, entulhada de objetos por todos os lados.
  • Todd tem tricotilomania que é a mania de arrancar pêlos do corpo.
  • Christa fica seis horas por dia, em frente ao espelho, arrancando pedaços da pele do rosto com uma pinça. Por causa da sua compulsão seu rosto sempre está cheio de feridas e curativos.
  • Nidia não gosta de se sentir suja. Ela lava as mãos 100 vezes ao dia e tem medo de evacuar. Depois de ir ao banheiro, ela toma um banho que dura entre uma e três horas. O seu ritual de limpeza inclui a utilização de um enema para limpar o intestino e uma escova de dente para alcançar lugares no reto, inacessíveis à sua mão.
As pessoas acima mencionadas são submetidas à terapia cognitivo-comportamental que dura 12 semanas, aplicada por psicólogos clínicos. A evolução do tratamento de cada paciente é documentada, sendo que o método mais utilizado pelos especialistas foi a exposição, que consiste em expor o paciente ao ambiente ou situação que lhe causa ansiedade, promovendo assim o que é chamado de dessensibilização. O germófobo, por exemplo, é exposto a ambientes sujos; o claustrofóbico, a ambientes fechados; o acumulador é desafiado a desfazer-se de vários objetos, até que o medo até reduzido.

O espectador, ao assistir tal documentário, espera sempre resultados positivos e duradouros. De fato, percebe-se que os especialistas conseguiram bons resultados com a abordagem cognitivo-comportamental, reduzindo o nível de intensidade das compulsões, mas fica evidente que os avanços foram bastante limitados.

Alguns pacientes simplesmente abandonaram o tratamento, como o Rick e o Todd, por exemplo. Outros pacientes progrediram bastante, mas depois voltaram às suas manias. Quanto ao restante, eu realmente não sei se eles mantiveram a mania sob controle até o dia de hoje.

Assistir a esse programa somente aumentou a minha convicção de que a alma humana ainda é um profundo mistério para a ciência. Alguns tipos de comportamentos, manias, vícios, compulsões, etc., parecem ser terrivelmente resistentes a qualquer tipo de tratamento médico ou psicológico. São como monstros internos que só podem ser amansados por um curto período de tempo, mas depois irrompem das câmaras escuras do ser para escravizar novamente o ser humano.

Creio que alguns tipos de desordens têm fundo espiritual, e estão intimamente conectados ao problema do pecado original. Parece que cada um de nós tem a propensão de sofrer com algum tipo de vício ou mania, especialmente quando estamos alienados da graça de Deus. Alguns são portadores de manias mais brandas, outros, de transtornos mais severos.

Para a maior parte desses casos, creio que só Jesus Cristo é capaz de proporcionar a verdadeira cura. Lembro-me do caso do endemoniado gadareno (Marcos 5.1-20). Diz-nos a Bíblia que ele se feria com pedras. Não seria essa autoflagelação uma compulsão que aquele pobre homem era incapaz de evitar? O relato histórico nos diz que Jesus Cristo curou aquele homem completamente, libertando-o instantamente do seu comportamento autodestrutivo, sem terapia e sem a psicanálise freudiana. Bastou apenas a aplicação do poder libertador do Espírito Santo. Não quero dizer com isso que todo transtorno de ansiedade é causado por demônios. Existem muitos comportamentos que se instalam na pessoa por causa de um trauma na infância, por exemplo. O problema é que alguns comportamentos enraizam-se de tal forma na estrutura da "psique" humana, que só um milagre é capaz de libertá-las. O nome desse milagre é: NOVO NASCIMENTO.

Também não pretendo desqualificar os esforços científicos no tratamento dos transtornos de ansiedade. O homem sempre tem de avançar no conhecimento dos complexos mecanismos comportamentais e cognitivos que moldam a personalidade humana. Mas considero necessário que os especialistas sempre tenham consciência de que a mente humana é um universo infinito, incapaz de ser decifrado pelo próprio homem, e de ser controlado completamente através de ferramentas cognitivas ou pílulas milagrosas. Só existe um Ser que é capaz de vasculhar toda a imensidão da mente e de encontrar o exato ponto que necessita de um ajuste: Deus, o criador da alma humana.
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Políticos evangélicos: representantes do povo de Deus ou dos partidos?


Por Cristiano Santana

A história é sempre a mesma. A cada eleição, milhares de evangélicos se candidatam a algum cargo político, e a promessa principal que eles fazem é que defenderão, com todas as suas forças, os interesses do povo de Deus. O problema é que o sistema representativo brasileiro, tal como se percebe, transforma o deputado em mandatário dos partidos e não dos seus eleitores. Não existe uma perfeita identidade entre a vontade do governante e do governado. A vontade popular encontra-se canalizada para os partidos políticos, munidos de vastos poderes de representação. Iludem-se aqueles que pensam que o vereador, deputado, senador, etc. desempenha o seu mandado com liberdade e perfeita autonomia. Todos eles têm de obedecer aos programas políticos de seus partidos, sob pena de serem punidos, ou até mesmo expulsos. O fato é que, quando pensamos que estamos votando no candidato, na verdade o nosso voto está indo para o partido, o qual detém efetivamente o poder.

Um escritor que descreveu com precisão essa usurpação do mandato pelo partidos é Paulo Bonavides, em seu livro "Ciência Política":

O Estado social consagra pois corajosamente a realidade partidária. Tanto na democracia como na ditadura, o partido político é hoje o poder institucionalizado das massas. Em verdade, todo o consentimento das massas, manifesto ou presumido, consoante a ordem política seja livre ou autoritária, há de circular sempre através de um órgão ou poder intermediário, onde corre porém o risco de alienar-se por inteiro. Esse órgão vem a ser o partido político.

Esse autor também aponta, de forma brilhante, a tendência que os partidos têm de trair a vontade do eleitor, para depois impor o que ele chama de "didatura invisível dos partidos":

No seio dos partidos forma-se logo mais uma vontade infiel e contraditória do sentimento da massa sufragante. Atraiçoadas por uma liderança portadora dessa vontade nova, estranha ao povo, alheia de seus interesses, testemunham as massas então a maior das tragédias políticas: o colossal logro de que caíram vítimas. Indefesas ficam e a democracia que elas cuidavam estar segura e incontrastavelmente em suas mãos, escapa-lhes como uma miragem.

A ditadura invisível dos partidos, já desvinculada do povo, estende-se por outro lado às casas legislativas, cuja representação, exercendo de fato um mandato imperativo, baqueia de todo dominada ou esmagada pela direção partidária. O partido onipotente, a esta altura, já não é o povo nem a sua vontade geral. Mas ínfima minoria que, tendo os postos de mando e os cordões com que guiar a ação política, desnaturou nesse processo de condução partidária toda a verdade democrática. 

A disciplina política no interior dos partidos sobre o comportamento externo dos seus membros nas casas legislativas se vai tornando cada vez mais efetiva, com base numa legislação que entrega juridicamente o Estado aos partidos.

Conclui-se, portanto, que nenhum candidato é capaz de garantir que defenderá todos os interesses dos seus eleitores, sejam evangélicos ou não. Se eleito, ele não estará comprometido apenas com aqueles que lhe confiaram o mandato, mas também com a ideologia do seu partido. Assim, será obrigado a acompanhar as decisões partidárias e aceitar negociaçoes que se estabelecem nas casas legislativas, mesmo contra sua orientação ético-religiosa.

A vontade do político flutua junto com a vontade do partido. Isso justifica a constante apreensão que os evangélicos manifestam com relação a projetos de lei que tramitam no congresso, sobre temas como: aborto, homosexualidade, etc. Não é possível ter certeza de que, daqui a seis meses, o posicionamento da bancada evangélica será o mesmo quanto a essas matérias. Há o receio de que a opinião dos parlamentares evangélicos seja muito volátil, instável. Uma simples negociação entre os partidos, que contemple os interesses de ambos os lados, de repente pode fazê-los mudar de idéia, permitindo, consequentemente, a aprovação de leis imorais. 

Finalizando, segue meu conselho. Se algum candidato disser que será o defensor inflexível dos interesses do povo evangélico, não confie muito nele.
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Chamados por Deus: a ilusão dos que esperam glória e exaltação



Por Cristiano Santana

"Paulo, chamado pela vontade de Deus para ser apóstolo de Jesus Cristo" (I Co 1:1).

Quando alguém, inspirado pelo Espírito Santo, se aproxima de um cristão e diz "Deus tem um chamado na sua vida", o que recebe a mensagem se estremece por dentro e por fora, indagando-se ao mesmo tempo sobre a natureza do comissionamento que lhe foi atribuído. O fato é que, em certos contextos, o chamado de Deus é visto como uma vocação revestida de glamour, capaz de elevar aquele que o recebe a um nível de autoridade espiritual e dignidade superior ao de outros mortais. Ser chamado por Deus significa, nessa perspectiva, receber atribuições da mais alta importância, delegadas a pouquíssimas pessoas e que trazem consigo diversos privilégios. Um pouco de reflexão mostrará que esse conceito de chamado é mais um dos grandes equívocos da cristandade moderna.

Em várias de suas epístolas, principalmente na saudação inicial, Paulo procura infatizar a origem divina de sua vocação apostólica (1Cor 1:1; Gl 1.1,15; 1Tm 1.11). Qual é a razão por trás dessa postura sistemática? A resposta é que muitos punham em dúvida a legitimidade do seu apostolado. A principal contestação é que Paulo não tinha sido testemunha dos fatos que envolveram o ministério terreno de Jesus Cristo, desde o batismo de João até a sua morte e ressureição. Ademais, os seus detratores se apoiavam em várias de suas supostas deficiências, como a oratória medíocre e a "presença fraca e desprezível", por exemplo.

Sobressai aqui uma primeira verdade sobre o chamado de Deus. Não há garantia alguma de aquele que é vocacionado gozará de uma aceitação e reconhecimento plenos. Paulo sofria com isso, assim como outros cristãos na atualidade. O problema é que a coletividade costuma elaborar um estereótipo, o paradigma que servirá para dizer se alguém tem os atributos necessários para assumir certa posição dentro de uma organização. Criaram um modelo de apóstolo na época de Paulo. Também o evangelicalismo moderno tem criado outro de pregador, cantor, pastor, etc., e se alguém não se encaixa no padrão é descartado pelo sistema.

Quais são as "qualidades" que hoje definem alguém como portador do chamado divino? Transigência com o pecado, vida financeiramente próspera, forte marketing pessoal, pregação espetaculosa, boa aparência, excelente oratória, subserviente, bajulador, etc. Não quero generalizar dizendo que é assim em toda igreja, mas arrisco-me em dizer que os requisitos que acabo de listar já são norma em muitas. Como consequência, os não-chamados ocupam posições estratégicas na igreja unicamente porque se adaptaram a um padrão carnal e mundano de virtudes, enquanto que os verdadeiramente chamados são deixados à margem, principalmente por que representam certa ameaça ao "status quo". Foram muitas as dificuldades que Paulo encontrou para ser aceito como apóstolo na igreja primitiva. A mesma situação é enfrentada atualmente por aqueles que tem  algum tipo de vocação.  

Outro fato curioso é sobre a natureza do chamado de Paulo. Ele não foi vocacionado para ser chefe dos apóstolos, embaixador de estado, "pop star" do mercado evangélico ou coisa parecida. As palavras de Cristo que resumem muito bem a finalidade do comissionamento de Paulo são essas: "E eu lhe mostrarei quanto deve padecer pelo meu nome" (Atos 9:15). O apóstolo dos gentios foi chamado para anunciar a mensagem de salvação, mas para tanto teve de receber no próprio corpo as marcas de Cristo, a saber, pedradas, chicotadas e diversos outros danos que lhe afligiam física e psicologicamente.

O chamado de Deus quase sempre é um chamado para o sofrimento. A história da igreja atesta essa verdade, haja vista os milhares de mártires que morreram em nome de Cristo queimados, enforcados, dilacerados por feras ou mutilados em terríveis máquinas de tortura. Além disso podemos ser chamados para desempenhar tarefas que, apesar de serem muito simples, não deixam de ter importância para Deus. Há aqueles que recebem o chamado para cuidar dos doentes, outros para aconselhar os inexperientes. Uns para visitar os presos, outros para consolar os aflitos. Nesse sentido, ser chamado não implica em ser designado para realizar coisas grandiosas diante de Deus e dos homens. O fato é que há milhões de cristãos que foram chamados por Deus para desempenhar algum ministério específico que agora estão no mais completo anonimato, longe dos holofotes da fama, mas que receberão galardões incalculáveis.

Apresentados os aspectos mais importantes do chamado divino, finalizo advertindo que ninguém se iluda quando ouvir essa frase: "Deus tem um chamado em sua vida". Conforme expus acima, esse comissionamento não trás consigo promessas de glórias terrenas, mas apenas de eternas. 

Importante também é que cada um reconheça o chamado de Deus em sua vida, vocação esta que não depende da autenticação humana, e se esforçe em cumprir aquilo que lhe foi determinado pelo Senhor, seja tarefa pequena ou grande, pois o nosso galardão está nos céus.
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