SEGUNDA INVERDADE: O ESTUDO TEOLÓGICO PREJUDICA A ESPIRITUALIDADE
"O qual nos habilitou para sermos ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do espírito; porque a letra mata, mas o espírito vivifica." (2 Cor 3:6)
É costume ouvir alguns pentecostais dizerem que alguns irmãos, que antes eram espirituais, após iniciarem os estudos teológicos transformaram-se em pessoas secas, insensíveis, frias. Apoiam-se em alguns casos específicios e, por generalização, afirmam que a Teologia destrói a espiritualidade. Como base adicional para o seu argumento eles utilizam o versículo acima citado.
Mas, que letra é essa que mata? São as frases dos livros de hermenêutica e homilética, de acordo com que afirmam os anti-intelectuais? Os comentários a seguir revelam a falácia dos que afirmam que "letra" significa intelectualidade.
Novo Comentário da Bíblia - F. Davidson
"Estas palavras contrastam a primeira dispensação com a última. O Judaísmo fora a observância de uma lei, mas o Cristianismo consiste em viver uma vida. Um ministério de preceitos devia ser mortal devido à incapacidade de o homem conformar-se ao que estava escrito ("a letra"); porém a mensagem de salvação traz vida por meio do espiritual ou do vivificante, qualidades que o Espírito Santo outorga ao evangelho. Paulo tem ainda em mente aqui passagens como Jr 31.31-34 e Ez 11.19-20."
Comentário Púlpito
"[Não da letra, mas do Espírito] Em outras palavras, "não da Lei, mas do Evangelho"; não daquela que é morte, mas daquele que é vida; não daquele que mortifica, mas daquele que dá vida; não da escravidão, mas da liberdade; não da mutilaçãok, mas do auto-controle; não do exterior, mas do interior; não das obras, mas da graça; não da ameaça, mas da graça, não da maldição, mas da benção; não da ira, mas do amor; não de Moisés, mas de Crito. Esse é o tema que Paulo desenvolve, especialmente nas epístolas aos Romanos e Gálatas)"
A história da Igreja também refuta completamente essa idéia de que os estudos teológicos prejudicam a espiritualidade. Grandes teóricos cristãos também foram conhecidos por sua piedade e espiritualidade: Paulo, Justino Mártir, Irineu, Orígenes, Agostinho, Lutero, Calvino e outros.
Jonathan Edwards, o pregador do sermão "Pecadores nas mãos de um Deus irado", que foi justamente lembrado no livro "Heróis da Fé", tinha alta formação educacional,tendo conseguido harmonizar de modo admirável a aprendizagem teológica e o fervor espiritual. Até os historiadores seculares reputam-no um dos maiores eruditos da história americana.
TERCEIRA INVERDADE: SOMENTE O ESPÍRITO É QUEM CAPACITA
"Pelo contrário, Deus escolheu as coisas loucas do mundo para envergonhar os sábios e escolheu as coisas fracas do mundo para envergonhar as fortes;e Deus escolheu as coisas humildes do mundo, e as desprezadas, e aquelas que não são, para reduzir a nada as que são; a fim de que ninguém se vanglorie na presença de Deus." (1 Coríntios 1:28,29)
Há quem diga, também, que Deus não precisa das habilidades naturais do homem para usá-lo como seu instrumento. A obra de Deus não depende da capacidade do homem, pois quem capacita é o Espírito Santo. Assim, reduzem o homem a um objeto totalmente passivo cujas ações são controladas total e exclusivamente pelo por Deus. As suas habilidades naturais são menosprezadas, às vezes até como obstáculo à atuação do poder divino. O homem torna-se uma marionete nas mãos de Deus. Dizem que se Deus quiser ele usa até uma mula.
Os fatos bíblicos, mostram, porém, que na concretização do propósito divino, ocorre uma interação entre a graça divina e as capacidades naturais de um determinado indivíduo.
-Moisés nunca teria escrito o pentateuco se não tivesse sido educado no Palácio de Faraó, tendo em vista que o domínio da escrita naquela época remota era um privilégio de poucos.
-A inspiração divina que capacitou escritores como Isaías, Jeremias e outros, não ocorreu de maneira mecânica, mas teve a participação do elemento humanos. Vejamos esse importante trecho escrito por Strong:
"Contudo, foi só em casos especiais que as palavras a serem escritas foram oralmente ditadas pelos escritores da Escritura. Em muitos casos as mentes dos escritores tornaram-se o laboratório em que Deus converteu Seu fôlego, como se fosse, em linguagem humana. Isto não se fez por um processo mecânico: não se suspenderam a personalidade e o temperamento dos escritores, manifestos ambos nos escritos. Daí lemos em Gaussen: "Ao mantermos que toda a escritura vem de Deus, longe estamos de pensar que nela o homem nada é ... Na Escritura todas as palavras são do homem, como lá, também, todas as palavras são de Deus. Num certo sentido, a Epístola aos Romanos é totalmente uma carta de Paulo e, num sentido ainda mais elevado, é totalmente uma carta de Deus" (Theopneustia, um livro altamente endossado por C. H. Spurgeon). E como lemos também em Manly: "A origem e a autoridade divinas da Palavra de Deus não são para se afirmar de modo a excluir ou anular a realidade da autoria humana com as particularidades daí resultantes. A Bíblia é a palavra de Deus ao homem, de capa a capa; ainda assim, é ao mesmo tempo, real e completamente, composição humana. Nenhuma tentativa deverá ser feita ! como certamente não faremos nenhuma ! para alijar ou ignorar o "elemento humano" da Escritura, o qual está iniludívelmente aparente na sua própria face; ninguém deverá desejar engrandecer o divino tanto a ponto de o atropelar, ou quase isso. É este um dos grandes enganos em que incorrem homens bons. Divino e humano, sejam ambos admitidos, reconhecidos e aceitos grata e jubilosamente, contribuindo cada um para fazer a Bíblia mais completamente adaptada às necessidades humanas como instrumento da graça divina e o guia para almas humanas fracas e errantes. A palavra não é do homem, quanto à sua fonte: nem dependendo do homem, quanto à sua autoridade: é por meio do homem e pelo homem como seu médio; todavia, não simplesmente como o canal ao longo da qual corre, qual água por uma bica sem vida, mas pelo homem e através do homem como o agente voluntariamente ativo e inteligente na sua comunicação. Ambos os lados da verdade se expressam na linguagem escriturística: "Os homens santos de Deus falaram segundo foram movidos (levados) pelo Espírito Santo" (2 Pedro 1:21). Os homens falaram; o impulso e a direção foram de Deus" (A Doutrina da Inspiração). "As Escrituras contém um elemento humano bem como um divino, de modo que, enquanto elas constituem um corpo de verdade infalível, esta verdade está ajeitada em moldes humanos e adaptados à comum inteligência humana"
Alguém já parou para perguntar por Jesus escolheu a Paulo como apóstolo? Alguém já se perguntou por que Paulo destacou-se entre todos os apóstolos, tendo sido o que mais trabalhou e escreveu? Não há dúvida de que o Senhor Jesus, ao consagrar Paulo ao apostolado, levou em conta a sua capacidade intelectual, a sua cultura, o seu profundo conhecimento Bíblico. Somente um homem como Paulo teria condições de pregar o Evangelho no ambiente multicultural daquela época. Somente ele teria condições de desbravar o mundo helenístico e apresentar o Evangelho aos gentios. Paulo era um homem sintonizado com a cultura, a economia e a política de seu tempo.
Verdade é que, quanto mais aprimoramos o nosso conhecimento bíblico e secular, mais habilitados estaremos a dar frutos na seara do Senhor. Jesus falou que o Espírito Santo desempenha o importante trabalho de nos fazer lembrar as Suas palavras, mas como lembraremos se não estudarmos? Aqueles que enfatizam demais que é Deus quem capacita, na verdade falam isso para disfarçar a preguiça crônica. Eles não lêem a Bíblia, e quando sobem ao púlpito confiam em uma promessa ensinada por um insensato qualquer: "abra a boca que eu encherei".
Concordo com certo pastor que disse: "Deus usa aquilo que temos e não aquilo que não temos"
Mas, que letra é essa que mata? São as frases dos livros de hermenêutica e homilética, de acordo com que afirmam os anti-intelectuais? Os comentários a seguir revelam a falácia dos que afirmam que "letra" significa intelectualidade.
Novo Comentário da Bíblia - F. Davidson
"Estas palavras contrastam a primeira dispensação com a última. O Judaísmo fora a observância de uma lei, mas o Cristianismo consiste em viver uma vida. Um ministério de preceitos devia ser mortal devido à incapacidade de o homem conformar-se ao que estava escrito ("a letra"); porém a mensagem de salvação traz vida por meio do espiritual ou do vivificante, qualidades que o Espírito Santo outorga ao evangelho. Paulo tem ainda em mente aqui passagens como Jr 31.31-34 e Ez 11.19-20."
Comentário Púlpito
"[Não da letra, mas do Espírito] Em outras palavras, "não da Lei, mas do Evangelho"; não daquela que é morte, mas daquele que é vida; não daquele que mortifica, mas daquele que dá vida; não da escravidão, mas da liberdade; não da mutilaçãok, mas do auto-controle; não do exterior, mas do interior; não das obras, mas da graça; não da ameaça, mas da graça, não da maldição, mas da benção; não da ira, mas do amor; não de Moisés, mas de Crito. Esse é o tema que Paulo desenvolve, especialmente nas epístolas aos Romanos e Gálatas)"
A história da Igreja também refuta completamente essa idéia de que os estudos teológicos prejudicam a espiritualidade. Grandes teóricos cristãos também foram conhecidos por sua piedade e espiritualidade: Paulo, Justino Mártir, Irineu, Orígenes, Agostinho, Lutero, Calvino e outros.
Jonathan Edwards, o pregador do sermão "Pecadores nas mãos de um Deus irado", que foi justamente lembrado no livro "Heróis da Fé", tinha alta formação educacional,tendo conseguido harmonizar de modo admirável a aprendizagem teológica e o fervor espiritual. Até os historiadores seculares reputam-no um dos maiores eruditos da história americana.
TERCEIRA INVERDADE: SOMENTE O ESPÍRITO É QUEM CAPACITA
"Pelo contrário, Deus escolheu as coisas loucas do mundo para envergonhar os sábios e escolheu as coisas fracas do mundo para envergonhar as fortes;e Deus escolheu as coisas humildes do mundo, e as desprezadas, e aquelas que não são, para reduzir a nada as que são; a fim de que ninguém se vanglorie na presença de Deus." (1 Coríntios 1:28,29)
Há quem diga, também, que Deus não precisa das habilidades naturais do homem para usá-lo como seu instrumento. A obra de Deus não depende da capacidade do homem, pois quem capacita é o Espírito Santo. Assim, reduzem o homem a um objeto totalmente passivo cujas ações são controladas total e exclusivamente pelo por Deus. As suas habilidades naturais são menosprezadas, às vezes até como obstáculo à atuação do poder divino. O homem torna-se uma marionete nas mãos de Deus. Dizem que se Deus quiser ele usa até uma mula.
Os fatos bíblicos, mostram, porém, que na concretização do propósito divino, ocorre uma interação entre a graça divina e as capacidades naturais de um determinado indivíduo.
-Moisés nunca teria escrito o pentateuco se não tivesse sido educado no Palácio de Faraó, tendo em vista que o domínio da escrita naquela época remota era um privilégio de poucos.
-A inspiração divina que capacitou escritores como Isaías, Jeremias e outros, não ocorreu de maneira mecânica, mas teve a participação do elemento humanos. Vejamos esse importante trecho escrito por Strong:
"Contudo, foi só em casos especiais que as palavras a serem escritas foram oralmente ditadas pelos escritores da Escritura. Em muitos casos as mentes dos escritores tornaram-se o laboratório em que Deus converteu Seu fôlego, como se fosse, em linguagem humana. Isto não se fez por um processo mecânico: não se suspenderam a personalidade e o temperamento dos escritores, manifestos ambos nos escritos. Daí lemos em Gaussen: "Ao mantermos que toda a escritura vem de Deus, longe estamos de pensar que nela o homem nada é ... Na Escritura todas as palavras são do homem, como lá, também, todas as palavras são de Deus. Num certo sentido, a Epístola aos Romanos é totalmente uma carta de Paulo e, num sentido ainda mais elevado, é totalmente uma carta de Deus" (Theopneustia, um livro altamente endossado por C. H. Spurgeon). E como lemos também em Manly: "A origem e a autoridade divinas da Palavra de Deus não são para se afirmar de modo a excluir ou anular a realidade da autoria humana com as particularidades daí resultantes. A Bíblia é a palavra de Deus ao homem, de capa a capa; ainda assim, é ao mesmo tempo, real e completamente, composição humana. Nenhuma tentativa deverá ser feita ! como certamente não faremos nenhuma ! para alijar ou ignorar o "elemento humano" da Escritura, o qual está iniludívelmente aparente na sua própria face; ninguém deverá desejar engrandecer o divino tanto a ponto de o atropelar, ou quase isso. É este um dos grandes enganos em que incorrem homens bons. Divino e humano, sejam ambos admitidos, reconhecidos e aceitos grata e jubilosamente, contribuindo cada um para fazer a Bíblia mais completamente adaptada às necessidades humanas como instrumento da graça divina e o guia para almas humanas fracas e errantes. A palavra não é do homem, quanto à sua fonte: nem dependendo do homem, quanto à sua autoridade: é por meio do homem e pelo homem como seu médio; todavia, não simplesmente como o canal ao longo da qual corre, qual água por uma bica sem vida, mas pelo homem e através do homem como o agente voluntariamente ativo e inteligente na sua comunicação. Ambos os lados da verdade se expressam na linguagem escriturística: "Os homens santos de Deus falaram segundo foram movidos (levados) pelo Espírito Santo" (2 Pedro 1:21). Os homens falaram; o impulso e a direção foram de Deus" (A Doutrina da Inspiração). "As Escrituras contém um elemento humano bem como um divino, de modo que, enquanto elas constituem um corpo de verdade infalível, esta verdade está ajeitada em moldes humanos e adaptados à comum inteligência humana"
Alguém já parou para perguntar por Jesus escolheu a Paulo como apóstolo? Alguém já se perguntou por que Paulo destacou-se entre todos os apóstolos, tendo sido o que mais trabalhou e escreveu? Não há dúvida de que o Senhor Jesus, ao consagrar Paulo ao apostolado, levou em conta a sua capacidade intelectual, a sua cultura, o seu profundo conhecimento Bíblico. Somente um homem como Paulo teria condições de pregar o Evangelho no ambiente multicultural daquela época. Somente ele teria condições de desbravar o mundo helenístico e apresentar o Evangelho aos gentios. Paulo era um homem sintonizado com a cultura, a economia e a política de seu tempo.
Verdade é que, quanto mais aprimoramos o nosso conhecimento bíblico e secular, mais habilitados estaremos a dar frutos na seara do Senhor. Jesus falou que o Espírito Santo desempenha o importante trabalho de nos fazer lembrar as Suas palavras, mas como lembraremos se não estudarmos? Aqueles que enfatizam demais que é Deus quem capacita, na verdade falam isso para disfarçar a preguiça crônica. Eles não lêem a Bíblia, e quando sobem ao púlpito confiam em uma promessa ensinada por um insensato qualquer: "abra a boca que eu encherei".
Concordo com certo pastor que disse: "Deus usa aquilo que temos e não aquilo que não temos"
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