Por Cristiano Santana
Realmente estamos vivendo em um tempo no qual a maioria das pessoas, ao invés de se dedicar a reflexões sobre as questões últimas da existência, cada vez mais concentra a atenção em futilidades que não acrescentam nada ao patrimônio intelectual, moral ou espiritual do indivíduo.
A cultura pós-moderna pluralista e individualista, com o seu relativismo moral, trás como consequência uma vida caracterizada pela perda do significado da existência, esfacelada numa série de atividades absolutamente superficiais que não têm a condição de preencher um vazio que só pode ser preenchido por Deus.
O fenômeno memético "menos Luíza que está no Canadá" ilustra muito bem o que acabou de ser dito. Meme é uma transmissão de informação de uma mente para a outra; é a linguagem comportando-se como um vírus. Pode ser uma idéia, língua, som, desenho, valor estético, ou qualquer outra coisa que possa ser aprendida facilmente e transmitida de uma pessoa para outra. Por causa disso, o meme acaba sendo um replicador de comportamento. No caso presente da Luíza, replica um comportamento idiota.
De repente, uma pessoa vira celebridade porque uma frase tornou-se febre na internet. Alguém pode até dizer que estou sendo muito rigoroso, afinal de contas, brincadeiras como a de Luíza promovem momentos de descontração no nosso dia a dia.
As pessoas não parecem enxergar as reais implicações de tal comportamento. Em primeiro lugar, as pessoas replicam uma informação de maneira completamente automática sem refletir sobre o motivo ou sentido da ação. São como robôs desprovidos de autonomia, ou semelhantes a macaquinhos de imitação; Em segundo lugar, revela-se um desprezo total pelo tratamento de questões muito mais relevantes para a sociedade. Nunca vão criar um bordão que diz "Menos os mendigos que estão abandonados na rua", ou "Todos são presos, menos os ricos que podem pagar poderosos advogados". São temas que não interessam ao povão ignorante. Em terceiro lugar, revela uma extrema pobreza intelectual ou cultural. Qual mente autônoma e esclarecida estará interessada em saber que "Luíza está no Canadá"?
O bordão "menos Luíza que está no Canadá" levanta uma série de perguntas que eu simplesmente não consigo responder. O que significa? Qual sua aplicação para a vida? Em que contexto essa frase pode ser usada? Por que é engraçada? A minha falta de respostas quanto a estas perguntas revela um absoluto vazio, uma completa falta de propósito. Mas é assim que a vida ficou para a maioria das pessoas: vazia e sem propósito. Todos procuram algum tema ou assunto capaz de disfarçar as ansiedades e perplexidades que assolam o coração do homem moderno.
Em face do que foi dito, temos de dar razão ao jornalista Carlos Nascimento: "Ou os problemas brasileiros estão todos resolvidos ou nós nos tornamos perfeitos idiotas".
A cultura pós-moderna pluralista e individualista, com o seu relativismo moral, trás como consequência uma vida caracterizada pela perda do significado da existência,
Seu blog é uma bênção, li algumas coisas, e dou graças pela Graça derramada sobre si, que a cada dia continue a ser esta bênção.Aquilo que escreve seja como pão para o faminto, e água para o cansado.E que cada irmão ao ler suas mensagens seja edificado, exortado no amor derramado no seu coração, a sua alegria, paz e graça, cresçam de maneira a transbordar seu cálice, e atingir os corações.Aproveito a fazer-lhe um convite: Gostaria que fizesse parte dos meus amigos virtuais em meu blog A Verdade Que Liberta. Deixo as minhas cordiais saudações em Cristo Jesus.
Realmente é triste ver um país com tantos problemas sérios a resolver, perdendo tempo com assuntos idiotas como esse. O problema é cultural, ou melhor, a falta de cultura é que leva esse tipo de assunto, músicas sem pé nem cabeça e 'BBB' tomarem o espaço que tomam na mídia e boca do povo. Muito bom seu texto.
isso que é pais idiota o brasil,
A internet é uma ferramenta fantastica, pena que é muito mal usada, "vomitando" pro país inteiro uma idiotice dessas...
nossa sábias palavras,muito bom o texto