"Perdemos a cultura" e continuamos perdendo nossos filhos. A história trágica e repetitiva é que os jovens crentes, criados em lares cristãos, vão para a faculdade e abandonam a fé. Por que este padrão é tão comum? Em grande parte, porque eles não foram ensinados a desenvolver uma cosmovisão bíblica. Em vez disso, o cristianismo é restrito a uma área especializada de crença religiosa e devoção pessoal.
Recentemente li um exemplo notável. Em certa escola secundária cristã americana, um professor de teologia colocou-se à frente da sala de aula e, de um lado do quadro-negro, desenhou um coração e, do outro, um cérebro. Os dois desenhos ocupavam partes iguais do quadro. Virando-se para a classe, disse: O coração é o que usamos para a religião, ao passo que fazemos uso do cérebro para a ciência.
Uma história apócrifa? Uma caricatura de anti-intelectualismo cristão? Não, a história foi narrada por uma jovem que naquele dia estava na sala.
Pior, entre uns duzentos alunos, e ela foi a única que contestou. Pelo visto, os demais não acharam nada incomum restringir a religião ao domínio do "coração".
Na função de pais, pastores, professores e líderes cristãos de grupo de mocidade, vemos constantemente os jovens humilhados pela contracorrente de tendências culturais poderosas. Se tudo que lhes dermos for uma religião do "coração", não serão bastante fortes para se oporem à isca de idéias atraentes e perigosas. Os jovens crentes também precisam de uma religião do "cérebro" — educação em cosmovisão e apologética — para equipá-los na análise e crítica de cosmovisões concorrentes que eles encontrarão no mundo afora. Se estiverem prevenidos e armados, os jovens pelo menos terão a chance de lutar quando forem a minoria entre os companheiros de classe ou colegas de trabalho. Educar os jovens a desenvolver uma mente cristã já não é opção; é parte indispensável do equipamento de sobrevivência.
Fonte: Verdade Absoluta. Nancy Pearcey. Editora CPAD
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