Por Cristiano Santana
Sempre que se pergunta como um cristão genuíno pode ser reconhecido, logo surgem aquelas tradicionais respostas que se tornaram tão comuns nos círculos bíblico-teológicos: um cristão pode ser reconhecido por seus frutos (obras), pelo amor que tem ao próximo, etc. Mas existe uma qualidade que, apesar de não ser suficientemente destacada, é igualmente marcante na vida de qualquer piedoso. Quero falar do sentimento de absoluta dependência em relação a Deus.
Seja rico ou pobre, culto ou ignorante, anônimo ou famoso, o verdadeiro cristão vive sempre com a impressão de que Deus o sustenta em cada segundo de sua existência. Sente que cada momento da sua vida é um milagre. Põe a mão em seu coração e se maravilha pelo fato desse frágil órgão bater sem cessar, estando dormindo ou acordado. Ao se conscientizar de que as funções vitais de seu organismo mantêm-se ativas, em um nível totalmente automatizado e de uma maneira incompreensível à sabedoria humana, prostra-se na presença do Todo-Poderoso e o agradece pelo dom da vida, ao mesmo tempo em que se reconhece como criatura frágil e totalmente dependente do fôlego divino.
Ser dependente de Deus é desconhecer qualquer sentimento de autodependência, é ausência de fé na autonomia absoluta. O cristão vive como se estivesse perambulando no deserto do mundo e o Senhor fosse a nuvem que lhe fornece sombra de dia, a chama que o aquece à noite, o guia que lhe indica o caminho do oásis. A vida para ele é como um mar tempestuoso, que só não o traga por causa da Misericórdia Eterna, que o guarda das rochas traiçoeiras e que o guia como bússola num céu sem estrelas. O ser dependente convida a Deus para ser o co-autor da história da sua vida, garantindo, assim, que cada evento da sua existência seja escrito de maneira certa, não em linhas tortas, mas em linhas retas.
O melhor plano de saúde, sucesso financeiro, fama, poder, nada é capaz de eclipsar esse sentimento de anseio por Deus, o ser necessário que une em si a essência e a existência, a fonte de toda a vida, o único bem verdadeiro.
Se alguém se declara cristão, mas não se sente absolutamente dependente de Deus, engana a si mesmo; ainda não viu a Vida.
Quanto a mim, dependo desesperadamente de Deus, só Dele.
Eu sou pobre e necessitado, porém o Senhor cuida de mim. Salmos 40:17
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