Por Cristiano Santana
Sabemos que muitos cristãos sinceros e devotos estão sofrendo muito, neste exato momento. Sabemos, também, que muitos deles, ao vivenciarem tal experiência, começam a perguntar-se porque Deus permite que sofram tanto, a ponto de se desesperarem da vida. A angústia do cristão intensifica-se ainda mais quando se depara com doutrinas pseudocristãs que exaltam o bem-estar material, que satanizam qualquer estado de provação ou de privação, como se aqueles que sofrem estivessem banidos da aliança salvífica com Deus.
Mas, o que dizem as Sagradas Escrituras a esse respeito?
É muito consolador saber que o sofrimento é apresentado na Bíblia como um elemento por vezes necessário à existência do cristão. Vejamos o texto abaixo:
E já vos esquecestes da exortação que vos admoesta como a filhos: Filho meu, não desprezes a correção do Senhor, nem te desanimes quando por ele és repreendido;pois o Senhor corrige ao que ama, e açoita a todo o que recebe por filho.É para disciplina que sofreis; Deus vos trata como a filhos; pois qual é o filho a quem o pai não corrija?Mas, se estais sem disciplina, da qual todos se têm tornado participantes, sois então bastardos, e não filhos.Além disto, tivemos nossos pais segundo a carne, para nos corrigirem, e os olhávamos com respeito; não nos sujeitaremos muito mais ao Pai dos espíritos, e viveremos?Pois aqueles por pouco tempo nos corrigiam como bem lhes parecia, mas este, para nosso proveito, para sermos participantes da sua santidade.Na verdade, nenhuma correção parece no momento ser motivo de gozo, porém de tristeza; mas depois produz um fruto pacífico de justiça nos que por ele têm sido exercitados. (Hebreus 12:5-11)
A epístola aos Hebreus foi endereçada provavelmente aos cristãos judeus da Diáspora (a dispersão dos judeus fora da palestina). Eles tinham enfrentado perseguição anterior (Hebreus 10:32-34) e estavam enfrentando perseguição naquele momento, o que incluía sua expulsão de instituições judaicas (13:12-13). Estavam em perigo de apostasia, talvez temendo a morte (2:14-18). Sujeitos ao sofrimento e vergonha por sua confissão de Jesus, despojados das instituições familiares e visíveis da religião judaica organizada e confusos pelo caráter invisível da glória de Jesus, os leitores sentiam-se tentados a se desviarem da fé (10:38-39)
Depois de demonstrar a superioridade da Nova Aliança em Cristo, em comparação com o antigo concerto da Lei, o autor fala na parte final de sua obra, sobre o valor do sofrimento. Para isso ele utiliza dois argumentos principais:
1) O sofrimento, em dadas circunstâncias, constitui prova de nossa filiação divina.
Fazendo referência a Provérbios 3:11, o autor esclarece que não devemos desprezar a correção do Senhor, nem nos desanimar quando por ele somos repreendidos. Isso significa que Deus às vezes utiliza a instrumentalidade do sofrimento para conduzir o crente de volta ao caminho da justiça e santidade. É como um pai que disciplina o filho. Se Deus não agisse assim com os seus filhos, eles seriam como filhos bastardos. Se você é filho de Deus, saiba que Ele não abrirá mão da possibilidade de aplicar a disciplina sobre a sua vida, caso perceba que você está abandonando o caminho da graça. Os que não são filhos Deus os abandona ao curso de seus próprios desejos.
2) O sofrimento produz o aperfeiçoamento espiritual do cristão.
É impossível existir um cristão maduro que não tenha passado por inúmeros sofrimentos. É através do fogo que o metal é purificado. Ciente dessa verdade, o escritor nos diz que, através do sofrimento nos tornamos participantes da santidade de Deus, que o sofrimento produz em nós um fruto pacífico de justiça nos que por ele têm sido exercitados.
Digno de nota é o fato da palavra "disciplina" ter sido traduzida da palavra "paidéia", um termo muito conhecido pelos cristãos helênicos daquela época. Inicialmente, a palavra paidéia (de paidos - criança) significava simplesmente "criação de meninos". Mas, como veremos, este significado inicial da palavra está muito longe do elevado sentido que mais tarde adquiriu. O termo também significa a própria cultura construída a partir da educação.Era o ideal que os gregos cultivavam do mundo, para si e para sua juventude. Uma vez que o governo próprio era muito valorizado pelos gregos, a Paidéia combinava ethos (hábitos) que o fizessem ser digno e bom tanto como governado quanto como governante. O objetivo não era ensinar ofícios, mas sim treinar a liberdade e nobreza. Paidéia também pode ser encarada como o legado deixado de uma geração para outra na sociedade. Um pedagogo - um escravo, na época - conduzia o jovem, com sua lanterna, até aos centros ou assembléias, onde ocorriam as discussões que envolviam pensamentos críticos, criativos, resgates de cultura, valorização da experiência dos anciãos etc.
Dessa forma, devemos encarar a correção de Deus do ponto de vista de uma educação, de um ensinamento; não como castigo, como se o Senhor fosse um carrasco. Somente aqueles que passaram pela escola do sofrimento experimentaram um aperfeiçoamento espiritual verdadeiro. Os que a evitam, infelizmente continuarão neófitos na fé, cegos num universo de auto-ilusão. Segundo o apóstolo Paulo, o sofrimento representa o primeiro elemento de uma cadeia de experiências que nos levam até o tesouro do amor de Deus.
"E não somente isso, mas também gloriemo-nos nas tribulações; sabendo que a tribulação produz a perseverança,e a perseverança a experiência, e a experiência a esperança;e a esperança não desaponta, porquanto o amor de Deus está derramado em nossos" (Romanos 5:3-4)
Conclusão: Tem uma citação de um autor anônimo que gosto muito. "As pessoas mais bonitas que conhecemos são aquelas que conheceram a derrota, o sofrimento, a luta, a perda; e de ter encontrado seu caminho em direção à luz, longe das coisas ruins. Essas pessoas têm uma paz, uma sensibilidade e uma compreensão da vida que nos enche de compaixão, gentileza e um profundo cuidado amoroso. Pessoas bonitas não acontecem apenas, de repente. Elas se constroem dia após dia". Agradeço a Deus pelas provações que passei até hoje, em meus quase 20 anos de vida cristã. Todas elas contribuiram incrivelmente para o meu amadurecimento espiritual. Erros que cometi no passado, não os cometo mais. A minha forma de ver o mundo e as pessoas também mudou profundamente. Como consegui esse aperfeiçoamento? Através do sofrimento.
Não estamos aqui exaltando o sofrimento como se tivéssemos de sofrer todos os dias, por toda a nossa vida. O cristão não é sadomasoquista. Queremos apenas dizer que, em dados momentos de nossas vidas, devemos estar preparados para receber algumas lições de Deus; lições que poderão ser dolorosas, mas úteis para o nosso aperfeiçoamento espiritual. Uma coisa é certa: os que são filhos de Deus, aproximam-se mais dele durante o sofrimento. Os que são filhos do mundo, revoltam-se contra Deus quando sofrem, pois acham que devem sempre experimentar o paraíso na terra.
belo artigo irei copiar e postar no orkut
Isaías41.10 não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou o teu Deus; eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a minha destra fiel. Assim é nosso Deus, sempre Fiel. Paz
Parabéns, gostei muito de seu blog, o sofrimento é realmente necessário, passei para uma visita e já estou seguindo.
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Em Cristo:
Amarildo.
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QUE O SENHOR JESUS TE ABENÇÕE ABUNDANTEMENTE.
FICA NA PAZ AMADO IRMÃO EM CRISTO.
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Eita que texto lindo da gota, me ajudou muito. Deus abençoe essas palavras!