AUTOR: CRISTIANO SANTANA
Uma das lições mais importantes que aprendi ao estudar sociologia é a de que o homem é um ser gregário, ou seja, ele precisa sentir-se parte integrante de um grupo. Em certo lugar alguém falou:
O HOMEM não vive só, é um ser gregário, que estende a mão ao outro, fita seus olhos no infinito, à procura de algo que lhe está bem próximo - o outro ser.
Esperava-se que, com o advento da era contemporânea, vários fatores cooperariam para o estreitamento das relações entre os homens, mas, infelizmente, essa expectativa foi frustrada, conforme veremos.
Os avanços tecnológicos trouxeram benefícios inimagináveis para a humanidade, alguns dos quais só existiam na imaginação fértil da ficção científica. Em questão de horas é possível atravessar o globo terrestre em um jato veloz. Os satélites possibilitaram a transmissão de informações em tempo real. Operações financeiras podem ser realizadas pela internet sem a necessidade do investidor ou correntista sair de casa. Esse fenômeno acabou sendo conhecido como Globalização.
Tal como o efeito colateral de um remédio, a era tecnológica trouxe conseqüências trágicas para a natureza humana. A correria do dia-a-dia acabou transformando o homem em escravo do tempo. O fascínio pela tecnologia acabou aproximando o homem mais das máquinas do que do seu semelhante: internautas são capazes de rejeitar o convívio familiar para passar horas na Grande Rede relacionando-se com pessoas que nunca viram ou jogando “games” com alto poder alienante.
O grande mal do século, decorrente desse processo de “robotização” do homem, é chamado pelos sociólogos de “isolamento social”. O sujeito se isola das pessoas e cria o seu próprio mundo ou a própria estrutura social existente o isola.
Chegamos ao ponto principal do texto para transmitir uma verdade aterradora: o isolamento social chegou às igrejas.
Teoricamente a igreja seria o lugar onde deveria haver uma maior interação entre os indivíduos, devido aos princípios da fraternidade e do companheirismo, tão essenciais ao Evangelho, mas o que encontramos são pessoas que, apesar de constarem da membresia, estão abandonadas nos bancos, esquecidas. As mesmas entram e saem da igreja por meses a fio sem que alguém se aproxime e pergunte se está tudo bem. Não há quem se preocupe com o estado espiritual dessas pessoas. O pastor, que deveria ser o primeiro a procurá-las, preocupa-se apenas com as cifras financeiras e em lotar ainda mais a sua igreja. Infelizmente, em muitas igrejas, o cristão passou a ser apenas um número, e nada mais. Se morrer, talvez nunca saibam disso.
Se for feito um levantamento de todos os templos evangélicos existentes no país o resultado será uma lista extensa de maravilhas arquitetônicas, de igrejas monumentais, notórias pelas suas dimensões, capazes de acomodar milhares de pessoas confortavelmente. Os templos realmente são lindos, mas como estão os “templos do Espírito Santo”, os filhos de Deus que freqüentam essas igrejas? É incrível constatar a terrível solidão que algumas pessoas sentem dentro dessas igrejas, apesar de estarem no meio da multidão.
Os líderes evangélicos deveriam esquecer um pouco de investir em construções para investir em pessoas, em seres humanos. O que um ser humano deseja, ao entrar em uma igreja, não é admirar as suas estruturas arquitetônicas, mas sim ser acolhido, sentir-se importante, ter prazer em fazer parte de um grupo que quer o seu bem.
É chegado o momento de rejeitarmos a igreja-empresa ou igreja-clube e ressuscitarmos a igreja-família. Os cristãos precisam deixar o egoísmo de lado e passar a valorizar mais o próximo. Precisamos criar soluções internas que nos permitam acompanhar e dar o suporte espiritual necessário a cada um dos membros de nossas igrejas. Que Deus nos dê condições para isso.
Os avanços tecnológicos trouxeram benefícios inimagináveis para a humanidade, alguns dos quais só existiam na imaginação fértil da ficção científica. Em questão de horas é possível atravessar o globo terrestre em um jato veloz. Os satélites possibilitaram a transmissão de informações em tempo real. Operações financeiras podem ser realizadas pela internet sem a necessidade do investidor ou correntista sair de casa. Esse fenômeno acabou sendo conhecido como Globalização.
Tal como o efeito colateral de um remédio, a era tecnológica trouxe conseqüências trágicas para a natureza humana. A correria do dia-a-dia acabou transformando o homem em escravo do tempo. O fascínio pela tecnologia acabou aproximando o homem mais das máquinas do que do seu semelhante: internautas são capazes de rejeitar o convívio familiar para passar horas na Grande Rede relacionando-se com pessoas que nunca viram ou jogando “games” com alto poder alienante.
O grande mal do século, decorrente desse processo de “robotização” do homem, é chamado pelos sociólogos de “isolamento social”. O sujeito se isola das pessoas e cria o seu próprio mundo ou a própria estrutura social existente o isola.
Chegamos ao ponto principal do texto para transmitir uma verdade aterradora: o isolamento social chegou às igrejas.
Teoricamente a igreja seria o lugar onde deveria haver uma maior interação entre os indivíduos, devido aos princípios da fraternidade e do companheirismo, tão essenciais ao Evangelho, mas o que encontramos são pessoas que, apesar de constarem da membresia, estão abandonadas nos bancos, esquecidas. As mesmas entram e saem da igreja por meses a fio sem que alguém se aproxime e pergunte se está tudo bem. Não há quem se preocupe com o estado espiritual dessas pessoas. O pastor, que deveria ser o primeiro a procurá-las, preocupa-se apenas com as cifras financeiras e em lotar ainda mais a sua igreja. Infelizmente, em muitas igrejas, o cristão passou a ser apenas um número, e nada mais. Se morrer, talvez nunca saibam disso.
Se for feito um levantamento de todos os templos evangélicos existentes no país o resultado será uma lista extensa de maravilhas arquitetônicas, de igrejas monumentais, notórias pelas suas dimensões, capazes de acomodar milhares de pessoas confortavelmente. Os templos realmente são lindos, mas como estão os “templos do Espírito Santo”, os filhos de Deus que freqüentam essas igrejas? É incrível constatar a terrível solidão que algumas pessoas sentem dentro dessas igrejas, apesar de estarem no meio da multidão.
Os líderes evangélicos deveriam esquecer um pouco de investir em construções para investir em pessoas, em seres humanos. O que um ser humano deseja, ao entrar em uma igreja, não é admirar as suas estruturas arquitetônicas, mas sim ser acolhido, sentir-se importante, ter prazer em fazer parte de um grupo que quer o seu bem.
É chegado o momento de rejeitarmos a igreja-empresa ou igreja-clube e ressuscitarmos a igreja-família. Os cristãos precisam deixar o egoísmo de lado e passar a valorizar mais o próximo. Precisamos criar soluções internas que nos permitam acompanhar e dar o suporte espiritual necessário a cada um dos membros de nossas igrejas. Que Deus nos dê condições para isso.
Excelente post, querido Cristiano. Faço das suas, minhas palavras, totalmente. Mais Amor e comunhão, menos Religião!!