AUTOR: CRISTIANO SANTANA
Há algum tempo atrás eu queria ser como Sócrates, cuja sabedoria foi exaltada pelo oráculo de Delfos. Aos ler os os diálogos de Platão eu me deliciava ao ver Sócrates destruíndo, através da dialética, as convicções de supostos homens sábios de sua época. Mas fiquei desapontado porque Sócrates destruía os sofismas mas não propunha uma solução para a questão discutida.
Depois disso, eu queria ser como o sábio Platão, o autor dos diálogos. A sua filosofia das idéias como arquétipos das coisas terrenas arrebataram meu espírito em direção às realidades supramundanas. A leitura da República, porém, me fez desgostar um pouco de Platão, isto porque a sociedade utópica, idealizada por ele nessa obra, previa que todas as mulheres seriam de todos os homens e vice-versa e que as crianças, criadas e educadas pelo estado, nunca conheceriam seus pais.
Logo em seguida, apaixonei-me por Aristóteles, devido a sua sistematização do conhecimento, abrangendo política, física, metafísica, biologia, ética, etc. Aristóteles, porém, parecia frio demais, metódico demais em seus escritos; tão desprovido de dinamismo espiritual quanto o seu Motor Imóvel.
Depois disso quis ser igual a vários outros sábios da história da Igreja, da Filosofia e da Ciência, entre eles:
-Agostinho, por obras maravilhosas como "O Livre-Arbítrio", "Confissões" e a "Cidade de Deus". Ele foi um grande continuador do platonismo.
-Tomás de Aquino pela portentosa obra "Suma Teológica".
-Kant porque nos revelou o papel ativo do entendimento na construção da realidade através das categorias, conforme a Crítica da Razão Pura. A "sacada" do imperativo categórico também foi genial, como lemos na Crítica da Razão Prática.
-Hegel, o último grande sistematizador, pela profundidade quase enigmática da "Fenomenologia do Espírito", que nos mostra o Absoluto desenvolvendo-se através da História, através das diversas figuras; a autoconsciência que deixa de ser o "em-si" e torna-se o "para-si".
Depois de ter peregrinado por vários filófosos, pensadores e cientistas e de ter desejado ser igual a cada um deles, devido a sabedoria que possuíam, verifiquei que depois de milênios de controvérsias os problemas fundamentais da realidade continuam irrespondidos pela razão humana: a natureza última da matéria, a descrição precisa de como surgiu a vida, o mistério da consciência, a origem do universo, etc.
Depois li um pouco sobre Kierkegaard que disse que a existência é irredutível à lógica, por que as leis da existência são diferentes das leis do pensamento.
A minha mente, influênciada pela lei da associação de idéias, pulou das palavras de Kierkegaard diretamente para as palavras do Apóstolo Paulo em 1 Coríntios
"Certamente, a palavra da cruz é loucura para os que se perdem, mas para nós, que somos salvos, poder de Deus.”
"Pois está escrito: Destruirei a sabedoria dos sábios e aniquilarei a inteligência dos instruídos."
"Onde está o sábio? Onde, o escriba? Onde, o inquiridor deste século? Porventura, não tornou Deus louca a sabedoria do mundo?"
"Porque a loucura de Deus é mais sábia do que os homens; e a fraqueza de Deus é mais forte do que os homens."
Agora eu quero ser igual a outro homem. Quero ser igual ao meu pastor. Ele articula com dificuldade os tempos, modos e pessoas de alguns verbos e tem um vocabulário limitado. Provavelmente só concluiu o nível fundamental. Seus conhecimentos gerais não são vastos, mas ele têm qualidades especiais.
No último aniversário de meu pastor todos os seus 06 filhos estavam na igreja para prestigiá-lo. Todos eles foram criados sob o ensinamento das Sagradas Escrituras e continuam servindo fielmente ao Senhor Jesus Cristo. Os filhos de meu pastor o reverenciaram naquele culto como se reverencia o patriarca Abraão.
O meu pastor sai aos domingos à tarde para visitar os crentes afastados, assim como Jesus foi à procura das ovelhas perdidas da casa de Israel
Fico observando também, a forma como ele exorta a Igreja. É possível perceber, em suas ternas palavras, a preocupação genuína com o bem estar espiritual do rebanho.
Meu pastor, antes de sair para evangelizar conosco nas ruas, ajoelha-se em um canto da Igreja e ora ao Senhor. Quando retornamos ele faz a mesma coisa. Ele também preside a Santa Ceia do Senhor com a máxima reverência. Ele considera fatal qualquer descuido durante os procedimentos do partir do pão e da distribuição do vinho, como se o próprio Senhor fosse fulminar a algum sacrílego.
Antes de começar o culto meu pastor convida toda a igreja para ajoelhar e orar ao Senhor.
Meu pastor é casado há meio século, e é incrível perceber o carinho e amor existente entre ele e a sua esposa.
Tenho certeza de que, assim como Deus era com Jó, Deus é com o meu pastor. O que me supreendeu também é o fato de o número de membros ter crescido bastante desde a chegada.
De fato eu queria ser igual a ele. Se fosse possível eu trocaria minha "sabedoria" pela reputação, santidade e piedade que ele conquistou como homem de Deus desde antes de eu nascer.
Isso me faz lembrar das palavras de Paulo: "A ciência incha, mas o amor edifica"
Agora eu quero ser igual a outro homem. Quero ser igual ao meu pastor. Ele articula com dificuldade os tempos, modos e pessoas de alguns verbos e tem um vocabulário limitado. Provavelmente só concluiu o nível fundamental. Seus conhecimentos gerais não são vastos, mas ele têm qualidades especiais.
No último aniversário de meu pastor todos os seus 06 filhos estavam na igreja para prestigiá-lo. Todos eles foram criados sob o ensinamento das Sagradas Escrituras e continuam servindo fielmente ao Senhor Jesus Cristo. Os filhos de meu pastor o reverenciaram naquele culto como se reverencia o patriarca Abraão.
O meu pastor sai aos domingos à tarde para visitar os crentes afastados, assim como Jesus foi à procura das ovelhas perdidas da casa de Israel
Fico observando também, a forma como ele exorta a Igreja. É possível perceber, em suas ternas palavras, a preocupação genuína com o bem estar espiritual do rebanho.
Meu pastor, antes de sair para evangelizar conosco nas ruas, ajoelha-se em um canto da Igreja e ora ao Senhor. Quando retornamos ele faz a mesma coisa. Ele também preside a Santa Ceia do Senhor com a máxima reverência. Ele considera fatal qualquer descuido durante os procedimentos do partir do pão e da distribuição do vinho, como se o próprio Senhor fosse fulminar a algum sacrílego.
Antes de começar o culto meu pastor convida toda a igreja para ajoelhar e orar ao Senhor.
Meu pastor é casado há meio século, e é incrível perceber o carinho e amor existente entre ele e a sua esposa.
Tenho certeza de que, assim como Deus era com Jó, Deus é com o meu pastor. O que me supreendeu também é o fato de o número de membros ter crescido bastante desde a chegada.
De fato eu queria ser igual a ele. Se fosse possível eu trocaria minha "sabedoria" pela reputação, santidade e piedade que ele conquistou como homem de Deus desde antes de eu nascer.
Isso me faz lembrar das palavras de Paulo: "A ciência incha, mas o amor edifica"
Acho que vocês me entenderiam melhor eu colosse um título diferente mas equivalente para o tópico como esse:
Eu queria ter virtudes espirituais semelhantes a deste homem
Neste caso, não há nada errado nisso. Paulo mesmo falou: "Sede meus imitadores, assim como sou de Cristo".
Não se trata, portanto, de ser exatamente igual a alguém. Isso é impossível. Mas há virtudes que outros homens possuem, as quais nos é lícito desejar também.
O próprio fato de serem criadas comunidades com nomes de ícones evangélicos brasileiros, tais como Caio Fábio, Ricardo Gondim e outros, já traduz, implícitamente, esse nosso desejo de, se não for possuir, pelo menos apoiar a posse das virtudes que esses homens possuem.
Mas eu escolhi o título desse tópico justamente para chamar a atenção de vocês (risos)
Postar um comentário