Fundo histórico do misticismo
A palavra misticismo é derivada da palavra grega mustikos, que significa alguém iniciado nos mistérios. Posteriormente, foi usada em círculos cristãos como parte da teologia que acredita na comunhão direta da alma com Deus.
No contexto panteísta, geralmente o indivíduo místico é alguém que busca por meio de contemplação e entrega ser absorvido pelo Supremo; na filosofia, refere-se com frequência a alguém que acredita que o conhecimento intuitivo e imediato da realidade última é possível.
Tipos de misticismo.
O misticismo pode ser classificado de várias maneiras. Em temos de cosmovisão, teísta e não-teísta. Há também formas de misticismo na maioria das religiões mundiais. Algumas, tais como o Zen-budismo, são místicas em si. O objetivo aqui é se o misticismo tem algum valor apologético. Isto é, a experiência mística ajuda a estabelecer a verdade do sistema de crença da pessoa que a vive?
A natureza da experiência mística.
Experiências religiosas são notoriamente difíceis de definir. Friedrich Schleiermacher disse que a religião é o sentimento de dependência absoluta do Todo. Paul Tillich definiu religião com o compromisso absoluto. Nossa análise concluir que é a percepção de alguma forma de outro transcendente.
Uma experiência religiosa particular. Experiências religiosas são de dois tipos básicos: gerais e específicas. A primeira está disponível a todas as pessoas, e a segunda, apenas para algumas pessoas. A primeira é pública e a segunda é particular. Experiências místicas são particulares por natureza. Isso não significa que os outros não possam ter experiências semelhantes. Só significa que a experiência é singular para quem a teve. E o público não tem tais experiências a qualquer hora.
Uma experiência religiosa focalizada.
Algumas formas de percepção são gerais e outras, específicas. Por exemplo, a percepção de estar casado é uma experiência geral que a pessoa tem o tempo todo. Mas a percepção de se casar é um experiência especial que a pessoa só tem durante a cerimônia. A experiência mística é mais que isso. É a percepção focalizada e intensificada do Supremo, ao passo que a experiência religiosa geral é como a percepção contínua e geral de Schleiermacher de ser dependente do Supremo.
Uma experiência intuitiva
Experiências místicas de Deus não são cognitivas. Não são mediadas por conceitos ou idéias. Pelo contrário, são imediatas e intuitivas. São contatos diretos com Deus. Como tal, não são discursivas. Não envolvem processos de raciocínio.
Uma experiência inefável.
Apesar de muitos místicos tentarem descrever sua experiência, a maioria logo diz que palavaras são inadequadas para expressá-la. Muitos admitem que só podem dizer o que ela não é. Todas as tentativas positivas são puramente metafóricas, alegóricas ou simbólicas. Ela pode ser vivida, mas não descrita.
O valor apologético das experiências místicas
O misticismo tem valor. Como William James observou, indica um estado além do puramente empírico e racional. Na realidade, formas cristãs de misticismo, tais como a de Meister Eckhart, foram aceitas por muitos cristãos ortodoxos.
No entanto, nossa preocupação aqui é com a reinvidicação dos místicos quanto à veracidade inerente de suas experiências místicas. Eles insistem em que elas são tão básicas quanto percepções sensoriais, sendo um tipo de percepção espiritual. Outros desafiam essa argumentação e oferecem várias razões para rejeitar qualquer valor que tenham tais experiências.
Experiências místicas não autenticam a si mesmas.
Embora não seja necessário negar que há estados mentais transcognitivos, geralmente os místicos afirmam que tais experiências autenticam a si próprias. Isso parece ser uma confusão de duas coisas. As experiências podem ser autenticadoras para a pessoa que a tem, mas não autenticam a si mesmas. Só autentica a si mesmo, como nos primeiros princípios auto-evidentes, o que pode sr conhecido pela investigação dos termos da proposição. Por exemplo: "Todos os triângulos são figuras de três lados" é auto-evidente porque o predicado diz exatamente o que o sujeito diz. Mas não há tal semelhança numa experiência mística com Deus.
A experiência mística não é objetiva.
Os próprios místicos admitem que as experiências que têm não são públicas, mas particulares. Então, são subjetivas, e não objetivas. Experiências subjetivas, no entanto, têm validade apenas para o sujeito que as vive. Como William James mencionou em sua obra clássica Variedades de Experiência Religiosa, experiências místicas não têm autoridade sobre as pessoas que não as vivem.
Experiências místicas não são verificáveis
Já que experiências místicas nâo têm uma base objetiva, também não podem ser testadas. Sendo subjetivas por natureza, não há teste objetivo para elas. Logo, estão totalmente relacionadas aos indivíduos que as têm. Por isso, não há maneira de aplicar validamente a outros o que o sujeito experimenta.
Experiências místicas se anulam
Quando uma experiência mística é usada para apoiar a reinvidicação da verdade do sistema de crença de quem a vive, isso não tem valor pela simples razão de que pessoas com sistemas de crença diferentes têm experiências místicas. Mas se o mesmo tipo de evidência é usado para apoiar crenças opostas, ela anula a si mesma. A evidência deve ser singular para uma pessoa em contrate com outras, de modo a validar uma, e não a outra.
Experiências místicas podem ser mal-interpretadas
Não há aqui nenhuma tentativa de negar que algumas pessoas têm experiências místicas. E não negamos que elas possam achar que tais experiências são autênticas. Nem desafiamos o fato de que possa lhes parecer que elas têm explicação.
Apenas argumenta-se que não há evidência disso. Experiências semelhantes de pessoas de cosmovisões diferentes parecem vindicar as próprias cosmovisões ou sistemas religiosos. Todavia, esse fato demonstra que não há autenticação, já que opostos não podem ser verdadeiros. Em resumo, tais experiências não se auto-identificam e, portanto, podem ser erroneamente identificas por aqueles que as têm.
Fonte:
Enciclopédia de Apologética
Norma Geisler
Concordo inteiramente, Irmão Cristiano, infelizmente as mentes já estão cauterizadas a muito tempo. Temo que já chegamos ao ponto similar ao da ICAR, que por mais que algum líder importante do meio tente mostrar a verdade em relação a pratica pagã não conseguira nada. Em nosso meio, alias conseguira sim, ser tachado de sem fé, (por que a fé deles é muita, e num trocadilho, fede mais).
Mas todo esse culto distorcido do verdadeiro evangelho é realizado sob os auspícios de nossos lideres, que nada vêem, nada ouvem e nada falam (contra), alguns ate elogiam.
Em linhas gerais meu comentário pode ser o mesmo postado a outro irmão com um tema parecido e pergunto se não acha que esta se arriscando muito ao colocar todas essas verdades no blog. Não tem medo de ser “escomungado”?
Pois é uma das armas usadas por esses tipos de lideres que mencionei (e não são raros). A outra (arma) se for obreiro ou do ministério é ficar na “geladeira” ou seja nunca mais fala na igreja, se for professor de EBD é “descomissionado”, resumindo quem pensa e fala assim torna-se um “perigo espiritual para essa gente” que so pensa no seu imperiozinho privado e pensam que são reizinhos e que sua vontade e forma de pensar é soberana. Sei disso por experiência própria, e a coisa é feia, meu irmão.
Vou logo adiantar, o irmão sera chamado de “sem amor” para baixo, de oprimido, sem graça, que vai contra tudo que se fala e faz na igreja, etc, etc. Vai ficar como o errado, o causador de intriga, o fofoqueiro. Mas não se sinta infeliz não, Jesus sofreu muito mais, e de forma mais hedionda. Imagine o próprio Filho de Deus, conhecedor de toda verdade absoluta, sendo chamado de mentiroso, endemoniado, caluniador e ainda por cima herege e blasfemador.
Fico pensando muitas vezes se Jesus estivesse fisicamente entre nos o que ele faria em meio a muitas ações de alguns lideres que se acham muito espirituais. Por exemplo, alguém com uma enfermidade terminal como o câncer, sera que Jesus promoveria uma “campanha de jejum” para se obter a cura, ou mais sete se a primeira não surtisse efeito.
O nosso evangeliquez e seus dirigentes nem pensam nessa possibilidade, para eles vale tudo, já que não acreditam mesmo que Jesus esta presente e fazem essas “campanhas” so para crente sem entendimento e conhecimento das escrituras e do poder de Deus.
Vai nessa força, meu irmão, fé em Jesus e Sua Palavra, não se deixe desanimar pelas picaretagens dos picaretas e nem pela falta de ética e caráter dos mesmos.
A maioria dos crentes só quer viver em vitória, se houver alguma dificuldade logo apelam para alguma coisa como campanhas de sete disso, sete daquilo ou sete de outra coisa qualquer, o negocio e sair do aperto de qualquer jeito, da maneira mais fácil ou de preferência alguma mandinga santa, que não seja necessário a leitura da palavra, meditação da mesma na direção do Espírito Santo e oração.
Prezado irmão Gilson
Oremos ao Senhor, para que Ele nos conceda o privilégio de sermos agentes de transformação em nossas igrejas sem a necessidade de sofrermos "excomunhão".
Sei que essa aspiração é considerada um sonho utópico por muitos que acreditam que estamos realmente nos últimos dias, mas a Palavra de Deus diz que "coração do rei está nas mãos do Senhor". Dessa forma o Senhor pode conceder que nossas idéias sejam plenamente recebidas por aqueles que nos lideram.
Entretanto, devemos estar preparados para o contrário, isto é, ser lançado ao ostracismo. O importante é saber que, qualquer que seja o nosso destino, o Senhor Jesus Cristo estará sempre ao nosso lado nos consolando e nos fortalecendo.
Obrigado por sua partipação nesse blog.
Um grande abraço
Cristiano
É bom não esquecermos que grande parte dos crentes do "reteté" são membros das Assembléias de Deus. E que muitas "campanhas de poder", acampamentos de "encontros tremendos" e grupos "sapatinhos de fogo" também. E que pregadores norte-americanos "cheios do poder", com dons do "sopro divino" e paletós derrubadores, são convidados para eventos e congressos. Quando será feita uma tomada de posição a nível nacional(ou mesmo mundial), para dar um basta nesta depravação do Evangelho e da denominação?