AUTOR: CRISTIANO SANTANA
1- Aprenda a ouvir. O ouvido bem treinado vale mais do que uma boca ativa. Os pastores incompetentes raramente escutam, enganam a si mesmos como se soubessem todas as respostas, como se soubessem mais do que os membros.
2- Seja atencioso com aquele que quiser lhe falar e não se afaste dele enquanto não terminar de falar tudo. Afastar-se abruptamente levará o membro a concluir que você não se importa com ele.
3- Sempre que disser um "não" ao obreiro, membro ou líder de departamento, explique claramente o motivo e, se for o caso, explique quais condições devem ser atingidas para que você diga um "SIM".
4- Espante os boatos, substituindo-os por fatos. Corrija, imediatamente, as inverdades. Convoque uma reunião imediata, se for necessário. Não deixe o circo pegar fogo.
5- Não deixe de responder a um membro, caso tenha solicitado um tempo para pensar sobre um pedido que ele fez. Seu silêncio o fará perceber que você não deu a mínima para ele. Não fuja do assunto.
6- Esforçe-se em contar aos membros toda a verdade sobre seus motivos. Não existe nada mais infame do que motivos dissimulados. Quanto a Igreja não sabe onde o seu pastor quer chegar, os membros começam a fazer conjecturas, e com toda a probabilidade, conjecturas errôneas. Sempre sempre direto e claro em suas declarações. Não fique mandando "indiretas” de cima do púlpito.
7- Não exija o cumprimento de tarefas "para ontem". Dê sempre um tempo para que as suas determinações sejam cumpridas.
8- Não seja exagerado ou severo, caso tenha de repreender alguém. Controle-se; conte de um a dez, respire fundo. Ressalte as qualidades do membro, antes de partir para a repreensão propriamente dita. Após repreendê-lo, reforçe que ele é muito importante para Deus e para a igreja; ressalte o seu valor.
9- Delegue, isto é, transfira para outro (delegado) a autoridade e a responsabilidade para a execução de uma tarefa, de responsabilidade final do delegante (você). Tentar centralizar todas as decisões e tarefas em torno de si só demonstra a sua insegurança como líder, além de causar estresse, com risco de infarto.
10- Procure identificar os membros pessimistas que fazem comentários negativos a respeito dos trabalhos e da administração da igreja. Feito isso, faça um reunião com cada um deles e procure explicar o motivo de suas decisões. Mostre, também, porque você acredita no sucesso dos projetos que estão em andamento. Ignorar esses pessimistas costuma ser perigoso. Um pouco de fermento leveda toda a massa.
11- Não queira ser o super-homem. Aceite a responsabilidade por erros cometidos. A maior deficiência que podemos ter é não reconhecermos nossas deficiências.
12- Envolva-se com os departamentos da igreja. Conheça cada componente, cada função. Participe com dicas e acompanhe o progresso de cada um deles. Os membros dos departamentos são intensamente motivados quando percebem que o seu pastor demonstra interesse por suas atividades.
13- Caso ouça boatos sobre membros que estão querendo sair da congregação, aborde cada um deles, e procure saber seus motivos. Talvez eles estejam passando por problemas que você possa resolver.
14- Atribua o mérito a quem merece. Não deixe que uma autoridade eclesiástica elogie você por um trabalho que foi idealizado por um membro da sua igreja. Aponte aquele que realmente merece a honra. Rejeite essa medalha, pois não é sua.
15- Evite ao máximo repreender alguém na frente de toda a igreja; geralmente isso resulta em humilhação, trazendo prejuízos morais para o membro. Faça isso em particular. O resultado é mais positivo.
16- Confronte irmãos mentirosos (infelizmente existem). Examine os acontecimentos e confirme as falsidades faladas. Depois converse particularmente com esse membro, conscientizando sobre os males que a língua ferina pode trazer para a igreja. Diga-lhe que você não vai tolerar esse tipo de conduta.
17- Confronte também aqueles que gostam de apunhalar as pessoas pelas costas ou sabotar esforços alheios (é triste, mas também existem). Se for necessário, retire o seu poder, deixando-o totalmente sem função na igreja, até que aprenda a respeitar o seu irmão. Ser condescendente nessas situações é muito perigoso, pois traz riscos para a unidade da igreja.
18- Trate a todos da mesma forma. Não privilegie ninguém. Não tranforme nenhum membro em "estrela" da igreja. Você perderá muito em credibilidade, caso a igreja perceba que você favorece mais a alguns irmãos do a que outros. Lembre-se: ninguém é superior no corpo de Cristo, nem quem tem o dízimo mais alto. Não deixe existir em sua igreja o “queridinho do pastor”.
19- Inclua em sua agenda a visita a irmãos que deixaram de frequentar a Igreja. Se não puder fazer isso, designe outros irmãos para a tarefa (Que saudade das antigas comissões de visita!)
20- Elogie em público e não em particular. Se quiser reconhecer o trabalho de alguém, faça diante de toda a igreja.
21- Faça reuniões regulares com a igreja em geral, com os departamentos, só com os líderes de departamentos e também com os obreiros.
22- Não domine as discussões durante as reuniões. Não seja o dono da verdade. Deixe os membros falarem e expressarem suas opiniões.
23- Respeite a diversidade de sua igreja. Cada ser humano tem um perfil único, com deficiências e qualidades. Procure descobrir e explorar o potencial de cada membro, seja culto ou analfabeto, rico ou pobre, fraco ou forte, tímido ou audacioso.
24- Não aceite rivalidades na igreja. Se souber que dois membros vivem em pé-de-guerra, mesmo que não seja aberta, procure pacificar a situação. Chame os dois para conversar e peça para que um verbalize a queixa que tem contra o outro e vice-versa. Busque a orientação do Espírito Santo e tente achar uma solução para o conflito. Conscientize-os que progresso da igreja só pode ocorrer se houver harmonia em seu meio.
25- Deixe claro quais são as metas que você estabeleceu para sua igreja. Os membros precisam saber que é a sua visão para o futuro, quais são as metas a serem alcançadas. Estabeleça uma igreja com propósitos.
26- Pratique o que prega. Cobre mas também dê o exemplo.
27- Não se renda aos bajuladores. Geralmente eles cercam o pastor com agrados para conseguirem privilégios, tais como: disciplina menos rígida, cargos, mais oportunidades no culto, etc.
28- Considere anátema toda tentativa de formação de "panelinha" em sua igreja. Esses círculo íntimos, formados por pessoas que compartilham os mesmos lamentos e resmungos, só provocam divisões e criam divergências. A igreja não é a "panelinha de Cristo”. A Igreja é o corpo de Cristo no qual todos participam e são importantes.
29- Se for colocar um obreiro, membro ou departamento na “geladeira” (tenho dúvidas quanto a essa medida) explique o motivo de sua atitude e informe quanto tempo o irmão ou departamento não terá oportunidade no culto ou qual a condição a ser cumprida para que essa suspensão seja cancelada. .
30- Não faça comentários negativos sobre um membro ao conversar com outro membro. Essa prática só induz mais "fofocas" na igreja. Pastor exemplar não é fofoqueiro.
Observações:
O autor desse artigo reconhece que não existe nenhuma “receita de bolo” infalível” para pastorear uma igreja, tendo em vista a profunda complexidade e a intensa dinâmica das relações humanas dentro de uma igreja. Entrentanto, acredita que as dicas acima constituem um importante guia para um pastoreado eficiente.
O autor desse artigo não o escreveu com a presunção de querer demonstrar que é especialista em ética pastoral. Na verdade, o mesmo acredita que o pastor-modelo, mostrado acima é o resultado de uma idealização que habita o coração de todo cristão sincero, que deseja ser tratado por um pastor que realmente ama e cuida das ovelhas.
A paz do Senhor Cristiano;
Pela primeira vez que visito seu blog, esta sua abordagem sobre o pastor bem sucedido me chamou a atenção.
Nesses em que se formam cada vez mais pastores e muitos sem saber qual é realmente a função pastoral.Bela abordagem, se tivesses pelo menos 70% já estaríamos satisfeitos.
Em Cristo Marcos Serafim
Ps. segue meu blog http://blogdomarcosserafim.blogspot.com/
dê uma olhada.
Irmão Marcos
Acho que o que nos falta é coragem para colocar em práticas essas dicas.
Abraços
Cristiano
Prezado Cristiano Santana,
A Paz do Senhor!
Parabéns pelo artigo!
Este é um exercício diário que cada pastor deve fazer!
Postarei o link deste post em meu blog, e encaminharei para minha lista de pastores!
Um grande abraço!
Pr. Carlos Roberto
Infelizmente a maioria dos pastores (os que conheco) estao enquadrados na maioria dos 30 itens. So para exemplo: Um irmao, membro da Cat. das A. de Deus em Santa Cruz, matou de forma hedionda sua esposa, que havia se separado dele e morava com a filha (tambem separada do marido), nao darei detalhes, mas se o irmao sondar de onde este ex. irmao (ainda bem que nao vazou para a imprensa que ele era membro de igreja evangelica) era membro antes de ir para a Catedral e os motivos que levaram a isso (bem futil, com relacao a mudanca de congregacao). Os jornais noticiaram, matou a esposa com 3 tiros e em seguida ateou fogo no corpo dela com gasolina. Que fruto hein? So que essa semente maligna foi plantada a 4 anos atras, por um pastor que se enquadra ate hoje em praticamente todos esses itens mencionados, e queira Deus que nao hajam tantas idas a cemiterios iguais a que temos ido nestes 5 anos. Visite meu blog e veja assuntos como heresias por falta de hermeneutica e exegese, o grande mal que atinge a maioria dos lideres.
Prezado Pastor Carlos Roberto
Fico feliz quando vejo que artigos como esses recebem o apoio de pastores experientes como o Sr.
Mesmo completando quase 20 anos de serviço na seara do Senhor Jesus, ainda tenho receio ao escrever alguns artigos como esses, pois sempre corremos o risco de sermos guiados por uma impulsividade juvenil, carregada de imaturidade.
Palavras de homens como o Sr. me consolam e me incentivam a prosseguir.
Obrigado.
enho o receio de estar apenas sob o efeito
Caro irmão Gilson
Mesmo não conhecendo as motivações que levaram esse homem a cometer tão horrendo crime, considero temerário vincular os maltratos do pastor como causa determinante de sua ação crimonosa.
As ações de um homem podem ter origem na maldade de sua próprio coração (veja o caso de Abel).
Mesmo havendo influência externa para que venhamos a cometer crimes, ainda temos nosso livre-arbítrio para rejeitar essas insinuações psicológicas, para não dizer satânicas.
No caso do cristão há a proteção adicional do habitação do Espírito Santo em seu interior, que o capacita a perdoar as ofensas, a esquecer as mágoas do passado e a se livrar do rancor, dando-lhe condições de prosseguir com um coração limpo.
A paz do Senhor, Pb. Cristiano.
Parabéns pelo texto tão edificante! Que o Senhor possa moldar os vasos e levantá-los como pastores sábios e misericordiosos para com o rebanho.
Ser pastor não é fácil, é um cargo bastante pesado, às vezes. Mas, sabemos que o Senhor dará recompensa aos que nEle confiarem e honrarem o Reino na terra.
Deus te abençoe e parabéns pelo blog edificante.
Obrigado pela visita ao meu blog, irmã Débora.
Tenho sentido uma felicidade indescrítivel nos últimos dias, isto porque o Senhor tem inundado minha mente com vários temas edificantes.
Quando menos espero, o Senhor me dá uma nova inspiração, uma nova idéia. Logo anoto no meu bloco. Graça a Deus tenho bastante "munição" para os próximos dias.
Tenho certeza de que o Senhor também concederá inspiração a este exército de blogueiros que ainda não dobraram o joelho a baal.
A paz do Senhor
A Pa do Senhor Irmão Pb. Cristiano, que postagem maravilhosa, que Deus possa sempre lhe usar para que possamos sempre ser edificados.
A paz do Senhor Pb. cristiano.
fico pasmo sabendo que uns pastores que conheço
fazem parte de muitos desses, muito bom, consertesa vou imprimir essas dicas para pregar na minha parede, e toda vez me lembrar dessas palavras.
A paz do Senhor.
Pb. Maxwell
paz a todos irmãos em Cristo Jesus.
Realmente sao muito boas às dicas
fiquem todos na paz.
A paz PB. Cristiano
parabéns pelo estudo.
paz a todos irmãos em Cristo Jesus.
Realmente sao muito boas às dicas
fiquem todos na paz.
paz a todos irmãos em Cristo Jesus.
Realmente sao muito boas às dicas
fiquem todos na paz.