Cristiano Santana - Uma visão do mundo

É ERRADO OS CRISTÃOS DISCUTIREM QUESTÕES TEOLÓGICAS?


AUTOR: CRISTIANO SANTANA

Hoje estive lendo o "Manual Popular de Dúvidas, Enigmas e "Contradições" da Bíblia" de Norman Geisler e Thomas Howe.

Uma das questões que me chamaram a atenção foi essa:

De acordo com 2 Timóteo 2:14 é errado os cristãos discutirem questões teológicas?

O livro apresenta o seguinte problema:

Paulo parece ter proibido discussões teológicas quando ele instruiu Timóteo, a respeito dos crentes: "para que evitem contendas de palavras que para nada aproveitam" (2 Tm 2:14), e quando lhe disse "E repele as questões insensatas e absurdas" (2 Tm 2:23). Por outro lado, o próprio Paulo discutiu com os judeus em suas sinagogas (At 17:2, 17) e debateu com filósofos no Areópago (At 17:18ss). De fato, Judas exortou-nos a batalhar "diligentemente, pela fé que uma vez por todas foi entregue aos santos" (Jd 3).

Em seguida, vem a solução:

Uma distinção precisa ser feita entre os dois sentidos do que seja argumentar ou discutir. Argumentar não é necessariamente algo errado, mas devotar-se ardentemente a isso é. Devemos batalhar pela fé, mas devemos fazer isso sem contendas. Fazer com toda seriedade um esforço para defender a fé é algo bom (cf. Fp 1:17; 1 Pe 3:15). Mas engajar-se em disputas infrutíferas não é bom. De igual forma, Paulo não se opôs quanto a discutir qual o real sentido das palavras num determinado contexto - ele se opôs simplesmente a ardorosas disputas semânticas.


Como superintendente da Escola Bíblica Dominical, já ouvi censuras de vários irmãos quanto ao nível de ensino que imprimo em minha igreja, tais como essas: 

- O irmão está querendo ir longe de mais!
- O cristão que quer saber demais acaba se desviando.
- Irmão, esse mistério só pertence a Deus!
- O melhor que temos de fazer é ficar no feijão e arroz.

Tenho várias razões para rejeitar essas censuras:

Em primeiro lugar, se hoje temos já estabelecidas as doutrinas da Trindade, do pecado, da justificação, etc., devemos agradecer ao trabalho de homens como Irineu, Tertuliano, Clemente de Alexandria, Orígenes, Agostinho, Atanásio e outros, os quais, nos primeiros séculos da era cristã, envolveram-se em intensos debates teológicos e combateram hereges terríveis como Marcion e Ário. Os primeiros credos, que foram formulados e que acabaram cristalizando essas doutrinas, surgiram com resultado do trabalho teológico desses homens.

Em segundo lugar, quem poderá me dizer, com exatidão, qual é a linha divisória entre o conhecimento de Deus e o conhecimento do homem? Qual é o homem que poderá defini-la? Acho que é impossível estabelecer qual limite meu conhecimento não deve tentar ultrapassar. Sabemos que nunca poderemos conhecer totalmente o que Deus conhece, mas Ele nos deu uma natureza tal que somos sempre impelidos à frente, rumo ao conhecimento, rejeitando o leite espiritual e sempre em busca do alimento sólido. Alguns acham que o limite é conhecer apenas as doutrinas básicas da Bíblia. Rejeito esse limite e prossigo tentando alargar ao máximo a minha cosmovisão.

Em terceiro lugar, se eu estou na verdade, por que temer ter contato com outras literaturas, absorver outros conhecimentos, entender outras filosofias, até mesmo contrárias à fé cristã? A verdade não é para ser provada? Graças a Deus, quanto mais leio livros de filosofia, psicologia, ciências, teologia, religiões, etc., mas fortalecida fica  a minha convicção de que Jesus Cristo é o caminho, A VERDADE, e a vida.
 
Em quarto lugar, creio que a maioria dos evangélicos estão dominados por esse cristianismo místico, utilitarista e hedonista, que atualmente permeia as igrejas, justamente porque lhes falta o devido conhecimento bíblico-teológico. Já dizia o profeta: "O meu povo foi destruído por falta de conhecimento". Essas crendices que se espalham no meio do povo de Deus, essa teologia da prosperidade medíocre que se prolifera, tem achado terreno fértil em nosso país por causa das mentes ignorantes. São os "analfabetos bíblicos" que se satisfazem com qualquer história da carochinha. 

Sinceramente, creio que alguns irmãos nos censuram contra a aquisição de um conhecimento mais profundo com certa sinceridade de coração. Eles estão ingenuamente persuadidos de que o melhor a fazer é permanecer no básico. Já outros emitem essas censuras por outros motivos. São membros e obreiros preguiçosos que nunca deram o devido tempo aos estudos bíblicos e teológicos. Agora não querem que a sua ignorância seja desmascarada. Não querem passar pelo ridículo de não saber responder a uma pergunta feita por alguém que é décadas mais jovem. Então vêm com essa história de que é perigoso aprofundar-se no conhecimento.

Finalizando, quero dizer que é sempre bom haver um debate teológico maduro entre os cristãos. Como cresço espiritualmente quando encontro irmãos dispostos a passar um bom tempo conversando sobre as coisas do alto! 

Conheçamos e prossigamos em conhecer ao Senhor.
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CADÊ VOCÊ DEUS?


AUTOR: CRISTIANO SANTANA

Ontem, eu e alguns irmãos de minha congregação saíamos à rua para realizarmos evangelismo pessoal, de porta em porta. Foi uma experiência maravilhosa. Abordamos muitas pessoas e distribuímos uma boa quantidade de folhetos e revistas. Quero aproveitar para recomendar a Palavra Viva Publicacões, uma associação de igrejas que fornece livretos gratuitamente, cujo site é: http://www.apalavraviva.org.

Quando estávamos quase terminando o percurso programado, abordamos o Sr. Claudionor, cuja situação nos comoveu profundamente. Ele já tinha sido evangélico e nos provou isso exibindo fotos da época em que ele servia a Deus, nas quais ele aparece de terno, muito bem alinhado e com um semblante jovial e alegre.

Após mostrar a foto ele passou a nos apresentar a sua deplorável situação atual. Primeiramente mostrou um extensa cicatriz da cirurgia a que foi submetido para extração de um de seus rins que já estava comprometido pelo câncer. Informou que ainda está  com a doença e que ela está se espalhando pelo corpo. Ele também se tornou alcoólatra compulsivo. No momento em que conversávamos, ele disse que tinha um estoque de oito litros de cachaça em casa.

Depois de tê-lo persuadido de que Jesus Cristo ainda é poderoso para realizar milagres extraordinários, fizemos uma oração emocionada por ele, na qual os nossos espíritos gemeram diante de Deus.

O que me chamou a atenção, nessa experiência, foi o fato deste homem ter exclamado a mesma frase, várias vezes, durante o nosso diálogo: "Cadê você Deus?". Também a repetiu quando orávamos por ele. Então meditei profundamente sobre essas palavras de desespero.

"Cadê você Deus?" fez-me lembrar que num determinado momento do passado Deus começou a dizer "cadê você Claudionor", quando percebeu que esse homem tinha abandonado a sua vida cristã para entregar-se a uma vida desregrada. Hoje, infelizmente, a situação se inverteu. Agora, esse homem é quem está procurando Deus desesperadamente.

"Cadê você Deus?" fez-me ter a convicção de que, com a nossa chegada à casa desse homem, Deus estava respondendo: "Estou aqui, não temas. Com amor eterno te amei." Creio que alguns cristãos já tenham ido à sua casa, mas tenho razões para acreditar que a nossa visita revestiu-se de um caráter especial.

"Cadê você Deus?" fez-me lembrar da situação atual de muitos cristãos, os quais, por viverem uma vida confortável,  com emprego, carro, casa, saúde, etc., deixaram de perguntar por Deus; deixaram de ter sede de Deus. Já não demonstram aquele anseio de estar sempre junto ao Senhor, ouvindo a sua voz, buscando a sua orientação.  É preciso que a desgraça caia sobre nossas vidas para que nos voltemos para o Senhor? Não deveríamos aproveitar os períodos de prosperidade e de bonança para buscarmos ainda mais a Deus, preparando-nos assim para os possíveis períodos de tribulação? Quão perversa e ingrata é a natureza humana!

Ontem o Sr. Claudionor assistiu ao culto em nossa Igreja. Fornecemos todo o apoio espiritual e material a ele. Conclamamos toda a Igreja para que ore por ele. Estaremos acompanhando a sua vida, e estamos confiantes de que o Senhor realizará um milagre, especialmente uma completa restauração espiritual.

Cadê você Deus?
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CRISTÃOS NO NOME, ATEUS NA PRÁTICA


AUTOR: CRISTIANO SANTANA


"Diz o insensato no seu coração: Não há Deus. Corrompem-se e praticam abominação; já não há quem faça o bem." (Salmo 14:1)


Segundo o "Dicionário de Filosofia", de Nicola Abbagnano, o termo "ateísmo" é definido, em geral, como a negação da causalidade de Deus. O reconhecimento da existência de Deus pode ser acompanhado pelo ateísmo se não incluir também o reconhecimento da causalidade específica de Deus.


O comentário de Adam Clarke's, sobre o salmo 14, ajuda-nos a esclarecer a idéia contida no parágrafo anterior:
"Não há Deus!"."Ninguém", alguém diz, "a não ser um insensato poderia dizer isso." A palavra não deve ser tomada no sentido estrito em que usamos o termo "ateu", que é alguém que nega a existência de Deus, ou o confunde com a matéria.
Clarke continua, apresentando os três tipos de ateus:


"1-Há alguns, não muitos, que negam (teoricamente) a existência de Deus.


2-Há outros que, sem negar absolutamente a existência divina, negam a sua providência, isto é, eles reconhecem o Ser de infinito poder, etc., mas acham que ele não governa o mundo."


3- Há outros, e esses são numerosos, que, apesar de professarem e reconhecerem a existência e a providência de Deus, negam-nas em seus corações, e vivem como se eles estivessem persuadidos de que não há Deus nem para punir nem para recompensar.


O nabal (traduzido "insensato") do presente salmo, encaixa-se perfeitamente no terceiro tipo de ateu, descrito por Clarke. Seu comportamento traduz o que passou a ser conhecido como ateísmo prático.


Eles não podem duvidar do ser de Deus, mas questionarão o seu domínio. Ele diz isso "em seu coração"; não é o seu julgamento, mas sua imaginação. Ele não pode dizer, satisfatoriamente, que não há Deus, mas deseja que não haja um, e apraz a si próprio com a imaginação de que é possível que não haja nenhum. Ele não pode ter certeza de que Deus exista; entretanto ele deseja pensar que não há um. Ele não se atreve a falar, para não ser contrariado, mas ele sussura, secretamente, em seu coração, para silenciar o clamor de sua consciência e incentivar a si mesmo nos caminhos do mal. (Comentário Matthew Henry)


Dessa forma, o ateísmo prático é um estilo de vida que nega a Deus, não através de palavras, mas através da conduta. Ateus práticos declaram que acreditam em Deus, mas, em verdade, negam Sua existência através de cada um de seus feitos.


Não existe a palavra "há" no original de Salmos 14:1. A tradução literal seria "não Deus", "nada Deus", ou "Deus não é". Isso pode ser entendido, não como uma tentativa de negar a Deus teoricamente, como tem feito Dawnkis ou Dennet, através do uso de argumentos estruturados logicamente. Essa tradução pode apontar apenas para um atitude negativa do sujeito, no sentido de rejeitar a intromissão de Deus na sua vida particular e de achar que não deve satisfações ao criador.


Esse ateísmo prático tem sido a mais danosa forma de negação de Deus, pois, ao se refletir na conduta, gera consequências desastrosas em toda a sociedade. Os Estados Unidos da América, cuja população é predominantemente protestante, têm sofrido terrivelmente os efeitos desse grande mal, isto porque a maioria dos habitantes daquele país hoje são apenas cristãos nominais. Professam uma fé evangélica, porém levam uma vida pecaminosa, em total desobediência à Palavra de Deus.


As evidências indicam que o ateísmo prático também tem assolado a comunidade evangélica em nosso país.


Ninguém seria louco de proclamar, do alto do púlpito, em uma igreja lotada, que todo culto evangélico é frequentado por muitos ateus. Pareceria logicamente absurdo, pois, se todos estão ali louvando, adorando e prestando atenção à pregação, é porque crêem em Deus e em sua existência.


Mas e quanto à conduta do crente fora da templo? Qual resultado teríamos se fosse feita uma análise minuciosa da vida prática de cada um deles? Creio que o resultado seria assombroso.


Como posso classificar de cristão alguém que, em sua vida privada, não ora a Deus, não lê a Bíblia e não se declara cristão nos ambientes que frequenta?


Há cristãos que tomam decisões sem sequer perguntar se ela está de acordo com a vontade de Deus. Eles não vêem nenhum problema em namorar pessoas não-cristãs. Eles tem relações sexuais fora do casamento sem nenhum peso de consciência e depois vão, com o maior sinismo do mundo, cantar no conjunto da igreja. Destestam ir à Escola Bíblica Dominical. Também, durante o culto, ficam conversando do lado de fora. Frequentemente eles têm um comportamento mais vil do que o do muitos ateus que negam a Deus teoricamente.


Essas pessoas que estão em nossas igrejas, mas não têm compromisso algum com Deus, que não dão a mínima importância para aquilo que Deus pensa sobre suas condutas, podem ser adequadamente, e com toda justiça, declarados ateus práticos. O engraçado é que, se perguntarmos a eles se são cristãos, eles respondem, com a maior convicção do mundo, que são.


Infelizmente essa é a realidade. Coisas terríveis têm sido cometidas, dentro das igrejas, por aqueles que declaram crer em Deus, mas o negam através de sua obras.


Hoje eles dizem que "não há Deus" a quem devam prestar contas de suas ações, mas no juízo final todas as suas obras serão reveladas pela luz.
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UMA BREVE ANÁLISE DO MODELO DE GOVERNO ASSEMBLEIANO


Artigo publicado na Revista Evangélica
FÉ CRISTÃ, Mossoró/RN,
Ano 3, nº. /2002

É difícil fazer uma análise da forma de governo da Assembléia de Deus (AD), por duas razões bem distintas. Primeira, porque mesmo entendo que, na prática, inexistem formas "puras" de governo, o modelo assembleiano não se molda aos paradigmas observados ao longo da história e destacados na literatura. Segunda, porque não é fácil manter total isenção ao analisar-se a maior denominação evangélica do País, indiscutivelmente responsável por fortes influências no ambiente religioso (no íntimo das pessoas sempre houve sentimentos gratuitos de admiração ou aversão pelos "impérios" constituídos ao longo da história).

Mesmo assim, é válido tentar compreender o "modelo assembleiano", inicialmente comparando-o, mesmo que superficialmente, com as formas tradicionais de governo eclesiástico:

1) O modelo episcopal ou prelático caracteriza-se pela centralização do poder em mãos do clero mais elevado (os prelados). Apesar de alguns líderes assembleianos assumirem postura de "bispos" e suas "igrejas sede" se assemelharem a "dioceses", o modelo assembleiano dista bastante da rigidez hierárquica dos católicos romanos ou dos anglicanos (exemplos mais destacados desse gênero); como também não adota a formalidade litúrgica do poder episcopal.

2) O governo presbiteriano tem como característica predominante as tomadas de decisão nos concílios, sínodos e presbitérios, fóruns nos quais se assentam a elite da igreja (daí, esse modelo também ser denominado de oligárquico). Isto não ocorre na forma de gestão das AD's. Apesar dos presbíteros assembleianos gozarem de honra e estima, a decisão final só lhes cabe quando no exercício da função pastoral (mesmo assim, na maioria das AD's, os presbíteros atuam sob a supervisão de um pastor). Por outro lado, se algumas 'oligarquias' têm sido identificadas no meio assembleiano, é fácil constatar que não foram legalmente constituídas; mas sim compostas pela via da informalidade e do interesse de grupos.

3) O forma de governo congregacional fundamenta-se no princípio das decisões emanadas da maioria dos membros. Cada igreja, individualmente, administra seus próprios negócios (razão pela qual também recebe o nome de independente). Esse foi o modelo orientado pela igreja sueca para implantação na AD brasileira. Porém, os pioneiros fugiram desse modelo, o que gerou conflitos internos e externos que só foram minimizados quando da primeira Convenção Geral, realizada na Cidade do Natal, em 1930 ( ocasião na qual as igrejas do Norte e do Nordeste foram entregues aos obreiros nacionais).

Mas, afinal, qual é a forma de governo da AD?

Em sua tese de Doutorado em Sociologia "Protestantes e Política no Brasil", Paul Freston apresenta uma visão histórico-sociológica do pentecostalismo brasileiro e, particularmente, da Assembléia de Deus. Nesse trabalho (publicado no livro "Nem Anjos nem Demônios: interpretações sociológicas do pentecostalismo" ), o pesquisador agrega informações e publica suas conclusões sobre o "modelo de governo assembleiano".

Afirma esse Autor:

"O sistema de governo da AD pode ser caracterizado como oligárquico e caudilhesco. Surgiu para facilitar o controle pelos missionários e depois foi reforçado pelo coronelismo nordestino. A AD, na realidade, é uma complexa teia de redes compostas de igrejas-mães e igrejas e congregações dependentes. Cada rede não habita necessariamente uma área geográfica contígua, o que dá margem a controvérsias constantes sobre 'invasão de campo'. O pastor-presidente da rede é, efetivamente, um bispo, com talvez mais de cem igrejas e uma enorme concentração de poder." (FRESTON, p. 86).

Na defesa de sua tese, Freston recorre ao pensamento de Judith Hoffnagel (autora de uma tese de doutoramento na Indiana University/EUA, intitulada: "The Believers: Pentecostalism in a Brazilian City") segundo a qual "embora aconselhado pelo ministério, o pastor-presidente permanece a fonte última de autoridade em tudo... assim como o patrão da sociedade tradicional que, mesmo cercado de conselheiros, maneja sozi nho o poder."

Em síntese, para Freston, na visão estratégica do governo 'oligárquico e caudilhesco' assembleiano, "esse sistema de feudos é uma forma de manter o crescimento da igreja como um todo sem tocar na estrutura do poder."

O estudo trata, também, acerca da Convenção Geral das AD no Brasil (CGADB), observando que, apesar de ser considerada "órgão máximo da denominação", não tem poder legal sobre as Convenções Estaduais, não recebe subvenções das mesmas e não tem poderes para designar ou substituir os pastores em suas filiadas.

Ressalta que as Convenções e Ministérios, na realidade, estão sob o poder dos "pastores-presidentes" (líderes das "igrejas-mãe") responsáveis por dezenas ou centenas de igrejas e suas respectivas congregações. Na visão de Freston (p. 87), isso representa a aproximação sectária ao extra "ecclesiam nulla salus": o modelo assemelha-se ao católico romano, no qual os que rompem com o mesmo são considerados rebeldes e excluídos.

Conclui ainda que, historicamente, esse modelo tem gerado insatisfações e acusações próprias dos regimes caudilhistas e gerontocráticos, redundando em cismas e divisões. E que, apesar dos crescentes sinais de enfraquecimento do modelo, a renovação parece lenta demais e a AD se distancia da moderna gerência praticada na sociedade urbana, o que a coloca cada dia mais próximo de um colapso administrativo, em meio a uma fase internamente conturbada.
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COMO JESUS É DIFERENTE DE NÓS!


AUTOR: CRISTIANO SANTANA


Como Jesus é diferente de nós!

Enquanto Jesus disse que não aceitava a glória dos homens nós cantamos, pregamos, pastoreamos e até limpamos o chão da igreja com a intenção exclusiva de receber elogios, aplausos e reconhecimentos por nossas obras.

Enquanto Jesus lavou os pés dos discípulos colocando-se na posição serviçal de escravo, nós queremos ser tratados como senhores e nos consideramos ultrajados quando nos pedem para ajudar a arrastar um simples banco de igreja.

Enquanto Jesus andava na companhia dos pobres e marginalizados nós buscamos estar ao lado de pessoas célebres que possam nos oferecer algum tipo de vantagem.

Enquanto Jesus disse que devemos amar e abençoar os nossos inimigos, nós entregamos nossos desafetos nas mãos de Deus, na esperança de que alguma desgraça venha a lhes acontecer.

Enquanto Jesus chorava pelos que se perdiam nós utilizamos o púlpito da igreja para louvar alegremente e engrandecer ao Senhor por Ele ter matado de câncer alguém que nos maltratou.

Enquanto Jesus aceitou, no Getsêmane, o cálice de sofrimento que Deus tinha lhe preparado, nós não aceitamos nenhuma situação de tribulação em nossas vidas, pelo fato de dizerem, por aí, que a vida do crente é só de vitória.

Enquanto Jesus chorou abundamente pelos pecados de Jerusalém e pela morte de Lázaro, nós choramos somente quando assistimos a cenas românticas de novela, manifestando total indiferença para com as desgraças alheias e as misérias que assolam este mundo pecaminoso. 

Enquanto Jesus dizia que o reino dele não era deste mundo, nós sonhamos em construir impérios neste planeta, esquecendo que a nossa pátria é celestial.

Enquanto Jesus ensinou que os últimos serão os primeiros e que o maior deverá ser o menor, nós sonhamos sempre com as primeiras posições, estando dispostos a passar por cima de todo aquele que se coloque à nossa frente.

Enquanto Jesus disse para perdoarmos setenta vezes sete, nós achamos que a única coisa que o nosso ofensor merece é a vingança.

Enquanto Jesus perdoou a Pedro, dando-lhe uma nova chance, embora o tenha negado três vezes, nós costumamos ser duros e inflexíveis com aqueles que erram conosco.

Enquanto Jesus corajosamente perguntou aos seus discípulos se eles queriam também seguir as pessoas que se retiravam, escandalizadas com a sua dura palavra, nós procuramos agradar a multidão com o doce e suave evangelho do comodismo.

Enquanto Jesus chamava de bem-aventurados os que choram e sofrem perseguições, nós reputamos como amaldiçoados de Deus qualquer um que esteja passando por tribulações.

Otto Borchert em seu livro "O Jesus Histórico" expressou muito bem essa profunda oposição entre o Jesus descrito no Novo Testamento e os cristãos de hoje.

"A oposição da época em que vivemos tem mais significado do que qualquer coisa que observamos até agora. Porque nós, filhos do século XX, estamos acostumados à história de Jesus, e fomos criados segundo a Sua maneira de pensar. O Cristianismo tornou a religião comum e, tendo sido alterada em muitos aspectos, ela se ajustou a nós, de várias maneiras, como um paletó velho e confortável que agora vestimos sem mesmo pensar. E não obstante, o Fundador do Cristianismo não continua em conflito com as nossas idéias? Como Ele nos é estranho e diferente? Em comparação com a maneira de agir dos homens terrenos, os Seus modos de agir parecem ter sido trazidos de longa distância - do céu."
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LIVRO "O SEGREDO" BATE A INCRÍVEL MARCA DE 1.500.000 EXEMPLARES VENDIDOS NO BRASIL


Hoje de manhã, quando vinha trabalhar, li no vidro traseiro de um ônibus o seguinte anúncio: "O Segredo": recorde de venda de 1.500.000 exemplares no Brasil.

Achei oportuno, então, trazer informações sobre esse livro demoníaco, através do especialista Dave Hunt, experiente pesquisador em áreas como profecias, criacionismo, misticismo oriental, fenômenos psíquicos, seitas e ocultismo.


A última armadilha do ocultismo para capturar a imaginação do Ocidente é chamada O Segredo. O livro com este nome é um bestseller no topo da lista do New York Times, tendo vendido rapidamente seis milhões de cópias. O DVD do mesmo título foi adquirido por mais de dois milhões de pessoas. Ambos contêm muitos erros, interpretações errôneas, falsas premissas e falsas promessas. Mas, quem se dá conta? Você deveria importar-se. Com as informações seguintes, você poderia resgatar alguém do inferno.

As numerosas interpretações errôneas já começam no próprio título do livro. O Segredo nada tem de segredo, mas, sim, de tolice, hinduísmo, xamanismo e Nova Era reciclados. Uma das mais gigantescas mentiras é a sua afirmação: “Você cria a sua própria realidade com a sua mente”. Foi essa a falsa promessa da serpente feita a Eva, a promessa da divindade (Gênesis 3). Abraçar essa ilusão custou a Eva e aos seus descendentes o paraíso do Éden e teria fechado o céu à humanidade inteira se Cristo não tivesse morrido pelos pecados do mundo. Em 6.000 anos, desde o Éden, a promessa da serpente ainda não foi cumprida na vida de uma pessoa sequer.

Informações errôneas e falsas afirmações seguem-se umas às outras, numa louca parada de absurdos. Borrifada no livro e no DVD está a afirmação de que o Segredo é cientificamente comprovado como sendo verdadeiro. Por exemplo: “Foi cientificamente comprovado que um pensamento afirmativo é centenas de vezes mais poderoso do que um pensamento negativo”.[1] Quando, onde e como?

Nenhum teste científico até hoje mediu os pensamentos positivos e negativos, nem poderia haver esse tipo de teste, porque os pensamentos não são físicos e o seu “poder” não pode ser medido. Os pensamentos existem fora da ciência física. Também não existe essa coisa de “ciência mental” ou “ciência da mente”. Esse fato é uma das muitas razões por que a psicologia jamais poderia ser uma ciência, a despeito dela ter afirmado isso durante décadas.

“Você cria a sua própria realidade com a sua mente”. Foi essa a falsa promessa da serpente feita a Eva, a promessa da divindade (Gênesis 3).

A isca na armadilha de O Segredo é continuamente repetida: “O Segredo lhe dá tudo que você deseja: felicidade, saúde e riqueza... você pode ter, fazer ou ser tudo que desejar... Podemos ter qualquer coisa que desejamos”.[2] O senso comum responde: “Obrigado, mas não quero!” Contudo, milhões de pessoas que estão sendo apresentadas a O Segredo ficam excitadas e ansiosas para fazer com que isso funcione para elas.

As mentiras fundamentais são basicamente: não existe um Deus pessoal que criou o Universo e faz leis que os homens devem obedecer. O Universo sempre esteve aqui e nós o criamos com as nossas mentes, através de inúmeras leis ocultas, as quais existem para realizar nossos desejos egoístas. Uma das mais indutivas é “a lei da atração”. Qualquer pensamento (saúde, riqueza, desastre, lucro, perda, dor, alegria, etc.) que você mantém em sua mente pode ser atraído como uma realidade em sua vida. Somos todos deuses e criamos nossos destinos individuais com os nossos pensamentos.

A amoralidade do Segredo deveria ser evidente a alguém que pára para pensar. Hitler já não seria mais responsável pelo Holocausto do que suas vítimas, as quais o criaram coletivamente em suas mentes. O mesmo se deu com o Titanic, com a queda de qualquer avião e com as vítimas de qualquer assassinato.

O livro e o DVD se baseiam em nada mais que as declarações de uma porção de supostos peritos na área da motivação, do sucesso e do pensamento positivo. Quem são eles? São “os mestres não alinhados, os trans-religiosos progressistas... os luminares espirituais... os mestres da metafísica espiritual... o dominador do Feng Shui, os líderes bem-sucedidos nos negócios... os fundadores do movimento do Novo Pensamento... um mensageiro espiritual dos tempos modernos, e assim por diante”. Certamente eles não pertencem à mesma classe de Jesus Cristo, o qual comprovou Sua Divindade com a própria vida sem pecado e com os Seus milagres, morreu pelos nossos pecados e ressuscitou dos mortos. Os “peritos” citados e apresentados em O Segredo não fazem parte de um grupo em cujas mãos alguém pudesse entregar a sua vida e muito menos o seu destino eterno.

Segundo o livro, qualquer pensamento (saúde, riqueza, desastre, lucro, perda, dor, alegria, etc.) que você mantém em sua mente poderia ser atraído como uma realidade em sua vida. A amoralidade do Segredo deveria ser evidente a alguém que pára para pensar. Hitler já não seria mais responsável pelo Holocausto do que suas vítimas, as quais o criaram coletivamente em suas mentes. O mesmo se deu com o Titanic, com a queda de qualquer avião e com as vítimas de qualquer assassinato.

No livro e no DVD, como num disco defeituoso, repete-se constantemente a mentira atraente, apesar de evidente: “Não existe coisa alguma que você não possa fazer com esse conhecimento... Se você mentalizar isso, vai tê-lo à mão... Você cria sua vida com os seus pensamentos... Seus pensamentos são sementes e a colheita que você fará vai depender das sementes que você plantar... Sua vida está em suas mãos... Você vai realizar o que você pensar... Você vai atrair tudo que exigir. Se for de dinheiro que precisa, você irá atraí-lo... Exatamente como o gênio de Aladim, a lei da atração realiza cada comando nosso... No momento em que você começar a ‘pensar adequadamente’... Esse poder dentro de você, o qual é maior do que o mundo... vai tomar conta de sua vida... alimentar, vestir, guiar, proteger, dirigir e sustentar você em sua própria existência... Se você o permitir. É isso o que sei, com certeza”.

Ora, o que eu sei com certeza é: enquanto os indivíduos históricos nomeados e citados no livro e no DVD conseguiram algumas posses materiais e sucesso, todos eles fracassaram no que é muito mais importante, a saúde. Sim, a maioria, porém não todos, manteve um nível satisfatório de saúde durante suas breves existências, porém a saúde de cada um deles finalmente fracassou. Uma das marcas de fracasso que todos eles compartilharam foi que todos morreram. No final, o Segredo não pôde mantê-los vivos, embora eles tivessem tentado cada técnica por ele oferecida. E esses proponentes do Segredo que ainda estão vivos certamente vão sofrer a mesma sorte.

Segundo o que todos esses mestres do Segredo declaram com grande confiança, eles jamais deveriam morrer. Se o Segredo fosse verdade e eles aplicassem devidamente o ensino: “O Segredo pode lhe dar tudo que você desejar”, eles ainda deveriam estar vivos. De fato, nenhum desses mestres do Segredo excedeu sequer a expectativa normal de vida – o que certamente teriam conseguido, caso o Segredo realmente funcionasse. O fato óbvio é que o Segredo é um engodo que oferece uma falsa esperança, o qual continua a enganar a humanidade – aliás, uma esperança inescrupulosamente amoral.
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Pregações esquisitas: Segundo Abílio Santana Jesus devia favores ao ladrão da cruz


AUTOR: CRISTIANO SANTANA

Há mais ou menos 15 anos atrás, ouvi uma pregação de um pastor nacionalmente conhecido, durante uma festividade em minha igreja, que me deixou estarrecido. Nela, esse ilustre orador procurou convencer à audiência disso: Jesus Cristo perdoou o ladrão que foi crucificado ao seu lado porque lhe devia um favor. Isso mesmo: Jesus tinha um espécie de dívida para com esse bom ladrão, cujo nome, segundo a tradição é Dimas; o perdão, portanto, foi concedido a título de pagamento de dívida.

Vou reproduzir a linha de argumentação de nosso pregador e, logo em seguida, pretendo mostrar as incongruências lógicas, linguísticas e, principalmente, teológicas de sua hermenêutica.

"Quando fugiam para o Egito, devido à matança ordenada por Herodes, a família de Jesus foi abordada, no deserto, por ladrões assassinos. Suas vidas foram poupadas por causa da intervenção de de Dimas, o líder do grupo, que embora cruel, não tinha por costume nunca roubar, nem matar, crianças, velhos e mulheres. Dimas demonstrou bondade para com eles e ainda os hospedou.

Mais ou menos trinta anos depois, nos momentos que antecederam à sua crucificação, Dimas procurou saber quem era aquele homem que também sofreria o suplício ao seu lado; então lhe informaram que se tratava de Jesus, que se dizia ser o Cristo. Dimas então lembrou das palavras que ouvira de Maria e José quanto aos motivos de sua fuga para o Egito e das profecias que foram pronunciadas sobre a vida do menino. Concluiu que aquele homem que estava ao seu lado era aquela criança cuja vida ele tinha salvado.

Quando já estavam pendurados na cruz, Dimas disse para Jesus: "Lembra-te de mim quando vieres em teu reino" (Lucas 23:42). Essas palavras tinham a intenção de fazer Jesus lembrar do episódio em que foi salvo por esse ladrão. Em outros termos, Dimas dizia: "Lembras de mim?"."Lembras como eu salvei maravilhosamente a tua vida quando era criança?"

Jesus, então, ao recordar-se da boa ação que Dimas praticou no passado, salvando a sua vida, disse: "Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso" (Lucas 23:43). Em outras palavras, Jesus disse: "você merece entrar no paraíso".

Depois da aplicação da sua hermenêutica insólita, só se ouvia na igreja brados esfuziantes de "aleluias" e "glórias a Deus". O templo literalmente tremeu, mas eu estava paralisado, atônito, tentando entender de onde ele tirou toda essa estória, pois era evidente que ela não se encontrava nas Sagradas Escrituras.

Ao final do culto, verbalizei toda a minha santa revolta aos obreiros de minha igreja, porém o único resultado que consegui foi me tornar alvo de chacotas. Eles diziam que o Sr. Pregador era um homem muito sábio e que era legítimo utilizar fontes extra-bíblicas como subsídios para suas pregações.

Vamos agora à analise desse sermão:

1) Na séculos que sucederam à era apostólica surgiram uma série de livros espúrios que passaram a ser conhecidos como livros apócrifos. O termo "apócrifo" tem um sentido genérico de "livro oculto". Eram livros repletos de histórias fantasiosas, cujas autorias eram atribuídas a apóstolos e outras figuras proeminentes da Igreja, mas que, na verdade, foram escritos por pessoas desconhecidas que tentavam introduzir na Igreja opiniões particulares. Exemplos: Evangelho de Maria Madalena, Evangelho de Tomé, Epístola de Pilatos a Herodes, Assunção de Maria, etc.

Desde cedo a Igreja considerou esses livros como não-inspirados, ou seja, não canônicos, e os excluiu do conjunto de livros que hoje conhecemos como Novo Testamento. 

A estória contada pelo pregador é exatamente uma das várias lendas fantasiosas a respeito da infância de Jesus que são narradas nesses livros apócrifos. Há várias lendas sobre Jesus. Uma diz que o menino Jesus brincou com leões famintos em uma caverna. Outra diz que, no calor do deserto, o menino Jesus encurtou uma viagem de trinta dias para um breve dia. Também transformou uma mula em um homem e garotos zombeteiros em cabritos. 

Desde a Reforma Protestante a Igreja tem declarado em uníssono que seus dogmas repousam, única e exclusivamente, na autoridade do conjunto de livros canônicos, conhecido como Escrituras Sagradas. Não negamos que os livros apócrifos tenham alguma utilidade. Certamente eles têm informações que ajudam a enriquecer a nossa percepção da atmosfera teológica histórico-cultural da era pós-apostólica. O que não podemos aceitar, porém, é que alguém queira utilizar textos apócrifos para tratar de dogmática. Esse episódio de Lucas 23 contribui em muito para a compreensão da doutrina da salvação, sendo, portanto, temerária uma exegese tendo como pano de fundo um lenda fantasiosa.

Se virar moda a utilização dos livros apócrifos como subsídio de pregações as portas da Igreja ficarão escancaradas para a entrada de heresias. Devemos rejeitar completamente esse artifício exegético.

2) O referido texto também sofre uma terrível violência no aspecto sintático-semântico. Vejamos a declaração do ladrão: "Senhor, lembra-te de mim quando vieres em teu reino". Trata-se de um período composto. A oração principal - "Lembra-te" -  é imperativa e a segunda é substantiva subordinada adverbial, pois é antecedida pelo advérbio de tempo "quando". Considerando as orações, conjuntamente, percebe-se que o ladrão faz um humilde pedido: que o Senhor lembre dele no paraíso, não como alguém que tenha qualidades, mas de alguém que reconhece a sua triste situação de pecador e que clama por misericórdia.

O renomado pregador, porém, deu um caráter interrogativo ao período como se o ladrão estivesse tentando trazer à memória de Jesus fatos do passado envolvendo a ambos. Isso é forçar demais o texto em direção a uma interpretação totalmente tendenciosa.

3) Finalmente, a exposição da passagem, tal como foi feita, induz claramente o ouvinte a pensar que Jesus devia favores ao ladrão. Ora, se o ladrão salvou a sua vida quando era pequeno, era mais do que justo que Jesus, trinta anos depois, retribuísse o benefício ofertando o paraíso ao ladrão.

Segundo nosso pregador, o que houve entre Jesus e o ladrão foi apenas um negócio, um troca, ou como diz o ditado "uma mão lavou a outra". 

Isso é um flagrante deturpação da doutrina da salvação pela graça. Se as coisas foram como nosso pregador falou, então o bom ladrão foi o único, em toda a história universal, que conseguiu entrar no céu através de seus próprios méritos.

Certamente o ladrão nos confirmará, na glória eterna, que foi somente por causa da graça de Nosso Senhor Jesus Cristo que ele teve acesso à salvação eterna.

O curioso é que, há mais ou menos um ano, esse pregador esteve em um evento em minha igreja atual, aqui em Santa Cruz, pregando a mesma mensagem.

Fico imaginando quantas vezes ele já contou essa mesma estória Brasil a fora.  Quando ele vai cansar?

Triste é saber que estórias da carochinha, semelhantes a essas, têm sido contadas no púlpitos pentecostais e o povo, que sofre de analfabetismo bíblico, pula, rodopia e dá glória a Deus sem saber que está sendo enganado.

Eles têm os pregadores que merecem.
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Quer ser um pastor bem sucedido? Tenho 30 dicas pra você



AUTOR: CRISTIANO SANTANA

1- Aprenda a ouvir. O ouvido bem treinado vale mais do que uma boca ativa. Os pastores incompetentes raramente escutam, enganam a si mesmos como se soubessem todas as respostas, como se soubessem mais do que os membros. 

2- Seja atencioso com aquele que quiser lhe falar e não se afaste dele enquanto não terminar de falar tudo. Afastar-se abruptamente levará o membro a concluir que você não se importa com ele.

3- Sempre que disser um "não" ao obreiro, membro ou líder de departamento, explique claramente o motivo e, se for o caso, explique quais condições devem ser atingidas para que você diga um "SIM".

4- Espante os boatos, substituindo-os por fatos. Corrija, imediatamente, as inverdades. Convoque uma reunião imediata, se for necessário. Não deixe o circo pegar fogo.

5- Não deixe de responder a um membro, caso tenha solicitado um tempo para pensar sobre um pedido que ele fez. Seu silêncio o fará perceber que você não deu a mínima para ele. Não fuja do assunto.

6- Esforçe-se em contar aos membros toda a verdade sobre seus motivos. Não existe nada mais infame do que motivos dissimulados. Quanto a Igreja não sabe onde o seu pastor quer chegar, os membros começam a fazer conjecturas, e com toda a probabilidade, conjecturas errôneas. Sempre sempre direto e claro em suas declarações. Não fique mandando "indiretas” de cima do púlpito.

7- Não exija o cumprimento de tarefas "para ontem". Dê sempre um tempo para que as suas determinações sejam cumpridas.

8- Não seja exagerado ou severo, caso tenha de repreender alguém. Controle-se; conte de um a dez, respire fundo. Ressalte as qualidades do membro, antes de partir para a repreensão propriamente dita. Após repreendê-lo, reforçe que ele é muito importante para Deus e para a igreja; ressalte o seu valor.

9- Delegue, isto é, transfira para outro (delegado) a autoridade e a responsabilidade para a execução de uma tarefa, de responsabilidade final do delegante (você). Tentar centralizar todas as decisões e tarefas em torno de si só demonstra a sua insegurança como líder, além de causar estresse, com risco de infarto. 

10- Procure identificar os membros pessimistas que fazem comentários negativos a respeito dos trabalhos e da administração da igreja. Feito isso, faça um reunião com cada um deles e procure explicar o motivo de suas decisões. Mostre, também, porque você acredita no sucesso dos projetos que estão em andamento. Ignorar esses pessimistas costuma ser perigoso. Um pouco de fermento leveda toda a massa.

11- Não queira ser o super-homem. Aceite a responsabilidade por erros cometidos. A maior deficiência que podemos ter é não reconhecermos nossas deficiências.

12- Envolva-se com os departamentos da igreja. Conheça cada componente, cada função. Participe com dicas e acompanhe o progresso de cada um deles. Os membros dos departamentos são intensamente motivados quando percebem que o seu pastor demonstra interesse por suas atividades.

13- Caso ouça boatos sobre membros que estão querendo sair da congregação, aborde cada um deles, e procure saber seus motivos. Talvez eles estejam passando por problemas que você possa resolver.

14- Atribua o mérito a quem merece. Não deixe que uma autoridade eclesiástica elogie você por um trabalho que foi idealizado por um membro da sua igreja. Aponte aquele que realmente merece a honra. Rejeite essa medalha, pois não é sua.

15- Evite ao máximo repreender alguém na frente de toda a igreja; geralmente isso resulta em humilhação, trazendo prejuízos morais  para o membro. Faça isso em particular. O resultado é mais positivo.

16- Confronte irmãos mentirosos (infelizmente existem). Examine os acontecimentos e confirme as falsidades faladas. Depois converse particularmente com esse membro, conscientizando sobre os males que a língua ferina pode trazer para a igreja. Diga-lhe que você não vai tolerar esse tipo de conduta.

17- Confronte também aqueles que gostam de apunhalar as pessoas pelas costas ou sabotar esforços alheios (é triste, mas também existem). Se for necessário, retire o seu poder, deixando-o totalmente sem função na igreja, até que aprenda a respeitar o seu irmão. Ser condescendente nessas situações é muito perigoso, pois traz riscos para a unidade da igreja.

18- Trate a todos da mesma forma. Não privilegie ninguém. Não tranforme nenhum membro em "estrela" da igreja. Você perderá muito em credibilidade, caso a igreja perceba que você favorece mais a alguns irmãos do a que outros. Lembre-se: ninguém é superior no corpo de Cristo, nem quem tem o dízimo mais alto. Não deixe existir em sua igreja o “queridinho do pastor”.

19- Inclua em sua agenda a visita a irmãos que deixaram de frequentar a Igreja. Se não puder fazer isso, designe outros irmãos para a tarefa (Que saudade das antigas comissões de visita!)

20- Elogie em público e não em particular. Se quiser reconhecer o trabalho de alguém, faça diante de toda a igreja.

21- Faça reuniões regulares com a igreja em geral, com os departamentos, só com os líderes de departamentos e também com os obreiros.

22- Não domine as discussões durante as reuniões. Não seja o dono da verdade. Deixe os membros falarem e expressarem suas opiniões. 

23- Respeite a diversidade de sua igreja. Cada ser humano tem um perfil único, com deficiências e qualidades. Procure descobrir e explorar o potencial de cada membro, seja culto ou analfabeto, rico ou pobre, fraco ou forte, tímido ou audacioso.

24- Não aceite rivalidades na igreja. Se souber que dois membros vivem em pé-de-guerra, mesmo que não seja aberta, procure pacificar a situação. Chame os dois para conversar e peça para que um verbalize a queixa que tem contra o outro e vice-versa. Busque a orientação do Espírito Santo e tente achar uma solução para o conflito. Conscientize-os que progresso da igreja só pode ocorrer se houver harmonia em seu meio.

25- Deixe claro quais são as metas que você estabeleceu para sua igreja. Os membros precisam saber que é a sua visão para o futuro, quais são as metas a serem alcançadas. Estabeleça uma igreja com propósitos.

26- Pratique o que prega. Cobre mas também dê o exemplo. 

27- Não se renda aos bajuladores. Geralmente eles cercam o pastor com agrados para conseguirem privilégios, tais como: disciplina menos rígida, cargos, mais oportunidades no culto, etc.

28- Considere anátema toda tentativa de formação de "panelinha" em sua igreja. Esses círculo íntimos, formados por pessoas que compartilham os mesmos lamentos e resmungos, só provocam divisões e criam divergências. A igreja não é a "panelinha de Cristo”. A Igreja é o corpo de Cristo no qual todos participam e são importantes. 

29- Se for colocar um obreiro, membro ou departamento na “geladeira” (tenho dúvidas quanto a essa medida) explique o motivo de sua atitude e informe quanto tempo o irmão ou departamento não terá oportunidade no culto ou qual a condição a ser cumprida para que essa suspensão seja cancelada. . 

30- Não faça comentários negativos sobre um membro ao conversar com outro membro. Essa prática só induz mais "fofocas" na igreja. Pastor exemplar não é fofoqueiro.   

Observações: 

O autor desse artigo reconhece que não existe nenhuma “receita de bolo” infalível” para pastorear uma igreja, tendo em vista a profunda complexidade e a intensa dinâmica das relações humanas dentro de uma igreja. Entrentanto, acredita que as dicas acima constituem um importante guia para um pastoreado eficiente.

O autor desse artigo não o escreveu com a presunção de querer demonstrar que é especialista em ética pastoral. Na verdade, o mesmo acredita que o pastor-modelo, mostrado acima é o resultado de uma idealização que habita o coração de todo cristão sincero, que deseja ser tratado por um pastor que realmente ama e cuida das ovelhas.

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Ricado Gondim: Chega de promessa de benção!


Autor: Ricardo Gondim

Não dá mais para agüentar tanta promessa de bênção. Enche ter de ouvir pastores oferecendo os mais ricos votos de felicidade e proteção divina a cada culto. Ser abençoado tornou-se quase uma obsessão evangélica nacional.
Promete-se tanta riqueza, saúde física e felicidade que, pelo número de campanhas de oração realizadas, o Brasil já deveria ter melhorado em algum dos índices de qualidade de vida das Nações Unidas; com algum alívio na distribuição de renda ou menos fila nos ambulatórios públicos. 
Chega de promessa de bênção. A espiritualidade cristã com suas orações, ritos e expectativas não gira em torno da vontade de ganhar o benefício celestial. A ênfase dos Evangelhos não se resume a um só tema. Jesus lembrou Seus primeiros discípulos que antes de se preocuparem em salvar a vida, eles precisariam estar dispostos a perdê-la (Marcos 8:35). 
A grandeza de uma causa não é determinada pelo que seus seguidores ganham ao segui-la, mas pelo preço que estão dispostos a pagar por ela. 
Chega de promessa de bênção. Os auditórios lotados de pessoas ávidas por receber mais favor divino favorecem o egocentrismo. Quanto mais se promete, mais se quer receber. Esse caminho não tem fim. O Salmo 106 narra o comportamento dos judeus no período da sua libertação do cativeiro egípcio. 
Depois de sucessivos milagres, o povo parecia não se saciar, sempre exigindo mais. Esse fascínio pela próxima intervenção transformou-se em cobiça, e o versículo 15 trás uma dura sentença: “[Deus] concedeu-lhes o que pediram, mas fez definhar-lhes a alma.” 
Chega de promessa de bênção. A Bíblia não pode ser encolhida a uma caixinha de afirmações otimistas. Para continuar com seu discurso de caráter prático, a maioria dos pastores só cita textos tirados do Antigo Testamento e, ainda, do período judaico anterior ao exílio. 
Os sermões que procuram enfatizar bênçãos deixam de lado os textos contundentes do Novo Testamento em que os cristãos são convocados a viverem em um mundo cruel e doloroso. Jesus não tentou dourar a pílula e nem encobriu a verdade: “No mundo, passais por aflições” (João 16:33). 
Paulo advertiu a Igreja a não se imaginar numa redoma de prosperidade: “E, tendo anunciado o Evangelho naquela cidade e feito muito discípulos, voltaram... fortalecendo a alma dos discípulos, exortando-os a permanecer firmes na fé; e mostrando que, por meio de muitas tribulações, nos importa entrar no reino de Deus” (Atos 14:21-22). 
Jesus revelou à igreja de Esmirna, no Apocalipse, o teor de sua missão: “Não temas as coisas que tens de sofrer” (Apocalipse 2:10). 
Chega de promessa de bênção. Quem se obriga verbalmente a dar tudo, se adorado, é o diabo, nunca Deus (Mateus 4:9). A espiritualidade judaico-cristã não se estabelece sobre utilitarismos. Deus não quer adoração por aquilo que Ele dá, mas por quem Ele é. 
No livro de Jó, Satanás fez uma acusação gravíssima contra Deus. Ele tentou incriminar Jeová por só ser amado por Seus filhos por suborno: “Porventura, Jó debalde teme a Deus?” (Jó 1:9). A narrativa poética do livro inteiro deixa claro que o Senhor não era amado por Suas inúmeras bênçãos sobre a vida e a família de Jó que, pobre, ainda pôde exclamar: “Nu saí do ventre d minha mãe e nu voltarei; o Senhor deu e o Senhor o tomou; bendito seja o nome do Senhor!” (Jó 1:21). 
Chega de promessa de bênçãos. A virtude cristã que se deve buscar prioritariamente é justiça. No Sermão da Montanha, os que tiverem fome e sede de justiça serão fartos (Mateus 5:6). Quando o cristianismo destaca a promoção da justiça, todas as demais bênçãos se tornam secundárias (Mateus 6:33). Aliás, não existe pregação legitimamente evangélica sem a busca do direito: “O reino de Deus não é comida, nem bebida, mas justiça e paz e alegria no Espírito Santo” (Romanos 14:1). 
Antes de quererem para si a benevolência do Senhor, os crentes deveriam almejar a promessa de Isaías 61:3: “A fim de que se chamem carvalhos de justiça, plantados pelo Senhor para a sua glória.” 
A Igreja Evangélica cresce velozmente no Brasil, mas será que percebeu todas as implicações do que significa seguir a Cristo? 
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HISTORIADOR FALA SOBRE IGREJAS QUE ESTÃO EM PROCESSO DE EXTINÇÃO

Fonte: Christianity Today

Tradução: CRISTIANO SANTANA

O outro lado do crescimento da Igreja

Philip Jenkins fala sobre a necessidade de uma teologia da extinção de igrejas.

Em nosso tempo, estamos sendo testemunhas de um fenômeno extraordinário: a eliminação da igreja de um lugar onde existiu por aproximadamente 2000 anos. Os apuros da comunidade cristã do Iraque nos faz lembrar que a expansão da Igreja não é uma constante curva crescente.

Em seu livro de 2002, “O Próximo Cristianismo: A Vinda do Cristianismo Global”, o historiador Philip Jenkis disse falou sobre o mundo para o qual o Cristianismo estava se encaminhando. Neste último – “A História Perdida do Cristianismo: A Era Dourada de Mil Anos da Igreja no Oriente Médio, Africa e Asia – e Como Ela Morreu” (HarperOne, 2008) – Jeinkins considera de onde o Cristianismo veio.

O professor de Humanidades do Edwin Erle Sparks, da Estado da Pensinlvânia, primeiramente nota que a fé não é enraizada numa cultura única. “Quanto mais você considera a História, mas você se convence de que o Cristianisnismo não é somente uma religião da Europa”, ele diz. É europeu, mas também é asiático e africano, e tem um longa história de desenvolvimento nas mais diferentes sociedades.

Segundo, Jenkis mostra como e porque as igreja de regiões inteiras têm morrido. O editor da Christianity Today’s para projetos especiais, Stan Guthrie, falou com Jenkins

O que causa a morte da Igreja?

Em nenhum caso a Igreja parece desaparecer por causa da indiferença. O que mata a Igreja é a perserguição. O que mata a Igreja é a força armada, geralmente no interesse de outra religião ou ideologia antireligiosa, e as vezes isso pode significar a destruição ou remoção de uma comunidade étnica que pratica o Cristianismo. Então as igrejas morrem pela força. Elas são mortas.

Mas e sobre o antigo ditado: “O sangue dos mártires é a semente da Igreja”?

Isso foi dito por Tertuliano, que veio da igreja do norte da África, onde a Igreja desapareceu. Se você tivesse de procurar pela parte do Cristianismo mais saudável por volta de 400 a 500 D.C., você poderia muito bem olhar para o norte da África, nos lugares que chamamos de Tunísia e Argélia. Foi a terra de Agostinho. Então os árabes, os muçulmanos, chegaram. Eles conquistaram Cártago em 698 d.c. e 100 anos depois – Eu não digo que não havia cristãos lá, mas certamente havia somente um número muito pequeno.

Por que a perseguição às vezes fortalece a Igreja e em outras situações a destrói.

A diferença é de quê maneira a Igreja se estabelece na massa do povo e não se torna apenas um segmento em particular, uma classe ou um grupo étnico. No norte da África, é basicamente a igreja dos romanos e oradores latinos, oposta a igreja dos camponeses ignorantes com os quais os romanos não tem nenhuma conexão. Quando os romanos vão, o Cristianismo vai com eles. Mas o Cristianismo se estabeleceu muito cedo como religião do povo simples do Egito, quando as traduções eram feito para o cóptico. Como resultado, depois de quase 1.400 anos sob governo muçulmano, ainda há uma próspera Igreja cóptica que representa, talvez, 10% da população egípcia – o que eu particulamente considero como um dos maiores exemplos da sobrevivência do Cristianismo na História.

Qual dessas lições se aplicam ao Iraque, onde os cristãos estão sob pressão do muçulmanos?

Iraque é um exemplo clássico de uma igreja que é morta paulatinamente. Ela provavelmente deixará de existir ainda ainda nesse meu tempo de vida. Essa igreja provavelmente saiu de um percentual de 5% para o que é agora, 0,5%, nos últimos 50 anos. Essas perdas não podem se prolongar para sempre. Em um determinado ponto, tudo estará reduzido a uma ou duas pessoas.

Você acha que literalmente não haverá nenhum cristão no Iraquê?

Não. Mas eu acredito que as comunidades serão todas eliminadas como entidades. Há comunidades estranhas, incluíndo as da planíce de Níneve, mas elas são muito pequenas, e têm interesse em conseguir vistos de permissão para deixarem o país. Então quanto a questão da Igreja estar morrendo no Iraque, eu apontaria novamente para a perseguição, para o crescimento das ideologias islâmicas que tornam a vida intolerável para as comunidades minoritárias. É muito importante o papel do Estado. Se você remove o Estado, com a sua habilidade para manter as multidões sobre controle, então você abre a porta para a expulsão dessas minorias.

Você escreveu sobre o efeito catraca. O que significa?

É uma das piores coisas. A perseguição não precisa ser absolutamente constante por 500 ou 1000 anos. As minorias progridem perfeitamente bem por 50 anos e então há a perseguição e a população é reduzida. O efeito catraca gira mais outro “dente” do mecanismo, e a catraca vai numa só direção e não volta. Essa espécie de perserguição esporádica através dos séculos é o que realmente destrói a fé.

Como as igrejas podem responder à perseguição, fazendo crescer suas comunidades e a fé?

Depende de qual é o desafio. Se você está lidando com perseguição armada, então você realmente tem de adotar um modo de sobrevivência. Enquanto eu escrevia essa livro, eu me tornei consciente de uma questão, que é como podemos medir o sucesso de uma igreja. Eu sou tentado a fazer a medição em termos de números, se é 5% da população, 40%, ou outro número.

Mas eu suponho que um argumento poderia ser apresentado por um menonite ou um anabatista dizendo que a questão não é essa – a questão não é o sucesso numérico, mas a qualidade do testemunho, pois o Novo Testamento não garante sucesso terreno, nem crescimento nem mega-igrejas. Essa visão não inclui a perseguição como parte fundamental do pacote. Então é esse fato que nós temos de encarar.

Você diz que temos falta de um teologia da extinção da Igreja. Por que precisamos de uma?

Às vezes pergunto palestras quantas pessoas já leram um livro sobre o crescimento e o estabelecimento de uma igreja e muitas levantaram suas mãos. Então perguntou quantas pessoas tinha lido livros sobre a morte ou extinção de igrejas, e, virtualmente, ninguém levantou a mão. Mas na História, a morte de igrejas é um fenômeno muito comum. O Cristianismo se move de uma área para outra, mas morre em algumas áreas nas quais era bem forte. O fato viola muito daquilo que achamos sobre o crescimento dos cristãos. Nós temos um teologia de missões, não uma teologia de recuo. Então nós explicamos esses episódios como algo terrivelmente errado que as igrejas estão cometendo? Consideramos esses fatos como parte natural do desenvolvimento histórico? Por acaso pensamos que se o Islamismo substituisse os Cristianismo em países do o Iraque, então a expansão do Islamismo está dentro dos planos de Deus? Os cristãos lidam com coisas como a destruição de igrejas no Iraque simplesmente não tocando no assunto. Não prestamos nenhuma atenção nisso porque não sabemos nada sobre isso.

Então nossa ignorância é um produto de nossa situação histórica e talvez uma ação deliberada de desviar os olhos da carnificina?

É mais ou menos isso. Mas eu não quero criticar os americanos que, por exemplo, são muito conscientes dos sofrimentos dessas igrejas. E eles tentam aliviar o sofrimento e intervir politicamente. Mas supõem que igrejas de fato desaparecem. Na maior parte do Oriente Médio, o último século, desde 1915 tem sido catastrófico em termos de destruição ou aniquilação de igrejas. Eu realmente não conhece pessoas que estão escrevendo sobre isso ou tratando disso teologicamente.

Como você relaciona essa necessidade com o óbvio crescimento do Cristianismo ao redor do mundo?

Eu acho que coincidência não é uma palavra que deva ser usada por qualquer um que tenha algum senso de Providência, mas 1915 marca o início do fim dos cristãos no Oriente Médio, e o início do Cristianismo de massa na África. É como se alguém fechasse uma porta num lugar e abrisse num outro. Eu não diria que Deus abriu um olho e fechou o outro, mas quando o Cristianismo é mais fraco numa área, incríveis novas oportunidades se abrem em outras. Minha preocupação é que quando escrevemos sobre História Cristã, frequentemente o assunto é “vamos considerar esa expansão, e vamos considerar esse crescimento e essa nova oportunidade.”. Nós realmente não estamos vendo as portas que estão se fechando – o que seria um grande título para o livro.

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É LÍCITO AO CRISTÃO DESEJAR SER RICO?


Autor: CRISTIANO SANTANA


Durante uma determinada aula da Escola Bíblica Dominical, perguntei aos alunos se seria correto um cristão desejar ser rico. Surpreendentemente, todos levantaram as mãos dizendo que sim: não há nenhum problema quanto a um cristão desejar ser rico.

Ora, eram apenas alunos da EBD. Como eles estavam ali para aprender, tive a oportunidade de torná-los conscientes, biblicamente, sobre o grande perigo que corre aquele que resolve deixar crescer em seu coração esse desejo perverso por riquezas.

Terrível, porém, é constatar que essa visão tem como principal origem os púlpitos das igrejas, ocupados por líderes eclesiásticos, os quais propalam, em todas as direções, que a vontade de Deus é que acumulemos riquezas nesta vida, para a glória do Seu nome.

Não existe texto mais apropriado para refutar essa grande mentira do que 1Timóteo, versículos 5 a 10. Façamos, então, uma análise das sábias palavras do apóstolo Paulo.

"...supondo que a piedade é fonte de lucro" 

Os falsos mestres supunham "que a piedade é um meio de ganho lucro financeiro". "Piedade" aqui significa a profissão de fé cristã e não a verdadeira vida santificada no poder do Espírito Santo. Eles usavam a profissão religiosa como um meio de ganhar dinheiro. O que eles faziam não era um verdadeiro ministério; era apenas um negócio financeiro religioso.1

É impressionante notar que já na era apostólica existiam homens que utilizavam o cristianismo somente para se promoverem financeiramente. Esse versículo não deixa de ter um caráter profético, pois se cumpre integralmente em nossa época, através dos chamados "mercenários da fé", homens inescrupulosos, que se enriqueceram às custas dos servos de Deus; moram em mansões, possuem carros importados e cobram milhares de reais para pregar numa única noite. 

Sempre tive curiosidade em obter as respostas às seguintes perguntas:

-Quantas igrejas evangélicas existiriam, hoje, se o Evangelho não oferecesse nenhuma possibilidade de ganho financeiro? 

-Quantos "avivalistas, "conferencistas", "articulistas", etc., estariam atualmente pregando Brasil a fora, totalmente comprometidos com o ide do Evangelho, se pregar fosse de graça? 

-Quantos pastores teríamos, atualmente, cuidando fielmente das ovelhas do Senhor, se à semelhança do apóstolo Paulo, eles tivessem de construir tendas para sustento próprio?

Não tenho a resposta exata, em temos de números, mas sei que o número de igrejas, pregadores itinerantes e pastores seria muito menor.

"De fato, grande fonte de lucro é a piedade com o contentamento."

A piedade não dá ganho financeiro. Ela própria é ganho, quando acompanhada pelo contentamento. Autarkeias (contentamento) literalmente significa "auto-suficiência". Contudo essa suficiência é devido a suficiência de Deus (2Cor 9:8; Fil 4:11.13).  A piedade, combinada com aquela suficiência interior que é dada por Deus, que não depende das circunstâncias materiais,  é verdadeiramente, o grande ganho.2 

Realmente, o contentamento é uma dádiva que só é dada aos fiéis servos de Deus, que Dele dependem integralmente. A ambição por riquezas é como um buraco negro que não cessa a sua atividade enquanto não suga a tudo que estiver em sua área de influência; a ambição nunca descansa, sempre ávida por mais riquezas, por mais status. É uma sede que nunca termina. O contentamento que é negado a esses ambiciosos é uma verdadeira punição.

Há cristãos que dizem que só ficarão contentes quando tiverem uma casa maior, uma carro importado ou roupas de grife. Há, porém, cristãos que já vivem contentes, apesar das privações, isto porque já experimentam em suas vidas o contentamento pleno, a satisfação completa, concedida pelo Senhor, através do poder do Espírito Santo, o qual concede tudo que necessitam.

Porque nada trouxemos para este mundo e manifesto é que nada podemos levar dele.

Essas palavras nos fazem lembrar, quase que instantaneamente, as palavras do Jó: "Nu saí do ventre de minha mãe e nu voltarei; o SENHOR o deu e o SENHOR o tomou; bendito seja o nome do SENHOR! "

Devemos estar conscientes da transitoriedade da vida, de nossa fragilidade e lembrar, sempre, que "para morrer basta estar vivo".

Quando analiso o comportamento das pessoas, fico espantado ao constatar que muitos vivem como se a morte não existisse. Elas vivem dopadas pela ilusão de que poderão usufruir dos bens que possuem, para sempre. Esses "cristãos" precisam tomar um choque de realidade e perceber que as riquezas podem ser eternas, mas eles não, antes que o próprio Senhor lhes diga: "Louco, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será?"

Tendo, porém, sustento (alimento) e com que nos cobrirmos, estejamos com isso contentes.

Essas palavras de Paulo, a princípio, parecem absurdas, pois só alimento e roupas não satisfazem completamente as necessidades do homem, que precisa de educação, casa, profissão, lazer, etc.

Temos de captar o sentido mais profundo dessa declaração de Paulo. Alimento e roupas apontam para aquilo que é básico; que é suficiente. Certamente não podemos elaborar uma listagem fixa das coisas que são básicas para a vida de cada cristão, mas podemos dizer, que cada cristão, guiado pelo Espírito, sabe quais são as coisas básicas, imprescindíveis para que o propósito específico de Deus seja concretizado em sua vida. Se eu sei que o propósito de Deus para a minha vida é ser pastor, posso crer que o básico para a minha vida será ter uma família bem constituída, uma instrução teológica, um carro para me deslocar, sabedoria para conduzir o povo de Deus, etc. Se eu sei que o propósito de Deus para a minha vida é que eu seja músico, terei, basicamente, de adquirir um instrumento, fazer aulas de música, etc. 

O problema é que alguns cristãos querem transpor os limites daquilo que é básico e suficiente para suas vidas. Alimentam ambições que estão além de seus potenciais, sonham com coisas que absolutamente não trarão nenhum benefício para suas vidas espirituais, pensam escalar montanhas que os derrotarão antes de chegarem ao topo.

Mas os que querem ser ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína.

Nota-se que a condenação não recai sobre o fato de ser rico, mas se dirige contra a vontade de ser rico. 

As palavras são enfáticas e referem-se a pessoas que são determinadas a ficarem ricas; que fazem disso o objeto e o alvo de suas vidas. Elas vivem para conseguir dinheiro, para conseguir tudo que puderem e manter tudo que conseguirem. Elas não têm medo dos perigos pois buscam as riquezas através de meios honestos. Certamente o apóstolo não se referia àqueles que ficaram ricos através de roubo, sequestro, extorsão, etc.3

Esse tipo de pessoa cai em tentação e em cilada e se afoga na ruína e perdição, mesmo que achando que está agindo honestamente. Pensemos em tudo que Ló perdeu quando colocou seu olhos em Sodoma e Gomorra. Infelizmente a doutrina da prosperidade surgiu para alimentar ainda mais esse desejo irracional de sucesso. Não suporto assistir a programas televisivos de certas igrejas, nos quais são apresentados testemunhos de pessoas que, através da fé, consquistaram carros, empresas, barcos, mansões. Tenta-se convencer a todos que a riqueza é o sinal benção divina. Enojado, mudo logo de canal.  Queria que esses pastores pregassem sobre prosperidade nos países pobres da Africa onde a fome, a doença, a miséria e guerra civil imperam. 

É claro que Biblia tem vários exemplos de ricos servos de Deus, como por exemplo, Abraão, Isaque, Jáco e Jó. Devemos ressaltar, porém, que nenhum deles buscou a riqueza como meta final de suas vidas. As circunstâncias, o trabalho deles e a vontade de Deus concorreram para que eles acabassem ficando ricos. O fato de não podermos desejar ser ricos não significa que Deus não possa querer nos tornar ricos. A concretização dos planos de Deus na vida de alguns cristãos, por seu elevado propósito, às vezes exige a riqueza como condição, mas são casos pontuais e não pode ser erigida nenhuma doutrina de prosperidade baseada nesses casos específicos. Que Deus deseje que eu fique rico, mas não eu.

Porque o amor do dinheiro é raiz de toda espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé e se traspassaram a si mesmos com muitas dores.

Talvez seja melhor traduzir pantoon toon kakoon, como "de todos esses males"; isto é, os males enumerados acima; pois não pode ser verdade que o amor ao dinheiro seja a raiz de todos os males. Certamente o amor ao dinheiro não foi a raiz através da qual a transgressão de Adão se espalhou por toda a humanidade, mas é a raiz através da qual todos os males mencionados no versículo precedente brotam. Esse texto tem sido, muitas vezes, citado erronamente, pois frequentemente ouvimos: "o dinheiro é  raiz de todos os males". O dinheiro não é a raiz de todos os males, nem é um mal em si; mas o amor ao dinheiro é a causa de todos os males mencionados aqui.4

Realmente o dinheiro é raiz de muitos males. Basta pensarmos que a maior parte dos dez mandamentos podem ser quebrados tendo como causa o amor ao dinheiro. Pelo dinheiro, matamos, adulteramos, damos falso testemunho, furtamos e cobiçamos. Quebramos, também, o primeiro mandamento quando transformamos o dinheiro no deus de nossas vidas. 

Concluo, orando a Deus para que as mentes dos cristãos atuais sejam iluminadas pelas palavras poderosas das Sagradas Escrituras que é a única capaz de desmascarar as mentiras propagadas por Satanás, dentre elas, a infame Teologia da Prosperidade.

Bibliografia:

1 - The Bible Exposition Commentary
2-Bible Knowledge Commentary
3-Adam Clark Commentary
4-Jamieson, Fausset e Brown Commentary
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Menos de 1% dos americanos tem uma cosmovisão bíblica.



Fonte: The Christian Post
Tradução: CRISTIANO SANTANA


A geração Mosaico, aqueles entre a idade de 18 e 23 anos, raramente tem uma cosmovisão bíblica, como definida pelo Grupo Barna. A pesquisa descobriu que menos na metade de 1% dessa geração tem uma cosmovisão bíblica.

Uma cosmovisão bíblica, como definida pelo estudo, é acreditar que existam verdades morais absolutas; que a Bíblia é completamente exata em todos os seus princípios; Satanás é considerado como um ser real, não meramente simbólico; a pessoa não pode ganhar o céu apenas tentando boas obras; Jesus Cristo viveu um vida sem pecado na terra; e Deus é o Onisciente,  Todo-Poderoso, Criador do mundo e que governa todo o Universo.

Somente se alguém apoiasse essas crenças é que a pesquisa o considerava como tendo uma cosmovisão bíblica.

George Barna, que dirigiu a pesquisa, comentou sobre o padrão de geração problemática que sugere que “os pais não estão focados em guiar seus filhos para uma cosmovisão bíblica”

“Um dos desafios para o pais, entretanto, é que você não pode dar o que você não tem, e muitos pais não possuem tal perspectiva bíblica da vida”, como ele notou.

A pesquisa mostra que somente 8% dos americanos adultos tem uma visão bíblica do mundo, que embora seja significativamente mais alta do que o geração Mosaico, ainda é pequena, em proporção ao total da população.

Entre os “cristãos nascidos de novo”, o estudo descobriu que eles têm duas vezes mais chance de possuir uma cosmovisão bíblica do que o adulto típico. De qualquer forma, isso equivale a apenas um entre cada cinco americanos “nascidos de novo”, uma pequena minoria, conforme o estudo apontou.

Cristãos nascidos de novo são definidos por Barna como aqueles que disseram possuir um compromisso pessoal com Jesus e que têm certeza de que vão para o céu quando morrerem porque confessaram os seus pecados e aceitaram a Jesus como seu salvador.

Uma dos problemas que os adultos americanos e os cristãos “nascidos de novo”  têm com a definição cosmovisão bíblica inclui acreditar que a verdade moral é absoluta e não é circunstancial.

Somente um terço de todos os adultos americanos típicos mantém essa visão, e embora mais cristãos “nascidos de novo” acreditem em uma verdade moral absoluta, mesmo assim, menos da maioria desses “nascidos de novo” possui esse ponto de vista (46%)

Outra crença com a qual os adultos americanos lutam é a visão de que Satanás é uma força real. Um pouco mais de um quarto dos adultos (27%) acreditam que Satanás é real, e menos do que a metade dos adultos “nascidos de novo” (40%) tem essa visão.

Também, 28% de todos os adultos e 47% do “nascidos de novo” acreditam que é impossível que alguém consiga ir para o céu através de boas obras.

O público americano em geral e a população de cristãos “nascidos de novo” diferem grandemente quanto à crença de que Jesus viveu uma vida sem pecado na terra. 40% dos adultos mantém essa crença, enquanto 62% dos “nascidos de novo” estão convencidos de que Jesus não tinha pecado.

George Barna comentou que “Há um série de padrões dignos de nota. Primeiro, embora a maioria dos americanos considerem a si mesmos como cristãos e digam que conhecem o conteúdo da Bíblia, menos do que um entre dez dos americanos demonstram possuir tal conhecimento através de suas ações.

Ele também notou que o estudo levanta questões sobre quão efetivo tem sido o trabalho das igrejas cristãs, escolas e ministérios paraeclesiásticos em seus trabalhos de educação cristã.

“Finalmente, embora o elemento central de ser cristão é abraçar princípios bíblicos básicos e incorporá-los dentro da cosmovisão de alguém, não tem havido mudanças no percentual de adultos ou cristãos “nascidos de novo” nos últimos 13 anos, no que diz respeito a possuir uma cosmovisão bíblica, disse o fundador do Grupo Barna.

Comparado com estudo similares anteriores do Grupo Barna, os resultados desse ano demonstram que a cosmovisão americana típica tem permanecido inalterada por mais de uma década.

Em 1995, por exemplo, 7% dos americanos adultos tinham uma cosmovisão bíblica, comparado com 8% em 2008.

Mesmo entre os adultos “nascidos de novo” o percentual permaneceu o mesmo, com 18% tendo uma cosmovisão bíblica em 1995, 22% em 2000, 21% em 225, e 19% em 2008.

A pesquisa é baseada em quatro pesquisas nacionais realizadas por telefone e conduzidas pelo Grupo Barna, incluíndo entre 1002 e 1005 adultos, selecionados aleatoriamente, nos anos de 1995, 2000, 2005 e 2008. As entrevistas foram conduzidas entre os adultos em 28 estados do continente.

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