Por Cristiano Santana
1) Deus não é obrigado a abençoar dizimista que é mentiroso, adúltero, espancador de esposa ou tenha qualquer afinidade com o pecado. Se fosse assim ele teria poupado Jerusalém de ser destruída pelos romanos, pois os fariseus davam o dízimo de tudo, até do cominho, da hortelã e do endro. Isso não evitou que o castigo viesse sobre os judeus cuja maior desobediência foi rejeitar a mensagem da salvação. Se dissermos que a lei da semeadura e da colheita financeira se processa segundo um sistema automático de dar e receber, sem nenhuma dependência com a vida espiritual da pessoa, então somos obrigados a dizer que Deus é obrigado a abençoar financeiramente um dizimista que gosta de ver material de pedofilia e de zoofilia na internet e que utiliza parte de seu dinheiro para transar com prostitutas em bordéis, o que seria uma afirmação completamente absurda. Nesse caso Deus abençoaria até a Hitler se ele fosse dizimista. É certo que toda a maldição de Deus recai sobre um ser depravado como esse. Deus não tem compromisso de qualquer tipo para com quem vive deliberadamente na prática do pecado.
2) Qualquer oferta para Deus, é acima de tudo, uma manifestação de agradecimento pelas bençãos que já foram concedidas e não uma forma de negociar com o Todo-Poderoso, como se Ele fosse obrigado a retribuir financeiramente o que foi dado, com juros e correção monetária. O homem sempre deverá a Deus e não o contrário.
3) O que se faz com o dinheiro do dízimo não é um problema só do pastor. Também é um problema do dizimista que, ao invés de se eximir, dizendo que já cumpriu o seu dever junto a Deus, deve assumir a sua obrigação de fiscalizar a destinação que é dada ao dinheiro dos fiéis. Legalmente a igreja é uma associação, uma organização religiosa, regulamentada por um Estatuto. Isso significa que deve haver uma prestação de contas adequada a todos os seus associados. Deve-se perguntar àquele que discorda dessa afirmação se ele, como dizimista, gostaria de frequentar uma igreja com bancos sempre quebrados, com gotejamentos intensos em dias de chuva, com banheiros fétidos, cujo pastor fosse visto passeando pra lá e pra cá no seu carro, novinho em folha.
4) Agem de má-fé aqueles que tentam incutir na mente do povo de Deus que dar o dízimo é o mandamento supremo que não pode ser descumprido nunca, seja qual for o pretexto. Com certeza há mandamentos maiores do que o dízimo. Qual filho não sacrificaria o dinheiro do seu dízimo para comprar remédios para a sua mãe que esteja à beira da morte? Jesus disse "Misericórdia quero e não sacrifícios". Paulo também disse que honrar o pai e a mãe é o primeiro mandamento com promessa. (Efésios 6)
5) Aqueles que vivem discutindo se o dízimo deve ser calculado sobre o bruto ou sobre o líquido recaem no mesmo erro dos fariseus que adotaram um estilo rigoroso de vida através da observação de preceitos rígidos e detalhados com origem unicamente humana. Se o dízimo sobre o salário bruto tivesse de ser levado ao pé da letra, por exemplo, o crente teria de dar o dízimo até mesmo do valor referente ao fundo de garantia que o patrão deposita na sua conta vinculada, todo mês. Cada contra-cheque tem as suas particularidades, dependendo da área de atuação profissional do cristão. Alguns descontos são reembolsados depois, outros não. Discutir se o dízimo é sobre o líquido ou sobre o bruto teria soluções infinitas assim como são infinitos ou tipos de contra-cheques. Que seja encaminhada à consciência do próprio crente a decisão de quanto ele dará a título de dízimo. Deus não está preocupado com essas minúcias.
6) Deus não é um carrasco que deixa um devorador de plantão à porta de nossa casa espiando se vamos dar o dízimo naquele mês ou não com o intuito de castigar-nos com a miséria caso esqueçamos de cumprir esse compromisso financeiro. Acordem! Deus não é esse monstro. Deus é nosso Pai. Ao crente pertence a benção de Abraão. (Gálatas 3:10-13) Não é qualquer situação episódica que tirará o cristão desse estado de bem-aventurança. A benção de Deus não é um bem hipotecado que nos é tirado se não temos dinheiro para pagar.
7) Dar o dízimo não impede que tragédias venham a suceder na vida do crente. Será que alguém já parou para pensar que milhares de dizimistas perderam suas casas ou vidas nessa terrível tragédia que assolou os estados do Nordeste, causada pelas chuvas? Quantos dizimistas haviam dentro das torres gêmeas do World Trade Center, quando elas caíram? Porventura os dizimistas foram poupados da mortandade causada pelo terrível terremoto no Chile? Dar dízimo teria evitado a morte de milhões de cristãos durante a Inquisição da Idade Média, levada a efeito pela Igreja Católica?
1) Deus não é obrigado a abençoar dizimista que é mentiroso, adúltero, espancador de esposa ou tenha qualquer afinidade com o pecado. Se fosse assim ele teria poupado Jerusalém de ser destruída pelos romanos, pois os fariseus davam o dízimo de tudo, até do cominho, da hortelã e do endro. Isso não evitou que o castigo viesse sobre os judeus cuja maior desobediência foi rejeitar a mensagem da salvação. Se dissermos que a lei da semeadura e da colheita financeira se processa segundo um sistema automático de dar e receber, sem nenhuma dependência com a vida espiritual da pessoa, então somos obrigados a dizer que Deus é obrigado a abençoar financeiramente um dizimista que gosta de ver material de pedofilia e de zoofilia na internet e que utiliza parte de seu dinheiro para transar com prostitutas em bordéis, o que seria uma afirmação completamente absurda. Nesse caso Deus abençoaria até a Hitler se ele fosse dizimista. É certo que toda a maldição de Deus recai sobre um ser depravado como esse. Deus não tem compromisso de qualquer tipo para com quem vive deliberadamente na prática do pecado.
2) Qualquer oferta para Deus, é acima de tudo, uma manifestação de agradecimento pelas bençãos que já foram concedidas e não uma forma de negociar com o Todo-Poderoso, como se Ele fosse obrigado a retribuir financeiramente o que foi dado, com juros e correção monetária. O homem sempre deverá a Deus e não o contrário.
3) O que se faz com o dinheiro do dízimo não é um problema só do pastor. Também é um problema do dizimista que, ao invés de se eximir, dizendo que já cumpriu o seu dever junto a Deus, deve assumir a sua obrigação de fiscalizar a destinação que é dada ao dinheiro dos fiéis. Legalmente a igreja é uma associação, uma organização religiosa, regulamentada por um Estatuto. Isso significa que deve haver uma prestação de contas adequada a todos os seus associados. Deve-se perguntar àquele que discorda dessa afirmação se ele, como dizimista, gostaria de frequentar uma igreja com bancos sempre quebrados, com gotejamentos intensos em dias de chuva, com banheiros fétidos, cujo pastor fosse visto passeando pra lá e pra cá no seu carro, novinho em folha.
4) Agem de má-fé aqueles que tentam incutir na mente do povo de Deus que dar o dízimo é o mandamento supremo que não pode ser descumprido nunca, seja qual for o pretexto. Com certeza há mandamentos maiores do que o dízimo. Qual filho não sacrificaria o dinheiro do seu dízimo para comprar remédios para a sua mãe que esteja à beira da morte? Jesus disse "Misericórdia quero e não sacrifícios". Paulo também disse que honrar o pai e a mãe é o primeiro mandamento com promessa. (Efésios 6)
5) Aqueles que vivem discutindo se o dízimo deve ser calculado sobre o bruto ou sobre o líquido recaem no mesmo erro dos fariseus que adotaram um estilo rigoroso de vida através da observação de preceitos rígidos e detalhados com origem unicamente humana. Se o dízimo sobre o salário bruto tivesse de ser levado ao pé da letra, por exemplo, o crente teria de dar o dízimo até mesmo do valor referente ao fundo de garantia que o patrão deposita na sua conta vinculada, todo mês. Cada contra-cheque tem as suas particularidades, dependendo da área de atuação profissional do cristão. Alguns descontos são reembolsados depois, outros não. Discutir se o dízimo é sobre o líquido ou sobre o bruto teria soluções infinitas assim como são infinitos ou tipos de contra-cheques. Que seja encaminhada à consciência do próprio crente a decisão de quanto ele dará a título de dízimo. Deus não está preocupado com essas minúcias.
6) Deus não é um carrasco que deixa um devorador de plantão à porta de nossa casa espiando se vamos dar o dízimo naquele mês ou não com o intuito de castigar-nos com a miséria caso esqueçamos de cumprir esse compromisso financeiro. Acordem! Deus não é esse monstro. Deus é nosso Pai. Ao crente pertence a benção de Abraão. (Gálatas 3:10-13) Não é qualquer situação episódica que tirará o cristão desse estado de bem-aventurança. A benção de Deus não é um bem hipotecado que nos é tirado se não temos dinheiro para pagar.
7) Dar o dízimo não impede que tragédias venham a suceder na vida do crente. Será que alguém já parou para pensar que milhares de dizimistas perderam suas casas ou vidas nessa terrível tragédia que assolou os estados do Nordeste, causada pelas chuvas? Quantos dizimistas haviam dentro das torres gêmeas do World Trade Center, quando elas caíram? Porventura os dizimistas foram poupados da mortandade causada pelo terrível terremoto no Chile? Dar dízimo teria evitado a morte de milhões de cristãos durante a Inquisição da Idade Média, levada a efeito pela Igreja Católica?
Ainda que estejam em desacordo com seus próprios teólogos, a maioria dos historiadores da igreja escreve que o dízimo não chegou a ser uma doutrina aceita na igreja por mais de 700 anos após a cruz. De acordo com os melhores historiadores e enciclopédias, não foi senão até após 500 anos que o concílio local da igreja de Macón, na França, no ano 585, tentou, sem sucesso, impor dízimo sobre seus membros. Não foi senão a partir do ano 777 que Carlos Magno permitiu que a igreja, por aval de lei, pudesse recolher os dízimos.
A IGREJA CRISTÃ PRIMITIVA NUNCA COBROU DÍZIMOS!
Isso deve ficar muito claro para se evitar os costumeiros equívocos.
Vamos lá:
a) 1Cor 16:1-2 nos mostra que as contribuições eram recolhidas no primeiro dia da semana daquilo que os fiéis conseguiam poupar para tal - Tal valor era enviado para sustentar os pobres da Igreja de Jerusalém e nada se refere a serviços sacerdotais.
b) 2Cor 8:13-15 nos mostra que o objetivo das contribuições é o da igualdade social. Trata-se, pois de um princípio redistribuição de recursos. Os que possuem mais doam para os necessitados.
c) Justino confirma plenamente a prática comunitária cristã vista no item "b" quando afirma: "e aqueles dentre nós que possuem bens ajudam a todos os necessitados, e ajudamos sempre uns aos outros."
d) Tertuliano, da mesma forma, esclarece a destinação dos recursos aos necessitados e mais - diferencia as contribuições voluntárias cristãs da seguinte forma: ". Embora entre nós exista um caixa comum, ele não é constituído por contribuições honorárias de honorária summa], como se fosse o preço de uma religião posta à venda."
e) Por fim, “o texto da Didaquê nos fornece a fundamental indicação:”. E quando o apóstolo vai embora, não o deixe levar nada além de pão até que ele se hospede. Se ele pedir dinheiro, ele é um falso profeta. ""
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CLAUDIO PIMENTA
Concordo com seu texto, mas por que a igreja crista primitiva nao cobrava dizimos ? so foi cobrado por volta do ano 777 de nossa era crista ?
POR gentileza veja esse texto!
muitos historiadores da igreja escrevem que o dízimo não se tornou uma doutrina aceita na igreja, durante mais de 700 anos após o Calvário. Os antigos pais da igreja, antes de 321 d.C. (quando Constantino tornou o Cristianismo uma religião legal) se opunham ao dízimo, considerando-o uma doutrina puramente judaica. Clemente de Roma (Ano 95), Justino Mártir (150), o Didaquê (150-200) e Tertuliano (150-220) se opunham ao dízimo. Até mesmo Cipriano (200-258) rejeitou a introdução do dízimo incluído na distribuição aos pobres.
De fato, os antigos líderes da igreja praticavam o ascetismo. Isso quer dizer que ser pobre era a melhor maneira de servir a Deus. Eles copiavam sua adoração conforme as sinagogas judaicas, as quais tinham rabinos que se auto-sustentavam, recusando-se a receber dinheiro para ensinar a Palavra de Deus (Ver Schaff - “History of Christian Church”, vol. 2, 63, 128, 98-200, 428-434).
Segundo os melhores historiadores e enciclopédias, 500 anos se passaram até que a igreja, no Concílio de 585, tentasse, sem sucesso algum, forçar os seus membros a dizimar. Mas não foi antes de 777 d.C. que o Imperador Carlos Magno permitiu legalmente que a igreja coletasse dízimos [É claro que a Igreja de Roma, a qual coroou Carlos Magno, foi quem ressuscitou o dízimo, por causa da sua desmedida ganância por riqueza material].
Clemente de Roma (c95), Justino, o Mártir (c150), Irineu (c150-200) e Tertuliano (c150-200), todos se opunham ao dízimo por ser estritamente uma tradição judaica. O Didaquê (c150-200) sancionava aos apóstolos itinerantes que ficavam mais de três dias e depois pediam dinheiro. Os viajantes que decidiam se combinar com eles viam-se obrigados de aprender um ofício. Os que ensinam o dízimo não citam as declarações destes pais da igreja que se opunham ao dízimo.
Cipriano (200-258) fracassou quando tentou impor o dízimo em Cartago, África do norte, ao redor do 250 DC. No entanto, quando se converteu, Cipriano entregou sua grande riqueza pessoal aos pobres e tomou um voto de pobreza. E – devemos recordar – suas idéias do dízimo não foram adotadas.
Quando os mestres do dízimo citam a Ambrósio, Crisóstomo e Agostinho, como os assim chamados "pais da igreja", por pura conveniência não incluem os primeiros 200 anos da história da igreja. Ainda, depois que o cristianismo foi legalizado, no século quarto, muitos dos grandes líderes espirituais tomaram votos de suma pobreza preferindo viver vida de solteiros em monastérios. Se é que vão citar a estes mestres do dízimo, então a igreja também deve observar o tipo de vida que eles viviam.
Prezado Cláudio
Realmente, a tradição histórica da Igreja testemunha mais contra a prática do dízimo do que a favor.
Entretanto, a minha posição é igual a de muitos outros, ou seja, que qualquer contribuição para a igreja deve provir de um coração absolutamente espontâneo, sem nenhum tipo de coação.
Um grande abraço meu irmão
Prezado Cristiano, realmente tambem concordo com seu comentario muito equilibrado, mas admitir a cobrança como e feito em nossas igrejas do dizimo e suas maldiçoes e o mesmo que admitir a guarda do sabado e outros simbolismos puramente para judeus.
NAO sou contra as contribuiçoes sejam dizimos ofertas ou coisas do tipo mas JÁ que cobram dizimos como na lei, e os lideres dao tambem o dizimo dos dizmos como na lei deveriam tambem APLICAR o dizimo como na lei.
UM terço para o sacerdote e sua familia (pastor,bispo,apostolo, vice-deus, arkanjo ou querubin)
UM TERÇO para os levitas e manutençao do templo (predio e organizaçao)
UM terço para o pobre viuvas orfaos ou nescessitados
O que vemos hoje e uma elite evangelica de pastores,filhos netos esposas e parentes de pastores muito bem de vida financeira comendo o file e os irmaos quando tem uma necessidade geralmente nao sao atendidos pela igreja
Fui domingo, 11/07 na cadesc, e não pude vê-lo. Ainda bem que não foi, pois o tema da pregação em certo ponto descambou justamente para o item 6 (Deus não é um carrasco que deixa um devorador ... ) - só que afirmando que assim acontece, que "Deus nos livra do gafanhoto devorador se dermos o dizimo", ou seja essa velha cantiga jamais vai terminar junto com a outra (distorção da verdade de Malaquias 3 - sobre o "roubar a Deus nos dizimos e nas ofertas alçadas" que os hereges de plantão dizem que são as ovelhas que fazem isso ao invés de dizerem a verdade que o texto literalmente mostra que é para os sacerdotes da época (que eram líderes) que recebiam (das ovelhas) mas não repassavam aos necessitados.
Teve mais, como atribuir sacerdócio ao pastor. E pra terminar o famoso chavão: "Este é o melhor lugar do mundo, pois é a casa do senhor".
Pedro deve ter errado ao pronunciar que vós sois o sacerdócio real, a Nação Santa, povo especial adquirido ...
E Paulo "Deus não habita em templos feitos por mãos humanas".
E se a desculpa for que não é habitação, mas a frase é por causa da posse, então gostaria que algum desses "teológos hereges" me dissessem o quê no universo inteiro não pertence a Deus?
Cristiano, seu artigo todo fundamentado à luz da hermenêutica, muito bom e proveitoso para quem quer se iterar da verdade...Gilson e Claudio vocês foram excepcionais nos comentários. Paz do Senhor meus irmão, Adacildo.
Foi a melhor explicação que li sobre se o dízimo deve ser do bruto e do líquido... realmente, aqueles que falam que dão do bruto, estão mentindo, pois nunca ouvi falar alguém que dê dízimo do FGTS. Parabéns pelo artigo, muito esclarecedor.
Concordo com VC, Claudio!Infelizmente em nossas Igrejas hoje em dia, só querem explorar os fiéis, virou um comércio, não posso generalizar, mais quase todas as Igrejas só querem o dinheiro dos fiéis!
Excelente artigo, parabéns.