Realmente o Brasil vai muito bem: Previsão de crescimento do PIB em até 7% em 2010, controle da inflação, juros menores, aumento da renda per capita, investimento maciço de capital estrangeiro no país, melhorias na distribuição de renda, visibilidade e respeitabilidade no exterior, descoberta do Pré-Sal, etc. Em qualquer residência humilde que se entre, é possível ver os reflexos dos avanços sociais e econômicos: microondas, tv LCD, DVD (ou até blue-ray), máquina de lavar, assadora "Foreman Grill", etc. Devido à grande facilidade de crédito a maior parte dos cidadãos podem ter acesso a esses bens de consumo que há tempos atrás eram considerados artigos de luxo.
Diante de tal conjuntura, é inevitável que muitos cristãos decidam votar na Dilma Roussef, amparados naquele antigo ditado, "não se mexe em time que está ganhando". Para que se arriscar, votando em outro candidato, se a sucessora do atual presidente é capaz de garantir que permaneçamos com o bucho cheio?
Vejo nessa forma de pensar um grande equívoco, ou melhor, uma soma de vários equívocos, que passo a relacionar abaixo:
1) A boa situação do Brasil não é mérito único e exclusivo do Lula.
Todos nós sabemos que essa caminhada do Brasil, rumo ao status de potência mundial, teve início nos idos de 1994 com o Plano Real. De lá pra cá várias medidas foram tomadas, no campo político, financeiro e legislativo que superaram vários entraves ao crescimento. Podemos citar a Lei de Responsabilidade Fiscal, o controle da inflação, a estabilidade democrática assegurada pela Constituição de 1988, reformas estruturais, entre outras.
Não se pode alçar o Lula à posição de herói nacional, como se ele, sozinho, tivesse resolvido todos os problemas do Brasil. É notório que ele apenas deu continuidade às políticas anteriores. Quem esparava que ele fosse cumprir a sua promessa de dar um calote no FMI, quando assumimisse, se decepcionou. Lula seguiu, rigorosamente, a cartilha do FHC, sobretudo no que diz respeito à austeridade no controle das contas do governo, e acabou conquistando a vitória de quitar a dívida externa. Quem apostaria que o Lula um dia ameaçaria vetar um aumento para os aposentados, como aconteceu há dias atrás? Fica evidente que ele só está seguindo as regras do jogo. É o famoso continuinismo.
2) O crescimento econômico do Brasil é um fenômeno progressivo e inevitável que não depende das eleições para a presidência.
Na época em que o Lula foi eleito havia uma grande apreensão sobre o futuro do país, já que se falava em calote ao FMI e em reformas radicais internas, um temor justificadamente fundado no discurso agressivo do então candidato-operário.
Hoje, os investidores internacionais não estão dando a minima para quem vai ser o próximo presidente do Brasil. Eles sabem que a projeção de poder do Estado brasileiro não está solta no ar. Está lastreada em um base material. O país entrou num círculo virtuoso de crescimento. É como uma engrenagem que, uma vez posta em funcionamento, chegará a um bom resultado, caso não há maiores imprevistos. A maior causa dessa estabilidade é o fortalecimento de instituições importantes, como o Poder Judiciário, o Banco Central, o Ministério Público, o Tribunal de Contas da União, tudo isso alavancado por leis que normatizam, cada vez, toda as esferas da administração pública. Seja a Dilma, seja o Serra, ou a Marina, só uma administração terrivelmente desastrosa impedirá que o Brasil continue crescendo.
3) A adoção de um critério de votação puramente material e pragmático não se coaduna com a ética cristã.
O cristão que diz que vai votar na Dilma porque está satisfeito com a casa, os eletromésticos e o carro que conseguiu, na verdade está infectado por valores do pós-modernismo que são completamente opostos aos valores bíblicos. A industria midiática cada vez vai nos incentiva a consumir, consumir e consumir. Assim, na época em que vivemos, governo bom é aquele que possibilita graus cada vez maiores de consumo, não importa se ele incentiva o casamento de gays, a prática de aborto, o sexo sem restrições. Como foi falado, se o crente está com o bucho cheio, então "tá tudo bem".
Lembro-me agora do nazismo. Enquanto Hitler mandava milhões de judeus para as câmaras de gás dos campos de concentração, o povo alemão vivia feliz, usufruindo de uma situação próspera e acreditando nas lindas promessas do Terceiro Reich. Ninguém se importava com as idéias macabras do 'Fuhrer". O importante era ter casa, roupa e comida na mesa. Foi um grave crime de omissão da parte do povo alemão, que acabou sofrendo as terríveis consequências de sua conivência após a derrota e o suicídio de Hitler.
Agora testemunhamos uma situação semelhante. Cristãos irão votar na Dilma Roussef, mesmo estando cientes de suas perversas intenções legislativas, de sua declarada oposição àquilo que é mais caro ao Cristianismo: a vida e a família. Irão votar em uma pessoa que quase nada inspira de bom, pelo simples motivo de desejarem assegurar a continuidade de uma situação de conforto financeiro. Eles querem continuar a gozar das delícias de um terra que mana leite e mel.
Como tudo isso é contrário à Palavra de Deus! Bússula que nos orienta a pensar e agir de acordo com os mandamentos do Senhor, ainda que tal postura implique na perda da própria vida! Foi assim que agiram os profetas, os apóstolos, os mártires da Inquisição. E é assim que deve agir o cristão do Brasil moderno. Os instrumentos do anticristo devem ser desmascarados seja qual for a consequência. O imperativo é enfrentar qualquer sistema que se levante contra os valores do Reino de Deus.
4) O Brasil não está crescendo por causa do político "A" ou "B". Esta nação está crescendo por causa dos crentes.
Há algum tempo escrevi um artigo, inspirado no livro "A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo", de Max Weber, no qual defendi a tese de que o Brasil está prosperando por causa da multidão de cristãos fiéis a Deus que tem orado por este país. Weber defendeu que países como os Estados Unidos só se transformaram em super-potências por causa da religião protestante, profundamente influenciada pelas idéias calvinistas, que incentivavam o indivíduo a trabalhar e lutar pelo seu próprio progresso. Em outras palavras, a busca da prosperidade era uma atividade complemente legitimada pelo protestantismo.
Creio que Weber analisou de um ponto de vista estritamente racionalista e sociológico. Acho que ele esqueceu que os primeiros colonizadores americanos eram pessoas extremamente piedosas. considerando que a Bíblia diz que "bendita é a nação cujo Deus é o Senhor", creio que aquele país foi grandemente abençoado por causa da devoção e da espiritualidade de seus primeiros habitantes.
Não é estranho que agora estejamos testemunhando uma certa decadência do Estado americano, que agora não tem mais todo aquele domínio mundial que teve durante a guerra fria. É muito interessante perceber que a última crise financeira mundial, de 2008, afetou muito mais os EUA do que o Brasil. Tal crise foi chamada por Lula de "marolinha", devido ao pouco impacto que teve na economia tupiniquim. Creio que a causa dessa decadência seja da imoralidade que grassa naquele país. Pior do que isso é a frieza espiritual que tem afetado os crentes daquele país, cada vez mais afetados pelo secularismo. A palavra de Deus não falha. Esse estado de coisas acaba tendo reflexos na economia de uma país, pois sabemos que a benção vem dos céus, vem de Deus, e sabemos que Deus não abençoa nenhuma nação iníquia.
Quanto ao Brasil, eu creio está crescendo porque a benção de Deus está sendo derramada. Agora é um cristão para cada 4 habitantes, ou seja, 25%. Essa representatividade não pode se apenas quantitativa, tem de se qualitativa. Quanto mais os crentes brasileiros estiverem comprometidos com os valores do Reino de Deus, mais o país será abençoado. A prosperidade do Brasil depende da ação decisiva dos fiéis em rejeitar candidatos como Dilma Roussef, a grande colaboradora do império das trevas.
Votar na Dilma porque o Brasil está indo bem, porque tem mais carne na mesa, pode ser um tiro no próprio pé. Deus certamente irá se irar com isso e retirará a benção.
Caro colega, pena que poucas pessoas leem blogs ou coisas que realmente trazem conhecimentos! Se pudéssemos divulgar isso a todos que tem acesso a um computador, pode ter certeza que o resultado seria outro! Parabéns! Que Deus tenha misericórdia do nosso País!
Para um bom entendedor meia palavra basta,ñ gosto dessa condução sorrateira em favor da candidata evangélica, Deus vai retirar a benção? pq ñ votei na sua candidata? seria isso uma chantagem? O Deus que eu conheço para ele ñ existe nada demasiadamente maravilhoso ou grande que ele ñ possa fazer pelos seus, ele ñ depende de Lula, Dilma ou da fiel Marina para abençoar o seu povo.
Até que enfim alguem percebeu isso. Muito bacana!
O Brasil está indo bem e isso não é mérito do Lula. O Brasil está melhorando desde o plano real e o impeachement do Collor. Desde que os crentes batalharam por interceder por este país em plena praça pública.
Ternome de crente não basta para presidir um país. Tem que ter carácter!
Caro irmão,
Concordo com a idéia de que o Lula não é o único responsável pelo crescimento do país. Agora dizer que esse crescimento é um desdobramento natural sem a participação do governo, aí já é forçar demais a barra, né?!
Quanto à política financeira, não resta dúvidas que o atual governo seguiu a cartilha, não de FHC coisa alguma, mas dos credores internacionais, dos investidores e dos especuladores, assim como muitos outros países da América Latina que hoje encontram-se na sarjeta econômica.
Lula tem méritos sim, senão admitiríamos que a figura do presidente é completamente dispensável. Que haja coerência na defesa das idéias!
Lula tem méritos em incrementar o salário mínimo que na sua gestão teve aumento real (acima da inflação) depois de muitos anos aquecendo a economia interna e blindando o país contra a segunda maior crise financeira da história (só perde pra 1929). Lula tem méritos em dimiuir a diferença de renda entre as regiões Sul-Sudeste e Norte-Nordeste e tirar milhões de brasileiros da linha de pobreza transformando-os em consumidores. Lula tem mérito em efervescer o mercado interno que puxou o crescimento do país quando este chegou a 5%. Lula tem méritos em ser o presidente que mais investiu em educação superior construindo várias universidades federais e institutos tecnológicos, concedendo financiamento à educação superior e aumentando concessão de bolsas de pós-graduação. Lula tem méritos em criar programas de primeiro emprego, de conceder crédito imobiliário, reaquecendo o setor que andava frio, frio (quem é engenheiro civil já sabe). Por falar em engenharia, pergunte a qualquer engenheiro o que foi a década de 1990 pra ele. Agora tente achar um desempregado.
Lula tem mérito em ser o presidente que mais investiu em produção de tecnologia (enquanto o Sr FHC vendia nossas empresas de setores estratégicos a preço de banana. Os grupos estrangeiros agradecem). Hoje, nossas universidades gozam de prestígio no exterior (onde eu estudei, até estudante do Japão veio fazer intercâmbio acadêmico. Pode?!).
Lula tem méritos em diversificar a clientela internacional saindo da dependência de EUA e UE e exportando tecnologia, contribuindo para o desenvolvimento de países subdesenvolvidos como o nosso.
Lula tem méritos em conceder créditos a pequenos empreendedores, que são os principais empregadores do nosso Brasil. FHC instituiu a farra das multinacionais (vão procurar a fábrica da Coca-Cola em Bangu).
Quanto às privatizações, só peço que se dêem ao trabalho de visitar a (até então uma das maiores industrias do bairro Santa Cruz) Vale-Sul. Vejam se ela está em operação. Tragam a resposta. Seja ela qual for, é mérito do Sr FHC. Hoje todo mundo quer vaga em empresa pública ou serviço público, mas o Sr. FHC instituiu o programa de demissão voluntária, perseguiu o quanto pode o funcionalismo, aprofundou o sucateamento de grandes empresas públicas para depois vendê-las a preço de banana (há privatizações que seguem sendo contestadas na justiça). Eu mesmo conheço um bom bocado de gente competente que trabalhava em empresas públicas e foi mandado embora depois da privatização (vocês querem bis?).
Poderia ficar o tempo todo mostrando os méritos que, aliás não são do Lula, mas de toda equipe de governo, mas acho que já foi mais do que suficiente para mostrar que em política, não existe acaso. Ou é ingenuidade de vocês, ou é má vontade e indisposição com a pessoa de Lula.
Escolham
"Votar na Dilma porque o Brasil está indo bem, porque tem mais carne na mesa, pode ser um tiro no próprio pé. Deus certamente irá se irar com isso e retirará a benção."
Prezado irmão,
Com todo respeito, acho que foi excesso de sua parte. O que disseste é forte, sem base bíblica e uma indução muito grande num propósito pessoal de desqualificar qualquer candidato que seja. Não se pode usar o nome de Deus para tal.
Acho que não foi digno deste blog, que aliás, me chamou atenção pela pertinência do conteúdo, de um modo geral.
No amor de Deus, Wagner.
Caramba, pensei que o wagner não ia parar de escrever. Concordo em gênero, número e grau.
Entretanto quero apenas deixar uma pergunta: O que fazem os políticos evangélicos em Brasilia?
A ESQUERDA ACABOU COM O BRAZIL. MAS O NOSSO SENHOR VAI LEVANTAR A EXTREMA DIREITA DESSE PAIS E CENTRALIZAR O PODER NUM GOVERNO MONÁRQUICO TEOCRÁTICO. ALELUIAS HABAS SHELICANDARAS SURAMANDAS SOU LE MI FASSA LÁBACHERIAS