OS ABSURDOS BÍBLICOS E TEOLÓGICOS DO LIVRO "A LEI DO RECONHECIMENTO" DE MIKE MURDOCK, PUBLICADO POR SEU AMIGO, SILAS MALAFAIA (PARTE 1)
Por Cristiano Santana
Inicio, hoje, uma análise do livro "A Lei do Reconhecimento", de Mike Murdock, com o intuito de mostrar aos meus leitores as suas incongruências lógicas, bíblicas, teológicas, éticas e científicas, escondidas sob uma mera aparência de sabedoria espiritual.
Não significa que o livro esteja totalmente eivado de erros. Naturalmente, alguns princípios transmitidos tem embasamento bíblico, mas é necessário por em relevo uma quantidade enorme de ensinamentos totalmente estranhos à filosofia cristã, que são capazes de pôr em risco a vida espiritual das pessoas.
Creio que o melhor modo de realizar essa análise seja através da abordagem dos capítulos, individualmente ou em grupo, conforme a conveniência. Antes, é apropriado apresentar um pequeno resumo:
Mike Murdock nos diz que aquilo que você precisa já está depositado em sua vida, simplesmente aguardando que você o reconheça. O que não se reconhece se converte em algo que não se celebra. O que não se celebra se converte em algo que não se recompensa. O que se recompensa eventualmente sai de sua vida. A Lei de Reconhecimento pode transformar toda uma vida de fracassos em uma vida de sucessos instantaneamente. Deus colocou cofres com tesouros ao redor de nós, precisamos apenas reconhecê-los.
Temos de ter a habilidade de perceber informações, detalhes, acontecimentos, etc, ao redor de nós, e agir em conformidade com essas situações, caso contrário perderemos grandes oportunidades. E a forma de enxergar tudo isso é através do que Murdock chama de Lei do Reconhecimento, que se subdivide em várias leis. Vejamos algumas delas:
- Reconhecimento da voz do Espírito Santo;
- Reconhecimento do seu dever;
- Reconhecimento de um inimigo;
- Reconhecimento do seu companheiro;
- Reconhecimento de um libertador financeiro;
- Reconhecimento de seu dom dominante;
- Reconhecimento de uma conexão vital;
- Reconhecimento de unções específicas;
- Reconhecimento de um protegido excepcional;
- Etc.
1- RECONHECIMENTO DA VOZ DO ESPÍRITO SANTO
O capítulo começa muito bem, de acordo com a cartilha ortodoxa, nos ensinando que o Espírito Santo sempre nos avisa de um perigo eminente; pode evitar mortes, tragédias e dificuldades necessárias; pode evitar lares e casamentos desfeitos; pode revelar ondas de favor e de bençãos; nos liga a pessoas extraordinárias, nos traz a paz interior; nos revela grande prosperidade através da obediência.
A tragédia acontece quando se chega item 8: "A voz pode mudar as estações financeiras de sua vida em um instante". Murdock conta que certa vez ouvia a pregação de um pastor chamado Charles Greenaway que, encorajando seus ouvintes a fazerem um promessa de fé, dizia: "O Senhor simplesmente o convida a investir algo no céu, e se mais do que você investiu retornar...isso é prova da existência dEle".
Murdock então diz que, mesmo sem poder, prometeu dar R$ 100,00, quantia que com muito custo conseguiu. A recompensa veio através de mais dinheiro e de um trailer que um casal comprou para ele. Fica claro aqui, senão de modo explícito, mas implícito que o autor levanta a tese de que a única forma de mudarmos nossas "estações financeiras" é através da doação de dinheiro para a obra de Deus.
Não duvido que Deus possa realmente mudar nossa situação financeira através da orientação do Espírito Santo, mas colocar como condição primordial e necessária que temos de semear alguma dinheiro no céu para receber um milagre financeiro, como se não existe outro modo, é tentar estabelecer um lei espiritual que simplesmente atenta contra a bondade e amor de nosso Pai Celestial.
Falo isso por experiência própria. Depois de ter ficado desempregado, amarguei 8 meses de miséria, indo literalmente à falência. Meu nome foi negativativo nos órgãos de proteção ao crédito. Eu não aguentava mais receber ligações de meus credores, exigindo os pagamentos.
Meu único recurso, naquela época foi a oração. Nunca chorei tanto em toda vida, com o rosto encostado no chão. Como não tinha dinheiro para dar à igreja, minha única arma era gemer diante de Deus, noite e dia.
Durante essa época recebi a inspiração para estudar para concursos públicos, sem fazer cursinho, sem livros suficientes, sem nunca ter tido contato com matérias de Direito Constitucional, Administrativo, Trabalhista, etc.
Hoje, pela misericórdia de Deus, encontro-me em uma situação bem confortável, pois tomei posse como servidor publico federal, na justiça trabalhista, depois de ter sido aprovado em um concurso acirradíssimo.
Não precisei dar um centavo para conseguir essa vitória. Ainda bem que o meu Deus não é o deus do Mike Murdock. Ainda bem que para o meu Deus não existe essa lei rígida e inflexível de que, para receber temos de dar, senão eu estaria na miséria até hoje. A lei que eu conheço é a lei do amor, o amor de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.
Meu querido amigo e companheiro de ministério; é com indescritível alegria que leio o seu blog e encontro nele o que sempre busquei, achando que todos os profetas "tinham sido mortos pelo espírito de Jezabel"...Você com o Pr Ciro entre outros apologistas servem sem saber a um batalhão imenso de crentes que desejam a dinamite pura do evangelho de Cristo...Parabéns!!!!
Do seu amigo baiano, também pb. Otoniel Martins de Oliveira.
Amen, querido nem li o livro por que decidi antes pesquisar sobre ele, vc é um homen sábio, Deus abençoe!
Nelise
Blumenau SC
Acho um absurdo viver comentando negativamente o que os outros escrevem... Quer sabe? Deixa pra la´.
Por favor me explique Lucas 6:38
Dai, e ser-vos-á dado; boa medida, recalcada, sacudida e transbordando, vos deitarão no vosso regaço; porque com a mesma medida com que medirdes também vos medirão de novo.
IICo 9:9 Conforme está escrito: Espalhou, deu aos pobres; A sua justiça permanece para sempre.
10 Ora, aquele que dá a semente ao que semeia, também vos dê pão para comer, e multiplique a vossa sementeira, e aumente os frutos da vossa justiça;
Comprei este livro e bem quando cheguei na parte dos "exemplos financeiros " que o autor utiliza, ja parei de le-lo, não concordo, pois ele descreve como se fosse algo que Deus recompensa qdo damos mais dinheiro, e não é assim, devemos dar conforme a vontade de nosso coração e seremos abençoados qdo damos de coração e não para receber algo em troca, não gostei do livro, existe muitos outros exemplos relacionados ao dinheiro...enfim, precisamos o tempo todo de discernimento e muita sabedoria para distinguir o que é e não é do alto. Q bom que encontrei alguém em concordância a respeito deste livro! Deus te abençoe em nome de Jesus!