Por Cristiano Santana
"Se tenho de gloriar-me, gloriar-me-ei no que diz respeito à minha fraqueza" (2 Cor 11:30)
"Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias, por amor de Cristo. Porque, quando sou fraco, então, é que sou forte." (2 Cor 12:10)
É frequente testemunharmos a seguinte situação no meio evangélico. Um crente, geralmente novo-convertido, aproxima-se de um, mais maduro, e diz: "Irmão, ore por mim, estou me sentindo tão fraco que quase estou me desviando". Então vem a resposta aparentemente salomônica daquele que aconselha: "Não se preocupe. Saiba que isso que você está sentindo é bom para a vida espiritual, pois Paulo escreveu 'porque, quando sou fraco espiritualmente, então, é que sou forte'. Na verdade, o Senhor Jesus está fortalecendo a sua vida através dessa fraqueza." Então o crente que se achava fraco glorifica a Deus e sai da sessão de aconselhamento sentindo-se o próprio super-homem. Coitado, não sabe que foi iludido pelo conselho de um pseudosábio que apenas está passando à frente uma crendice inventada por uma interpretação distorcida das Sagradas Escrituras. Os versículos, com toda certeza, não se referem a esse tipo de fraqueza que muitos crentes têm sentido atualmente.
A que tipo de fraqueza, então, se referem esses versículos? Dizem que a melhor forma de saber o que é uma coisa é dizer o que ela não é. Cumprido esse passo, então passa-se à descrição positiva da coisa, ou seja, aquilo que ela realmente é. Sigamos então esse método:
1- Ser fraco não significa ter uma fé delibilitada.
Em nenhuma passagem da Bíblia consegue-se enxergar um Paulo vacilante na fé, que num momento manifesta entusiasmo espiritual e em outro dúvida da sua própria crença em Deus. Com relação à sua fé e maturidade espiritual, Paulo em dado momento diz: "Ora, nós que somos fortes devemos suportar as debilidades dos fracos e não agradar-nos a nós mesmos" (Rom 15:1). Esse abençoando apóstolo sempre respirava confiança em Nosso Senhor Jesus Cristo. Até mesmo na prisão, quando escreveu sua epístola aos Filipenses, Paulo diz em meio às cadeias: "Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo: alegrai-vos" (Fil 4:4).
Assim sendo, se um crente estiver sentindo pouca fé, se sua confiança em Deus estiver abalada, ele encontra-se em sua situação extremamente perigosa. Deve buscar apoio espiritual, orar, ler a Palavra de Deus, confessar as suas transgressões, ser mais assíduo aos cultos, etc. Esse tipo de fraqueza é extremamente letal e não é apoiada pelas Sagradas Escrituras
2- Ser fraco não significa ter pouca resistência às tentações
A Palavra de Deus, da mesma forma, não dá margem para essa interpretação. Quando um crente chega para outro e diz que está fraco é porque geralmente já se entregou a práticas desconselháveis. Dizer, nessa situação, que a sua fraqueza redunda em poder é empurrá-lo, ainda mais, para o abismo. Naturalmente, ninguém pode se considerar um supercrente diante das tentações. Como dizem "não podemos cutucar onça com vara curta". Mas um crente, que está alicerçado na Palavra e firme na graça de Deus, pode contar com a provisão divina nos momentos de tentação "Não vos sobreveio tentação que não fosse humana; mas Deus é fiel e não permitirá que sejais tentados além das vossas forças; pelo contrário, juntamente com a tentação, vos proverá livramento, de sorte que a possais suportar." (1 cor 10:13). Dessa forma, nenhum cristão pode alegar algum tipo de fraqueza como pretexto para entregar-se ao pecado.
O verdadeiro caráter da fraqueza de Paulo
Que fraqueza é essa, então, que tornava Paulo forte? O próprio contexto nos indica que essa fraqueza não tinha conexão com qualquer debilidade espiritual na sua; esse apóstolo exalava virtude espiritual que vinha do alto. Lendo atentamente o texto, logo localizamos os elementos que geravam fraqueza em Paulo:
"Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias, por amor de Cristo. Porque, quando sou fraco, então, é que sou forte."
Também os versículos que antecedem a 2 Cor 11:30, no qual Paulo se gloria na fraqueza, são bem esclarecedores:
"Cinco vezes recebi dos judeus uma quarentena de açoites menos um;fui três vezes fustigado com varas; uma vez, apedrejado; em naufrágio, três vezes; uma noite e um dia passei na voragem do mar; em jornadas, muitas vezes; em perigos de rios, em perigos de salteadores, em perigos entre patrícios, em perigos entre gentios, em perigos na cidade, em perigos no deserto, em perigos no mar, em perigos entre falsos irmãos;em trabalhos e fadigas, em vigílias, muitas vezes; em fome e sede, em jejuns, muitas vezes; em frio e nudez. Além das coisas exteriores, há o que pesa sobre mim diariamente, a preocupação com todas as igrejas. Quem enfraquece, que também eu não enfraqueça? Quem se escandaliza, que eu não me inflame? Se tenho de gloriar-me, gloriar-me-ei no que diz respeito à minha fraqueza." (2 Cor 11:24-30)
O texto evidencia que os principais elementos geradores de fraqueza na vida de Paulo eram esses: injúrias, necessidades, perseguições, açoites, apedrejamentos, naufrágios, perigos, etc. O tão debatido "espinho na carne" pode simplesmente ser um termo que junta, aglutina, os sofrimentos físicos que acabamos de citar ou aponta para mais uma limitação que, de acordo com um consenso geral, também indica ser de natureza física.
Esses sofrimentos, as situações angustiantes que Paulo vivia, todas as adversidades que o afligiam até ao limite máximo de sua resistência física, eram fatores que o colocava em permanente dependência de Deus. "Porque não queremos, irmãos, que ignoreis a natureza da tribulação que nos sobreveio na Ásia, porquanto foi acima das nossas forças, a ponto de desesperarmos até da própria vida" (2 Cor 1:8). Era através do desespero que Deus concedia poder espiritual a Paulo; ele se sentia terrívelmente fraco nessas situações e impotente. Esse apóstolo sabia que toda a sua suficiência vinha de Deus. Sem a graça do Senhor Jesus ela não teria conseguido suportar uma minuto sequer as pressões dos inimigos do Evangelho e dos exércitos infernais. O poder de Paulo era diretamente proporcional à sua dependência de Deus.
Fica claro, portanto, qual era a natureza da fraqueza de Paulo, cujo conceito não tem relação alguma com a maléfica fraqueza espiritual que tem afetado grande parte dos crentes atualmente. Deus não quer que venhamos a sentir fraqueza na fé ou diante das tentações. Ela não é saudável, não vem de Deus e só nos conduz, se não vigiarmos, a uma situação de cativeiro espiritual. Livre-se dessa fraqueza, busque ao Senhor ao oração, clame e assuma que você depende da graça de Deus. Ele perceberá o seu coração quebrantado e lhe concederá virtude espiritual novamente.
A que tipo de fraqueza, então, se referem esses versículos? Dizem que a melhor forma de saber o que é uma coisa é dizer o que ela não é. Cumprido esse passo, então passa-se à descrição positiva da coisa, ou seja, aquilo que ela realmente é. Sigamos então esse método:
1- Ser fraco não significa ter uma fé delibilitada.
Em nenhuma passagem da Bíblia consegue-se enxergar um Paulo vacilante na fé, que num momento manifesta entusiasmo espiritual e em outro dúvida da sua própria crença em Deus. Com relação à sua fé e maturidade espiritual, Paulo em dado momento diz: "Ora, nós que somos fortes devemos suportar as debilidades dos fracos e não agradar-nos a nós mesmos" (Rom 15:1). Esse abençoando apóstolo sempre respirava confiança em Nosso Senhor Jesus Cristo. Até mesmo na prisão, quando escreveu sua epístola aos Filipenses, Paulo diz em meio às cadeias: "Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo: alegrai-vos" (Fil 4:4).
Assim sendo, se um crente estiver sentindo pouca fé, se sua confiança em Deus estiver abalada, ele encontra-se em sua situação extremamente perigosa. Deve buscar apoio espiritual, orar, ler a Palavra de Deus, confessar as suas transgressões, ser mais assíduo aos cultos, etc. Esse tipo de fraqueza é extremamente letal e não é apoiada pelas Sagradas Escrituras
2- Ser fraco não significa ter pouca resistência às tentações
A Palavra de Deus, da mesma forma, não dá margem para essa interpretação. Quando um crente chega para outro e diz que está fraco é porque geralmente já se entregou a práticas desconselháveis. Dizer, nessa situação, que a sua fraqueza redunda em poder é empurrá-lo, ainda mais, para o abismo. Naturalmente, ninguém pode se considerar um supercrente diante das tentações. Como dizem "não podemos cutucar onça com vara curta". Mas um crente, que está alicerçado na Palavra e firme na graça de Deus, pode contar com a provisão divina nos momentos de tentação "Não vos sobreveio tentação que não fosse humana; mas Deus é fiel e não permitirá que sejais tentados além das vossas forças; pelo contrário, juntamente com a tentação, vos proverá livramento, de sorte que a possais suportar." (1 cor 10:13). Dessa forma, nenhum cristão pode alegar algum tipo de fraqueza como pretexto para entregar-se ao pecado.
O verdadeiro caráter da fraqueza de Paulo
Que fraqueza é essa, então, que tornava Paulo forte? O próprio contexto nos indica que essa fraqueza não tinha conexão com qualquer debilidade espiritual na sua; esse apóstolo exalava virtude espiritual que vinha do alto. Lendo atentamente o texto, logo localizamos os elementos que geravam fraqueza em Paulo:
"Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias, por amor de Cristo. Porque, quando sou fraco, então, é que sou forte."
Também os versículos que antecedem a 2 Cor 11:30, no qual Paulo se gloria na fraqueza, são bem esclarecedores:
"Cinco vezes recebi dos judeus uma quarentena de açoites menos um;fui três vezes fustigado com varas; uma vez, apedrejado; em naufrágio, três vezes; uma noite e um dia passei na voragem do mar; em jornadas, muitas vezes; em perigos de rios, em perigos de salteadores, em perigos entre patrícios, em perigos entre gentios, em perigos na cidade, em perigos no deserto, em perigos no mar, em perigos entre falsos irmãos;em trabalhos e fadigas, em vigílias, muitas vezes; em fome e sede, em jejuns, muitas vezes; em frio e nudez. Além das coisas exteriores, há o que pesa sobre mim diariamente, a preocupação com todas as igrejas. Quem enfraquece, que também eu não enfraqueça? Quem se escandaliza, que eu não me inflame? Se tenho de gloriar-me, gloriar-me-ei no que diz respeito à minha fraqueza." (2 Cor 11:24-30)
O texto evidencia que os principais elementos geradores de fraqueza na vida de Paulo eram esses: injúrias, necessidades, perseguições, açoites, apedrejamentos, naufrágios, perigos, etc. O tão debatido "espinho na carne" pode simplesmente ser um termo que junta, aglutina, os sofrimentos físicos que acabamos de citar ou aponta para mais uma limitação que, de acordo com um consenso geral, também indica ser de natureza física.
Esses sofrimentos, as situações angustiantes que Paulo vivia, todas as adversidades que o afligiam até ao limite máximo de sua resistência física, eram fatores que o colocava em permanente dependência de Deus. "Porque não queremos, irmãos, que ignoreis a natureza da tribulação que nos sobreveio na Ásia, porquanto foi acima das nossas forças, a ponto de desesperarmos até da própria vida" (2 Cor 1:8). Era através do desespero que Deus concedia poder espiritual a Paulo; ele se sentia terrívelmente fraco nessas situações e impotente. Esse apóstolo sabia que toda a sua suficiência vinha de Deus. Sem a graça do Senhor Jesus ela não teria conseguido suportar uma minuto sequer as pressões dos inimigos do Evangelho e dos exércitos infernais. O poder de Paulo era diretamente proporcional à sua dependência de Deus.
Fica claro, portanto, qual era a natureza da fraqueza de Paulo, cujo conceito não tem relação alguma com a maléfica fraqueza espiritual que tem afetado grande parte dos crentes atualmente. Deus não quer que venhamos a sentir fraqueza na fé ou diante das tentações. Ela não é saudável, não vem de Deus e só nos conduz, se não vigiarmos, a uma situação de cativeiro espiritual. Livre-se dessa fraqueza, busque ao Senhor ao oração, clame e assuma que você depende da graça de Deus. Ele perceberá o seu coração quebrantado e lhe concederá virtude espiritual novamente.
Fala meu querido irmão
Vou confessar para ti que fiquei bem surpreso ao saber que tem gente que faz isso com esse versículo. Nunca havia imaginado de verdade.
Começo a pensar que Jesus precisa salvar os cristãos
Pois é irmão Leo
É impressionante a quantidade de crenças infundadas em que as pessoas crêem atualmente. Algumas estão tão enraizadas na cultura evangélica que qualquer pronunciamento contra elas é automaticamente reputado como heresia.
Abraços
Cristiano